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Mensagem# 5.711 @ 20120208162223
Contato: Leal, e-mail: sinapseslinks@gmail.com
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Educação
Lenita Maria Costa de Almeida
Educação é um assunto que tem começo mas não tem fim.
São vários os caminhos de abordagem, cada qual levando o leitor a finalizações diferenciadas.
Na atualidade e da metade do século passado para cá, poderíamos dizer que o advento do computador, gerou muita polêmica, em se tratando da sua aplicação no campo educativo, mas essa tecnologia veio para ficar.
Kevin Kelly, da revista ”World” rebate críticas à era da informática.
“Kelly sustentou que o cataclisma previsto por Sale (colapso econômico global, guerra com ricos e pobres e desastre ambiental) para 2020 não acontecerá’ Kevin é um dos otimistas tecnológicos.
Sua revista promove uma geração de profissionais emergentes ligados à computação.
Diz outro especialista – Neil Postman – que os problemas da revolução tecnológica são mais complexos do que a destruição das máquinas. Parafraseando Aldous Huxley,”não será preciso banir livros, porque ninguém vai querer ler.” “Isso é o pior que pode acontecer com o revolução tecnológica . Isso é preocupação. Quebrar os computadores seria falta de tempo e energia.. As pessoas não terão consciência de que estão sendo manipuladas. Aceitarão passivamente a expansão sem limites da tecnologia, porque terão perdido o direito de pensar.”
Essa reportagem foi publicada na Folha de S.Paulo em 12-11-95-cad.1 fls. 17/18
O bom de se consultar o “velho“ é melhor para refletir sobre o “novo” .
Não é preciso procurar provas da expansão tecnológica. Ela está aí e nós, querendo lançar nossos olhares sobre um futuro, que, nem sabemos se chegará, para melhor educar nossas crianças.
A verdade é que o ganho mercenário vem tomando proporções nunca antes imaginadas. Palavras como globalização, que podem remeter ao poder local
e às suas consequências da nossa dívida externa. Na verdade é um global que agrega também poderes municipais e federais, no trato de nossa dívida externa global.
A Transnacional – no meu entendimento – é , de certa forma, pior do que a globalização. A Transnacional instala sua empresa em determinado lugar. Se impostos ou outros que tais não lhe agradem, fecha a fábrica, despede os empregados e vai instalar-se onde melhor lhe convier. Daí a grande pergunta: educar para que ou para quem?
O estresse bate feio na cabeça dos pensadores. O momento é de muita reflexão, não só pelos intelectuais, mas reflexivo também para nós, alvos de tanta ousadia para benefício próprio.
O quadro exposto é alicerce para meditar. Remete para um fazer reflexivo. Esboça as perspectivas atuais para a educação.
Quando se fala em perspectiva, fala-se também em tomar um certo distanciamento do objeto que se quer analisar, para que a visão seja mais ampla, com mais oportunidade de acerto.
Por muito que pesquisasse não encontrei em parte alguma, referências à educação
num campo real e verdadeiro – o da alma. Como contribuir com a educação para conscientizar os educandos de que somos feitos de carne, osso e espírito? Como a própria tecnologia pode olhar, ou melhor, criar seus inventos pensando o homem como criatura humana, que urge crescer e não ficar à mercê dos “brinquedinhos tecnológicos“ que, fazem do homem o reducionismo de si mesmo, envolvido nos novos instrumentos tecnológicos. São técnicas que envolvem a pessoa com sedutor encantamento e o subtrai da verdade. Sem a ferramenta do seu próprio cérebro, completamente robotizado, como agirá a pessoa na corrente da vida, se não for perguntar ao computador?
Observo que as igrejas de todos os credos se multiplicam. Lendo nas entrelinhas, vejo nessa movimentação social um grito de ajuda, buscando Jesus de todas as formas, como o único Salvador nessa rinha de galos em que se tornou nosso mundo.
Perspectivas atuais da Educação
Moacir Gadotti
Educação… Sem dúvida um tema longo, complexo, problemático, até! Educar é possível? Penso que esta é a questão primeira, sem a qual o próprio conceito e o falar sobre educação, se esvazia de sentido.
Estamos há milênios, eu suporia, do momento em que o Homem, mesmo sem saber nomear, tratou se educar e educar-se. Seja imaginando que nos primórdios fizermos alguns avanços por meio de reforços positivos, condicionamentos, até a atualidade, onde os discursos são vários e em diferentes direções – onde se questiona uma aprente mudança na forma como o modus viventi é transmitido. Podemos, justamente, questionar até se o avanço biotecnológico (incluindo aí, pois, a “computação a serviço da medicina” ou vice-versa e outras áreas afins que nos assustam com a iminênte possibilidade de nos transformar em dóceis ciborgues em poucas gerações).
Mas vamos com calma pois, como eu sugeria, primeiro é preciso pensar sobre (desvencilhando-se dos nossos pressupostos tanto quanto possível) a possibilidade de educar.
De chofre, provoco com algumas indagações:
* Educamos ou adestramos?
