Dia Nacional do Espiritismo

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Dia Nacional do Espiritismo

Espíritas comemoram Dia Nacional do Espiritismo

Alex Régis Cléber Pinheiro Costa afirma que o número de praticantes da doutrina vem crescendo no país 18/04/2009 – Tribuna do Norte

Espíritas de todo o Brasil comemoram hoje o Dia Nacional do Espiritismo. A data é uma homenagem ao dia da publicação do Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, marco da doutrina. Para os seguidores, a instituição do dia é o reconhecimento da sociedade a um movimento que ao longo do tempo se firmou graças ao seus objetivos.

E para marcar a data, a Federação Espírita do Rio Grande do Norte vai realizar, a partir das 15h de hoje, na sua sede, uma sessão extraordinária do Conselho Federativo Estadual, com palestras sobre o tema e uma confraternização com os participantes.“É um momento importante para todos nós, pois a data representa o início a Doutrina Espírita, que hoje comemora 152 anos e que a cada dia cresce mais”, explicou o assessor de relações institucionais da FERN, Cleber Pinheiro Costa.

Muita gente pensa que o Espiritismo é uma religião. Há ainda os que confundem o Espiritismo com práticas de umbanda ou candomblé. Na realidade, o Espiritismo é uma doutrina filosófica com aspectos religiosos, que estuda a origem, a natureza, o destino dos espíritos e suas relações entre os mundos material e espiritual.

Os estudiosos no assunto, definem o espiritismo como o conjunto de princípios e leis, revelados pelos espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese Os princípios básicos do Espiritismo são: Existência de Deus, Imortalidade da Alma; Comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material; Reencarnação e Evolução Universal e Infinita.

“Nos últimos anos o Espiritismo tem crescido bastante no Brasil. Segundo dados do IBGE, 1,5% da população brasileira é espírita. Não temos os dados locais, mas no total temos 180 Casas em 30% do RN”, disse Cleber.

Diferente das religiões que promovem cultos e rituais, o Espiritismo realiza atividades. São grupos de estudos, reuniões de tratamento espiritual, reunião de desobsessão, além de promoção social.

“Nosso lema é que fora da caridade não há salvação. Então, cada um de nós somos responsável pelo processo de salvação. É um convite a auxiliar o próximo”, explicou Cleber.

Apesar do crescimento, a Doutrina Espírita ainda sofre muitos preconceitos, mas segundo Cleber, a situação está mudando e as pessoas estão dando conta do que é realmente o Espiritismo.

“Nosso plano é uma cópia mal feita do plano espiritual. Aqui colocamos em prática o que aprendemos lá. Voltamos várias vezes a este mundo para evolução do espírito e é isso que aprendemos no Espiritismo, a sermos melhor”, explicou.

Alan Kardec começou pesquisando fenômenos

A vida de Allan Kardec pode ser contada de várias maneiras. Para melhor compreensão de alguns aspectos, os estudiosos dividiram em duas fases distintas.

Primeira Fase

Nasceu em Lyon (França), a 3 de outubro de 1804 e foi registrado sob o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail. Iniciou seus estudos na escola de Pestalozzi (em Yverdun, Suiça).

Tornou-se educador e entusiasta do ensino, tendo sido várias vezes convidado por Pestalozzi para assumir a direção da escola, na sua ausência. Durante 30 anos (de 1824 a 1854), dedicou-se inteiramente ao ensino e foi autor de várias obras didáticas, que em muito contribuíram para o progresso de educação, naquela época.

Segunda Fase

Em 1855, o prof. Rivail depara, pela primeira vez, com o “fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida”.

Passa então a observar estes fenômenos; pesquisa-os cuidadosamente, graças ao seu espírito de investigação, que sempre lhe fora peculiar, não elabora qualquer teoria pré-concebida, mas insiste na descoberta das causas.

Aplica a estes fenômenos o método experimental com o qual já estava familiarizado na função de educador; e, partindo dos efeitos, remonta às causas e reconhece sua autenticidade.

Convencido de sua condição de espírito encarnado, adota um nome já usado em existência anterior, no tempo dos druidas: Allan Kardec. De 1855 a 1869, consagrou sua existência ao Espiritismo; sob a assistência dos Espíritos Superiores, representados pelo Espírito da Verdade, estabelece as bases da Codificação Espírita, em seu tríplice aspecto: Filosófico, Científico e Religioso.

