Mediunidade

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Mediunidade

Fonte:
http://www.sidneyrezende.com/noticia/31045+peso+da+mediunidade

A mediunidade é um peso na vida das pessoas?

Para responder a essa questão precisamos entender o que é mediunidade. Mediunidade é a capacidade que o ser encarnado tem de manter algum tipo de comunicação com o ser desencarnado. Todos a temos, porém, em níveis diferentes de desenvolvimento e levando-se em consideração a capacidade do espírito de reencarnar-se, tais níveis poderão ser tão baixos em determinadas encarnações que não mostrar-se-ão visíveis, levando a crer que não é uma característica de todos, principalmente, para os que não têm uma base sólida na crença do espírito e nas suas manifestações.

A mediunidade não é, portanto, um fardo ou um dom, o que não lhe atesta um peso, ou seja, não existe para punir ou abrilhantar a vida de ninguém.

A mediunidade serve para que possamos crescer e ajudar outros a crescerem também, porque nos permite aliviar, através de nossa intermediação, (comunicações com os espíritos) as dores daqueles que nos procuram nas casas espíritas. A mediunidade, além de níveis diferentes de desenvolvimento, apresenta-se de diversas maneiras ou tipos. Audição, Vidência, Intuição, Incorporação e muitas outras. Nenhuma delas é melhor que a outra e nós importa que as procuremos desenvolver adequadamente a fim de que nos tornemos aparelhos mais capazes para que os espíritos, na Umbanda denominados de Entidades ou Guias Espirituais, possam praticar os seus trabalhos espirituais.

Há diversas maneiras de se entender o tipo e a condição de trabalho da mediunidade e, conseqüentemente, do médium. Tais maneiras dependem sobremaneira da doutrina aplicada, no entanto, é fato que, por mais capacitado que seja o médium, ele sempre será um intermediário. A essência do trabalho caberá sempre ao espírito, à Entidade, ao Guia.

As manifestações da mediunidade de incorporação são sem dúvidas as mais conhecidas e, por isso mesmo, as mais discutidas. Descrevem-nas como conscientes, inconscientes e semiconscientes. Entretanto, independente de como se apresentem, o médium deverá ter sempre a humildade de aceitar que, apesar de muito importante no processo mediúnico, sua função é a de intermediário. Aceitando isso, com certeza, estará sempre incluído em um bom plano de aprendizado e melhoramento de seu nível mediúnico.

Quanto ao tipo de espírito que poderá manifestar-se através do médium, vai depender da doutrina ou mesmo religião a que o médium estiver ligado, embora, qualquer tipo de espírito poderá fazer qualquer tipo de comunicação através de um médium, desde que a sua mediunidade seja coerente com o tipo de comunicação que o espírito deseje ou possa fazer.

A Umbanda, ainda que se discuta esse fato, é uma religião de caráter espírita, pois, crê no espírito e na sua manifestação e processa-se basicamente através dessas manifestações. As Entidades de Umbanda são espíritos já dotados de grande elevação espiritual, identificados, nominal e pessoalmente, como Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças e outros, possuindo um nome próprio específico que os identificam completamente – Caboclos: Pedra Preta, Da Pedra, Cobra Coral; Pretos Velhos: Pai João, Pai Antonio, Vovó Maria Conga; Exus: Exu Porteira, Exu Veludo, Caveira, etc…. Estes Guias manifestam-se através do seu médium sempre que forem chamados nas sessões ou nas dificuldades, ou mesmo, se definirem que há necessidade extrema de um recado ou de uma ajuda. Cada médium tem várias Entidades em sua coroa, podendo inclusive, ser mais de uma de cada tipo de Entidade sendo que uma delas em especial é considerada a Entidade de Frente, ou seja, aquela que na maior parte das vezes estará à frente para a conclusão dos trabalhos e que normalmente acompanha o médium mais efetivamente no início de seu desenvolvimento mediúnico.

De forma geral, as manifestações são sempre muito semelhantes, embora cada Entidade apresente uma característica bastante própria, mas estas diferenças não definem alguma superioridade de uma Entidade sobre outra. Para o médium o que importa é a vontade de servir e a humildade de saber-se mero intermediário, precisa ainda também de inabalada fé para esperar os momentos certos de seus merecimentos. Serão estas virtudes dos médiuns que ajudarão e muito as Entidades nos seus trabalhos de cura e soluções dos problemas que lhes apresentam.

Saravá Umbanda!
Que Oxalá abençoe a todos,
Robson Nogueira – Solo!
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