Vida Após a Morte dos Animais

Vida Após a Morte dos Animais

– Wagner Borges –

Enquanto eu meditava, preparando-me espiritualmente para realizar uma aula para o grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB, entrou no quarto um cachorro desencarnado, brincando, latindo e batendo o rabo alegremente.

Percebia o animal pelas vias da clarividência, de olhos fechados, diretamente na tela mental frontal interna (correspondente à área de ação do chacra frontal*).

O cão era um vira-lata normal, adulto, de pelo castanho-claro (mais claro do que castanho), muito alegre e ativo. Ele olhava para alguém à frente, que eu não via, com o qual ele brincava e corria em torno. Contudo, mesmo sem ver a entidade extrafísica no ambiente, eu sentia sua presença tranqüila e amistosa.

Admirado com a alegria do animal, morto na Terra, mas vivo em espírito, cheio de animação, pensei: “Alguém deve estar chorando a perda desse animal. Do jeitinho alegre que ele é, deve estar fazendo muita falta para os seus donos e entes-queridos.”

Então, o espírito em frente se comunicou telepaticamente comigo e me disse o seguinte: “O nome dele é Terry. E ele está muito bem tratado aqui!”

Nesse instante, o meu chacra frontal pulsou, cheio de luz branquinha fluorescente e eu o vi também.

Era um homem alto, de cabelos pretos muito grandes, à moda indígena da América do Norte. Estava vestido de calça lisa marrom-claro, com uma camisa esporte, tipo pólo (por dentro da calça). O cinto era preto. Seus olhos eram bem pretos, brilhantes, e a pele bem moreno-avermelhada. No conjunto, ele mais parecia um mestiço de branco com índio americano, moderno no jeito, mas com uma certa atmosfera ancestral xamânica.

Ele me olhou e riu e na seqüência pegou o cão no colo. O animal se mexia feliz junto dele, tentando lambê-lo todo tempo. Em torno dele havia uma aura amarelo-suave, que irradiava uma atmosfera de segurança e tranqüilidade à sua volta.

Enquanto acariciava o animal em seu colo, ele me olhou firmemente e com simpatia e me disse: “Já que você fala das coisas do espírito para os homens encarnados na Terra, então diga-lhes que até mesmo os animais têm assistência espiritual após o desenlace da matéria. Eles são cuidados e afagados com muito carinho. Há grupos de auxiliares astrais que cuidam especificamente deles em seus períodos extrafísicos. São espíritos dedicados ao bem-estar desses nossos irmãos menores na Natureza.

E mais: peça aqueles que gostam dos animais, que orem na sintonia desses benfeitores invisíveis; para que eles se associem sutilmente com eles, em espírito, na mesma bondade e amor por esses serzinhos tão queridos.

Nenhuma criatura é abandonada pelo Grande Espírito.

O Seu Amor é para todos!

A Sua Luz anima todas as luzes e seres.
Para Ele, todos são iguais na Natureza.
Homens e animais, vegetais e minerais, todos são Seus filhos.

Que aqueles que sofrem com a perda temporária de seu bichinho amado, seja ele qual for, rezem ao Grande Espírito, para confortar seus corações. Mas, que saibam, também, que há outros seres que amam os seus bichinhos, que seguirão cuidando deles nesse imenso universo do Grande Espírito, cheio de vida, em todos os planos.

O meu recado é só esse.
Que Manitu** abençoe a sua jornada!”

P.S.: Agora, vou levar esses escritos e compartilhá-los com os meus companheiros de estudo e prática espiritual. Que a jornada deles também seja abençoada por Manitu, Senhor dos homens, dos animais*** e de tudo o mais que existe, seja lá onde ou como for.
Paz e Luz.
São Paulo, 12 de julho de 2006; às 19h50min.

– Notas:
* Chacra Frontal: centro energético situado no campo energético da testa e responsável pelos fenômenos de clarividência e percepção espiritual. Está ligado à glândula hipófise (pituitária).

** Manitu: designação que os índios algonquinos, da América do Norte, dão a uma força mágica não personificada, mas inerente a todas as coisas, pessoas, fenômenos naturais e atividades; O Todo; O Supremo; O grande Espírito; Deus.
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Colaboração: Ianae Seabra Pitanguy – São Paulo-SP – Brasil
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