Boa Nova

20160511_Boa_Nova
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O ARGUMENTO JUSTO
Pelo Espírito Neio Lúcio. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Jesus no Lar. Lição nº 38. Página 163.

À noite, em casa de Simão Pedro, transparecia um véu de tristeza na maioria dos semblantes.
Tadeu e André, atacados horas antes, nas margens do lago, por alguns malfeitores, viram-se constrangidos à reação apressada. Não surgira consequência grave, mas sentiam-se ambos atormentados e irritadiços.
Quando Jesus começou a falar acerca da glória reservada aos bons, os dois discípulos deixaram transparecer, através do pranto discreto, a amargura que lhes dominava a alma e, não podendo conter-se, Tadeu clamou, aflito:

– Senhor, aspiro sinceramente a servir à Boa Nova; contudo, sou portador de um coração indisciplinado e ingrato. Ouço, contrito, as explanações do Evangelho; lá fora, porém, no trato com o mundo, não passo de um espírito renitente no mal. Lamento… lamento… mas como trabalhar em favor da Humanidade nestas condições?
Embargando-se-lhe a voz, adiantou-se André, alegando, choroso:
– Mestre, que será de mim? Ao seu lado, sou a ovelha obediente; entretanto, ao distanciar-me… basta uma palavra insignificante de incompreensão para desarmar-me. Reconheço-me incapaz de tolerar o insulto ou a pedrada. Será justo prosseguir, ensinando aos outros a prática do bem, imperfeito e mau qual me vejo?…
Calando-se André, interferiu Pedro, considerando:
– Por minha vez, observo que não passo de mísero espírito endividado e inferior. Sou o pior de todos. Cada noite, ao me retirar para as orações habituais, espanto-me diante da coragem louca dentro da qual venho abraçando os atuais compromissos. Minha fragilidade é grande, meus débitos enormes. Como servir aos princípios sublimes do Novo Reino, se me encontro assim insuficiente e incompleto?
À palavra de Pedro, juntou-se a de Tiago, filho de Alfeu, que asseverou, abatido:
– Na intimidade de minha própria consciência, reparo quão longe me encontro da Boa Nova, verdadeiramente aplicada. Muita vez, depois de reconfortar-me ante as dissertações do Mestre, recolho-me ao quarto solitário, para sondar o abismo de minhas faltas. Há momentos em que pavorosas desilusões me tomam de improviso. Serei na realidade um discípulo sincero? Não estarei enganando o próximo? Tortura-me a incerteza… Quem sabe se não passo de reles mistificador?
Outras vozes se fizeram ouvir no cenáculo, desalentadas e cheias de amargura.
Jesus, porém, após assinalar as opiniões ali enunciadas, entre o desânimo e o desapontamento, sorriu, tocado de bom-humor, e esclareceu:

– Em verdade, o paraíso que sonhamos ainda vem muito longe e não vejo aqui nenhum companheiro alado. A meu parecer, os anjos, na indumentária celeste, ainda não encontram domicílio no chão áspero e escuro em que pisamos.
Somos aprendizes do bem, a caminho do Pai, e não devemos menoscabar a bendita oportunidade de crescer para Ele, no mesmo impulso da videira que se eleva para o céu, depois de nascer no obscuro seio da terra, alastrando-se compassiva, para transformar-se em vinho reconfortante, destinado à alegria de todos.

Mas, se vocês se declaram fracos, devedores, endurecidos e maus e não são os primeiros a trabalhar para se fazerem fortes, redimidos, dedicados e bons em favor da obra geral de salvação, não me parece que os anjos devam descer da glória dos Cimos para substituir-nos no campo de lições da Terra.

O remédio, antes de tudo, se dirige ao doente, o ensino ao ignorante… De outro modo, penso, a Boa Nova de Salvação se perderia por inadequada e inútil…
As lágrimas dos discípulos transformaram-se em intenso rubor, a irradiar-se da fisionomia de todos, e uma oração sentida do Amigo Divino imprimiu ponto final ao assunto.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio.fcvv@gmail.com; asavio13@uol.com.br;
“Os defeitos mais arraigados são aqueles que tomamos à feição de qualidades, desse modo, é preciso discernir apresentação de vaidade; brio de orgulho; serenidade de indiferença; correção de frieza; humildade de subserviência e fortaleza de segurança de coração. Quando algum sentimento nos induzir a parecer melhor ou mais forte que os outros, é chegado o momento de procurar a nossa própria realidade para desistir da ilusão, porquanto, de que serve a felicidade dos felizes quando não diminui a infelicidade dos que se sentem menos felizes?” André Luiz & Chico Xavier. Livro: Endereços da Paz. Lição: Discernimento.
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Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 27.688 dias.
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Eu TE Agradeço Deus Pai!
== Sou septuagenário ==
== Publicação número 10.592
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