Você já ouviu falar em bullying?!
O termo não é muito conhecido, mas o problema é antigo e pode estar mais perto do que se pode imaginar.
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A palavra “bully” significa “valentão”, em inglês. E o termo bullying é atribuído a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, adotadas por um ou mais indivíduos contra outro.
Grande parte das pessoas tende a interpretar o bullying simplesmente como a prática de atribuir apelidos pejorativos às pessoas, associando a prática exclusivamente com o contexto escolar.
No entanto, tal conceito é mais amplo.
Segundo o cientista norueguês Dan Owelus, o bullying se caracteriza por ser algo agressivo e negativo, executado repetidamente e que ocorre quando há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
A prática se concentra na combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais passivas ou que não possuem condições de defesa, pode ser de forma psicológica, física e social. Desta forma, este comportamento pode ocorrer em vários ambientes, como escolas, universidades, trabalho ou até mesmo entre vizinhos.
No ambiente de trabalho, a intimidação regular e persistente que atinge a integridade e confiança da vítima é caracterizada como bullying. Entre vizinhos, tal prática é identificada quando alguns moradores possuem atitudes propositais e sistemáticas com o fim de atrapalhar e incomodar os outros.
Enquanto no ambiente escolar, grande parte das agressões é psicológica, ocasionada principalmente pelo uso negativo de apelidos e expressões pejorativas, mas também podem gerar agressões físicas.
O bullying pode gerar sérios problemas como depressão, ansiedade, estresse, dores não-especificadas, perda de auto-estima, problemas de relacionamento, abuso de drogas e álcool. Por isso há necessidade de identificar a prática e manter um acompanhamento médico e psicológico.
No Brasil, o caso de bullying que obteve mais repercussão aconteceu em 2004, em Taiuva, interior de São Paulo, onde um jovem de 18 anos, vítima das agressões, feriu oito pessoas e se suicidou em seguida.
Neste mês, a princesa Aiko, filha única do herdeiro ao Trono do Japão, Naruhito, foi alvo das perseguições na escola. Ela ficou seis dias sem ir à escola, vítima de suposto caso de bullying por parte de um grupo de crianças.
A menina se queixou de dor de estômago e ansiedade, o que levou o Palácio Imperial a intervir e pedir medidas aos responsáveis do colégio. A escola, no entanto, negou que a menina tivesse sofrido um caso de bullying, informou a agência “Kyodo”.
Os pais e as escolas devem estar atentos aos sinais e buscar o entendimento do processo de bullying, visando à redução de comportamentos agressivos nas instituições de ensino.
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Fonte:
Revista Eficaz!
Número 4, ano 1, 31mar2010, pág.15
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Colaboração:
Sarah Leal Dias Gonçalves
Santa Bárbara do Oeste-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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