Allan Kardec


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LEMBRANDO ALLAN KARDEC

Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos).
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Doutrina Escola. Lição nº 05. Página 29.
Mensagem recebida em 22.09.1942. Lida aos 03.10.1942, durante a 3ª Concentração Espírita de São Paulo, no Ginásio do Pacaembu.

Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados à renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado João Huss e falou, generosamente:

– Não serás portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade material à civilização, nem receberás a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e consciências.

A assembléia de orientadores das atividades terrestres estava comovida.

E ao passo que o antigo campeão da verdade e do bem se sentia alarmado de santas comoções, Jesus continuava.

– Preparam-se os círculos da vida planetária a grandes transformações nos domínios do pensamento. Imenso número de trabalhadores no mundo, desprezando o sentido evolucionário da vida, crê na revolução e nos seus princípios destruidores, organizando-lhe movimentos homicidas. Em breve, não obstante nossa assistência desvelada, que neutralizará os desastres maiores, a miséria e o morticínio se levantarão no seio de coletividades invigilantes.

A tirania campeará na Terra, em nome da liberdade, cabeças rolarão nas praças públicas em nome da paz, como se o direito e a independência fossem frutos da opressão e da morte.

Alguns condutores do pensamento, desvairados de personalismo destruidor, convertem a época de transição do orbe em turbilhão revolucionário, envenenando o espírito dos povos.

O sacerdócio organizado em bases econômicas não pode impedir catástrofe. A Filosofia e a Ciência intoxicaram as próprias fontes de ação e conhecimento!…

É indispensável estabelecer providências que amparem a fé, preservando os tesouros religiosos da criatura.

Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no coração da humanidade.

O Evangelho do Amor permanece eclipsado no jogo de ambições desmedidas dos homens viciosos!…

Vai, meu amigo.

Abrirás novos caminhos à sagrada aspiração das almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo a mente humana.

Na restauração da verdade, no entanto, não esperes os louros do mundo, nem a compreensão de teus contemporâneos.

Meus enviados não nascem na Terra para serem servidos, mas por atenderem às necessidades das criaturas.

Não recebem palmas e homenagens, facilidades e vantagens terrestres, contudo, minha paz os fortalece e levanta-os, cada dia…

Muitas vezes, não conhecem senão a dificuldade, o obstáculo, o infortúnio, e não encontram outro refúgio além do deserto.

É preciso, porém, erigir o santuário da fé e caminhar sem repouso, apesar de perseguições, pedradas, cruzes e lágrimas!…

Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terrestre, o abnegado João Huss recebeu, a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento.

Daí a algum tempo, no albor do século XIX, nascia Allan Kardec em Lyon, por trazer a divina mensagem.

Espírito devotado, jamais olvidou o compromisso sublime.

Não encontrou escolas de preparação espiritual, mas nunca menosprezou o manancial de recursos que trazia em si mesmo. E, como se quisera demonstrar que as fontes do profetismo devem manar de todas as regiões da vida para sustentáculo e iluminação do espírito eterno, embora no quadro dos grandes homens do pensamento, estimou desferir os primeiros vôos de sua missão divina na zona comum onde permanece a generalidade das criaturas.

Consoante a previsão do Cristo, a Revolução Francesa preparara com sangue o império das guerras napoleônicas.

Enquanto os operários da cultura moderna lançavam novas bases ao edifício do progresso mundial, o grande missionário, sem qualquer preocupação de recompensa ou exibicionismo, dá cumprimento à tarefa sublime.

E foi assim que o século XIX, que recebeu a navegação a vapor, a locomotiva, a eletrotipia, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cabo submarino, a anestesia, a turbina a vapor, o fonógrafo, a máquina de escrever, a luz elétrica, o sismógrafo, a linotipo, o radium, o cinematógrafo e o automóvel, tornou-se receptor da Divina Luz da Revivescência do Evangelho.

O discípulo dedicado rasgou os horizontes estreitos do ceticismo e o plano invisível encontrou novo canal a fim de projetar-se no mundo, atenuando-lhe as sombras densas e renovando as bases da fé.

Alguns dos companheiros de luta espiritual, embora em seguida às hostilidades do meio, recebiam aplausos do mundo e proteção de governos prestigiosos, mas emissário de Jesus, no deserto das grandes cidades, trabalhava em silêncio, suportando calúnias e zombarias, vencendo dificuldades e incompreensões.

Ao fim da laboriosa tarefa, o trabalhador fiel triunfara.

Em breve, a Doutrina Consoladora dos Espíritos iluminava corações e consciências, nos mais diversos pontos do globo.

É que Allan Kardec, se viera dos círculos mais elevados dos processos educativos do mundo, não esquecera a necessidade de sabedoria espiritual.

Discípulo eminente de professores consagrados, como Pestalozzi, não esqueceu a ascendência do Cristo.

Trabalhador no serviço da redenção, compreendeu que não viera à Terra por atender a caprichos individuais e sim aos poderes superiores da vida.

Sua exemplificação é um programa e um símbolo.

Conquistando a auréola dos missionários vitoriosos, não se incorporou à galeria dos grandes do mundo, por que apenas indicasse o caminho salvador à humanidade terrestre.

Allan Kardec não somente pregou a doutrina consoladora; viveu-a.

Não foi um simples codificador de princípios, mas um fiel servidor de Jesus e dos homens.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão – email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio.fcvv@gmail.com; asavio01@uol.com.br; asavio20@uol.com.br;
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Leal +55 12 98260-2909
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www.comkardec.com
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Leal, aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 28.927 dias.
Obrigado Senhor!
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Publicação número 14.045
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