PERDOA AS NOSSAS OFENSAS
“E perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós temos perdoado a quem nos tem ofendido” (Mateus 6:12). Perdoar, o espinho na carne de muita gente. São muitos os que não conseguem livrar-se desse espinho, e sofrem com os males provocados pela incapacidade de perdoar, apesar de repetirem essa oração, mas sem liberarem o perdão.
Perdoar significa “dar completamente”, “abrir dentro de si”, “dar o próprio eu a outrem”, “liberar”. Em vez de sacrificar o ofensor a seu ódio, a seu rancor ou mágoa, o perdoador imola-se a si mesmo, abrindo assim, de par em par, as portas da alma ao influxo das torrentes divinas.
Quem ofende, pede perdão; quem é ofendido, perdoa. E não precisa esperar que o ofensor lhe peça perdão. Jesus, na cruz do Calvário, não esperou que os que o crucificaram lhe pedissem perdão. Antes, rogou ao Pai: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Se alguém guarda dentro de si sentimentos de rancor, ódio ou mágoa, e não perdoa a quem lhe ofendeu, conserva dentro de si as impurezas desses sentimentos. Essas impurezas podem acarretar o surgimento de enfermidades e, pior, deixa a pessoa afastada da comunhão com Deus.
Philip Yancey, em seu livro MARAVILHOSA GRAÇA, cita um pensamento de George Herbert, que diz: “Aquele que não pode perdoar, destrói a ponte sobre a qual ele mesmo tem de passar”.O perdão quebra as cadeias do ódio e do ressentimento, cicatriza as feridas deixadas pela mágoa, traz paz ao coração.
Perdoar é um gesto de amor, de nobreza, de temor a Deus, de espiritualidade; pedir perdão é um gesto de humildade, de arrependimento, de consciência espiritual de quem quebrou um estado harmônico que necessita ser restabelecido pelo perdão.
Não perdoar e não pedir perdão são atitudes de soberba, orgulho, frutos do homem não-espiritual.
Então, devemos pensar bem ao orarmos o Pai Nosso. Que não seja uma oração mecânica, mas possamos refletir bem sobre a profundidade da expressão “assim como nós temos perdoado aos nossos ofensores”. Será que temos, realmente, liberado perdão aos nossos ofensores ?
Agora, devemos perdoar totalmente, em nosso íntimo, e não apenas verbalmente. Há pessoas que dizem: “Eu perdôo, mas não esqueço o que ele fez”, ou, “Perdôo tudo, menos isto”.
Não podemos, ao perdoar, deixar resquícios ou raiz de amargura, de ódio ou ressentimento dentro de nós. Deus, quando nos perdoa, apaga todas as nossas transgressões:
“Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados já não me lembro” (Isaías 43:25)
Quando, em nossa oração, pedirmos ao Pai que nos perdoe assim como perdoamos aos nossos ofensores, lembremo-nos, também, que Jesus, ao ensinar essa oração, acrescentou: “…se, porém, não perdoardes os homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.
Vale lembrar que errar é humano; perdoar é divino. Diz Huberto Rohden que “para a negatividade da ofensa feita deve ser liberada a positividade do amor. O positivo do amor, expresso no ato de perdoar, anulará o negativo da ofensa de seu irmão. “
“Aquele que recebe a ofensa e não perdoa, é como a água, que é alérgica às impurezas do ambiente e é por elas contaminada. Já aquele que perdoa, é como luz, que é absolutamente incontaminável pelo ambiente; não existe luz impura; ela é pura no meio do ambiente impuro. A imunidade da luz é absoluta, ao passo que a imunidade da água é relativa”.
Experimente perdoar aqueles que lhe ofenderam, e sinta a paz que reinará em seu coração quando, ao orar o Pai Nosso, disser ao Senhor: “…assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Passe esta mensagem adiante; você pode estar ajudando alguém a quebrar as algemas do ódio, do rancor, da mágoa, da amargura; a restabelecer uma amizade, a plantar sementes de amor e a propagar o Evangelho; a tornar este mundo menos poluído e mais saudável.
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Autoria desconhecida
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Colaboração:
Daniela Marchi
Araçatuba-SP
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