52 Encontrando a si mesmo

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Encontrando a si mesmo

De: oam – Osmar Moreira – São Paulo-SP – Brasil
Para: ep-leal.uol.com.br
Data: 11/03/2007 18:55
Assunto: De “Convites aos corações”, de João Nunes Maia

Encontrando a si mesmo

O mundo é muito belo para quem tem olhos de ver, e pode ser uma prisão, para os aprisionados de si mesmos; a beleza se encontra por dentro, com a felicidade.

A humanidade já está na fronteira do Espírito. Ás vezes alguém fala que o Cristo veio ao mundo em época errada porque os homens ainda não estavam preparados para tal desempenho no reino da moral.

Respondemos que não há erro nos planos da espiritualidade maior; ele aparece no cenário da Terra na hora certa, trazendo a mensagem do amor para os homens, porém, ela fica latente no coração, como que em descanso, aguardando a maturidade dos sentimentos.

O trabalho da espiritualidade é demorado; tem um certo compasso, mas não pára; é progressivo no seu crescimento. O homem inteligente no mundo se entrega aos vôos da sabedoria, buscando em todos os níveis do saber o de melhor para a sua vida, batendo em todas as portas para encontrar a felicidade, e por vezes aliviando em muito as suas inquietações.

Mas o tempo mostra para onde ele deve ir, onde ele deve buscar a paz, onde se encontra a felicidade verdadeira, que não está longe, brilhando na sua intimidade.

As guerras fratricidas, os acordos mentirosos, os assaltos às terras alheias nos mostram onde se encontra o homem; ele ainda não encontrou a si mesmo, porque busca fora o que está dentro: o verdadeiro tesouro para sua libertação, que são os talentos espirituais, é que dorme silenciosamente nos seu mundo interno, esperando que o seu interesse o acorde para despejar luzes em toda a sua vida. Por falta de exemplos não é que ele desencontra de si mesmo; é por falta de maturidade espiritual, de cujo trabalho o tempo se encarrega.

Estamos no fim dos tempos das trevas que, para quem já aprendeu a lição, pode ser chamado de mal. Agora, com o advento do Espiritismo, os jardins estão florindo no centro da vida de cada ser, e o perfume ascendente rumo a todos os sentidos, para o conhecimento da verdade, de modo que a alma se liberte das cadeias da ignorância.

O homem nasceu simples e ignorante, mas, não permaneceu nesses estágios; avançou para frente em busca de outros valores. Jesus é, pois, o marco para a humanidade; o Evangelho é escrito em muitas dimensões e serve para todos, mesmo para os Espíritos que já deixaram a carne e trabalham no mundo espiritual. Ele é o Mestre por excelência de todos nós e, portanto, damos graças a Deus.

A tolerância que os benfeitores espirituais têm com todos nós é por terem passado pelos mesmos caminhos, e que por vezes terão de voltar a Terra, para outros processos de despertamento espiritual. Compete a nós outros fazer a nossa parte, nos esforçando todos os dias para melhorar, esquecer o ódio e viver no amor, esquecer a ingratidão e viver a caridade, esquecer a violência e viver na compreensão, esquecer a intolerância e viver o perdão, esquecer a guerra e viver a paz, esquecer a maledicência e viver a benevolência…

Quando o homem descobrir o caminho interno da salvação, a harmonia se instalará no mundo inteiro, como sendo o paraíso que estava perdido e foi encontrado. Quando ele esquecer a tristeza e viver na alegria cristã, a vida lhe sorrirá dando-lhe a paz, aquela paz que o mundo não pode dar.

Meditemos no que temos feito da vida, que encontraremos muita coisa que deve ser mudada; não que sejamos maus, mas às vezes ainda ignoramos o valor do bem, cuja fonte está dentro do nosso coração a pedir o toque das nossas generosas mãos. Somos filhos de Deus, mas existe algo para nós fazermos; a nossa felicidade, de certa maneira, depende de nossos esforços nas lutas.

Descubramos a nossa paz, pois ela existe pertinho; avancemos, trabalhemos e oremos a Deus, pedindo a Ele que nos ajude a descobrir em nós o manancial de luzes que se encontra ao nosso alcance, faltando pouco para nos inundar de paz, de alegria, de felicidade e de amor.

Ninguém faz mal para o nosso caminho, ninguém persegue, ninguém tira o que é nosso. O que não nos permite o avanço é uma força divina que se chama Justiça, que é o mesmo Deus. Não esmoreçamos na nossa busca, mesmo que demoremos a encontrar a nós mesmos; prossigamos, buscando, que foi Jesus quem disse: “Buscai e achareis”.

Se não sabemos por onde começar, comecemos pensando no que devemos buscar, que todas as realizações têm início nas idéias, para depois se materializarem nas ondas da persistência. O que se passa em problemas é uma preparação para que se tenha maturidade.

A natureza nos experimenta por muitos meios. Disse o apóstolo Pedro “Granjeai amigos”, e é fazendo amigos pelo bem que fazemos com que os nossos infortúnios diminuam, nos ajudando a carregar a nossa cruz e aliviando o nosso fardo.

Ninguém pode viver sozinho; Deus criou um laço de fraternidade que liga todas as criaturas e todas as coisas em um só ninho da própria Divindade. Ajudemos a nós mesmos, descobrindo nossos valores, e não nos esqueçamos que o Senhor não abandona a ninguém. E ainda mais, colocou Jesus para ser o nosso guia, sendo que o Seu amor foi tanto para a humanidade que chegou a descer e vestir a roupagem humana, apesar da Sua característica divina.

Para conhecermos Deus, somente trilhando pelos caminhos internos; para sentirmos Jesus, somente pelas vias do coração. O céu se encontra na nossa intimidade e o comando da vida gera por dentro a nossa felicidade.

De “Convites aos corações”, de João Nunes Maia, pelo espírito Scheilla
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