Internet no Brasil
Influência da internet no Brasil fica estagnada, afirma IBM
A contribuição da internet para o avanço do Brasil ficou estagnada no último ano. A conclusão é de estudo da IBM e da “Economist” que mede a capacidade de 70 países de aproveitarem as tecnologias de informação para o desenvolvimento socioeconômico.
O Brasil está em 42º lugar no ranking mundial, a mesma posição registrada em 2008. Ricardo Gomez, diretor da área de consultoria da IBM Brasil, diz que o país seguiu a tendência de queda da média mundial, potencializada pela crise. A Dinamarca liderou o ranking.
O estudo mede a contribuição da internet para o aumento da produtividade no país e para o bem-estar das pessoas, ou seja, avalia se a população aproveita a tecnologia para fazer transações, estimular negócios, pagar contas, obter informações e facilitar as atividades.
“O Brasil tem uma lacuna em relação aos outros países. O acesso à internet aqui ainda é muito baixo. A população em geral não tem acesso a conectividade. A banda larga ainda é pouco utilizada e seu custo também é muito alto”, afirma.
Outro aspecto que dificulta o desenvolvimento brasileiro, segundo Gomez, é a legislação. “Nos crimes virtuais, a lei ainda é incompleta no que diz respeito a punição. O Brasil precisa ter leis especificas para isso.”
Apesar da estagnação, o Brasil ainda aparece à frente de todos os outros Brics. O país foi seguido por China (56º), Índia (58º) e Rússia (59º).
Gomez diz que o Brasil apresenta alguns pontos positivos, como a contribuição do governo para a disseminação do uso da internet. “O país já faz declaração de Imposto de Renda pela internet com grande eficácia. O governo cada vez mais disponibiliza essa tecnologia.”
“A conectividade no Brasil é baixa, mas na China é quase nula, a economia lá não funciona com base na internet”, afirma Gomez.
A Rússia apresenta um dos índices mais baixos do mundo de uso da internet, com fragilidade na adoção da tecnologia na política governamental e na economia. “China e Índia ocupam posições similares, com participação do e-business muito baixa. Essas economias funcionam, mas não com base na internet.”
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2006200901.htm
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