* As formas de alienação dependem do materialismo histórico (aqui, peço licença, mas estou, sim, recorrendo ao conceito Marxista) donde a informática/ tecnologia apontam de forma inefável para a direção sugeriada por Neil Postman em consonância com Aldous Huxley? Ou será que o Homem de algum modo não pode ter escrita a sua história reduzida basicamente à subjugação “do outro”, denunciando seu egoísmo desequilibrado em forma de “exercício de poder”?
* Será que aquilo que chamamos de educação não é o resultado de alguma forma de cerceamento de liberdade (Obs.: termo também problemático a ser discutido), de doutrinamento/ alienação/ condicionamento? Aliás, a belíssima palavra “CULTURA” já não incuti a ideia de manutenção e reprodução de um conjunto de ideias, ações?
Bem, esta é minha contribuição. Acredito sempre e sempre que o pensar exige de cada um voltar o mais primitivamente possível para, não só o tema questionado, mas também para os pressupostos que “criaram” o próprio tema. Ou então, usando uma metáfora bastante difundida, corre-se o risco de “edificar a casa sobre a areia”.
Quanto ao texto “Perspectivas atuais da Educação”, de Moacir Gadotti, os problemas/ questões são basicamente as mesmas: Existe perspectiva “atual”? Que é perspectiva, já que o termo é uma apropriação da geometria onde o “ponto de vista” sugere percorrer uma distância, um deslocamento?
Em que bases, excetuando o “senso comum”, o autor define o “campo real de verdadeiro” como sendo o da alma? Confesso que me atrai favoravelmente esta ideia, mas não há qualquer embasamento e justificativa por parte do autor que nos permita considerar a afirmativa como válida e verdadeira.
Discordo completamente do último parágrafo e reluto com as suas ideias. Transcrevo-o: “Observo que as igrejas de todos os credos se multiplicam. Lendo nas entrelinhas, vejo nessa movimentação social um grito de ajuda, buscando Jesus de todas as formas, como o único Salvador nessa rinha de galos em que se tornou nosso mundo.”
Oras, se formos realmente considerar a metáfora da “rinha de galos”, é preciso reconhecer que o Mundo testemunha tais “rinhas” desde “sempre”. É falso e desnecessário o tom apocalíptico do “mundo que se tornou isso ou aquilo”. Fato é que hoje temos mais consciência de tantos “erros”, digamos, e nossa mentalidade já considera, de modo geral, as “violências” como tal. Portanto, o que ocorre, penso, é que o lapso (desmedida, distância) entre o que idealizamos e o que acontece, se dilata.
Ainda: As igrejas de todos os credos se multiplicam, mas só mesmo nas “entrelinhas” do autor é que o fato se deve “ao grito de ajuda” e tudo o mais. Eu daria apenas um dentre possíveis argumentos que desfaz a condição necessária pretendida: Igrejas são um bom Negócio (financeiramente). Pronto! Isso já bastaria para que elas venham se multiplicando.
Por fim, muito estreito e centrado o raciocício de que a busca de “‘Jesus'[…] como o ÚNICO Salvador”. Oras, que desrespeito ou falta de atenção/ tato, considerar apenas Jesus. Onde, as outras religiões e outros credos com seus mestres e princípios?
E que “ÚNICO” é este? Outros credos têm deuses/ princípios falsos?!
Vale relembrar, já que me estendi no texto: Educar (não) é impor determinada cultura, valores?
Se temos um “Salvador”, porque precisamos de educação? Já “está tudo certo”, mesmo…
Espero que os leitores entendam esses apontamentos como provocações para uma reflexão crítica e não como mero “ataque”. Creio nas intenções admiráveis de muitas pessoas e me incluo o grupo daqueles que nutrem ideais de uma vida melhor, de um mundo melhor.
Acontece que pensamos através “do resultado do que somos” e isso implica em “carregar nas tintas” “do eu” mesmo quando tratamos de nos esmerar nas mais caras virtudes humanas. Sendo assim, é preciso que “reparos” sejam apontados e, quando possível, corrigidos.
Educação e o mais importante entre todos, no entanto é relegado ao ostracismo que se converte em discaso, por aqueles que têm o poder e a obrigação de olhar por ela, entretanto, o cidadão estudado e culto é questionador e criador em termos, de grandes problemas para os dententores do poder, assim sendo, tudo farão para sucatear e dificultar o ensino, de tal maneira que, mente fechada, não pede, não solicita, não exige e nada sabe e aceita tudo por mais vil que seja.
Educação e o mais importante entre todos, no entanto é relegado ao ostracismo que se converte em discaso, por aqueles que têm o poder e a obrigação de olhar por ela, entretanto, o cidadão estudado e culto é questionador e criador em termos, de grandes problemas para os dententores do poder, assim sendo, tudo farão para sucatear e dificultar o ensino, de tal maneira que, mente fechada, não pede, não solicita, não exige e nada sabe e aceita tudo por mais vil que seja.
Lenita como sempre o seu texto é admirável e provocante. Parabéns !
Lenita como sempre o seu texto é admirável e provocante. Parabéns !