É também de sua iniciativa a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em 1º de abril de 1858 – primeira instituição regularmente constituída com o objetivo de promover estudos que favorecessem o progresso do Espiritismo.

Com a máxima “Fora da caridade não há salvação”, procurava ressaltar a igualdade entre os homens, perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua. Allan Kardec desencarnou (termo utilizado pelos espíritas quando alguém morre) aos 65 anos, em 31 de março de 1869. Em seu túmulo, no cemitério de Père Lachaise (Paris), uma inscrição sintetiza a concepção evolucionista da Doutrina Espírita: “Nascer, Morrer, Renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”.

Instituições realizam uma série de ações beneficentes

Os espíritas realizam diversos trabalhos de caridade com a sociedade. Quem nunca soube de campanhas do Armazém da Caridade para ajudar vítimas das enchentes ou da seca? São várias as ações realizadas, desde trabalhos com presidiários até orientação educacional para crianças e adolescentes.

“Quem é capaz de ver um irmão sofrendo e não fazer nada? Nós ajudamos, na medida do possível, todos os nossos irmãos. Não é porque não temos os laços de sangue que vamos abandonar”, explicou Cleber Pinheiro Costa. Ainda segundo Cleber, todos os Centros realizam algum tipo de ação social com a comunidade, independente da religião das pessoas. “O objetivo das nossas ações é ajudar, levar um pouco de dignidade para as pessoas. Não interessa a religião, pois somos todos irmão”, disse Cleber.

Para o presidente do Armazém da Caridade, Manoel Lopes, foi uma grande alegria ter sido instituído este dia porque é uma forma de reconhecimento, de uma doutrina que ensina a caridade sem querer nada em troca”, disse Manoel Lopes que desde 1975 faz parte da Doutrina Espírita.

O Armazém da Caridade, foi criado em 1995 e desde então realiza diversas ações. A primeira foi o SOS Seca em 1998 quando semanalmente eram distribuídas 1.500 para as vítimas da seca. O centro também distribui cadeiras de rodas, até hoje já foram entregues 400 cadeiras.“Temos também o projeto Jantar com Jesus, onde mais de 11 mil pessoas já tiveram a oportunidade de ter uma verdadeira Noite de Natal”, disse Manoel Lopes.
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Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticias/106836.html
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O Livro dos Espíritos

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Homenagem a “O Livro dos Espíritos”
Eduardo do Couto Ferreira

O mês de abril é sempre de extrema importância para os espíritas, pois nele comemoramos o aniversário de publicação de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec. Essa obra foi publicada em 18 de abril de 1857 e marcou o fim de uma era e início de outra, e, forçoso é reconhecer, alterou a estrutura do pensamento moderno da cultura, da ciência e civilização, bem como da filosofia e da fé. A uma observação superficial, poderá parecer ao leigo uma supervalorização de um livro. Porém esse foi o marco do surgimento do Espiritismo na Terra e, com ele, a mudança de paradigmas vigentes até então.

Antes dele, a fé encontrava-se aferrada aos dogmas de uma crença tradicional, imposta que era, como verdade, sem o real entendimento e elucidação dos principais enigmas da vida humana. Depois dele tornou-se a fé uma aliada fiel da razão, na qual o sentimento de religiosidade deve vir acompanhado das explicações que libertam e das respostas às dúvidas que surgem.

Antes dele, os princípios de crença eram vigentes no campo cultural, para não dizer da especulação intelectual, no qual careciam as bases sensatas de demonstrações para melhor fixação da crença. Depois dele todo crente encontra comprovações inequívocas da imortalidade e das verdades relativas ao mundo espiritual.

Antes dele a ciência caminhava materialista, pois não confiava na fé. Depois dele a fé uniu-se à razão, e nasceu uma ciência espiritualista que conecta as bases centrais de um método experimental, lógico, aos postulados de primeira grandeza que os interesses religiosos advogam.

Antes dele havia o perigo de que as ideias materialistas e de negação de Deus se espalhassem ainda mais pelo mundo e provocassem os danosos efeitos que a vulgarização dessa não-crença pode provocar. Depois dele o materialismo encontrou-se derrotado, vencido, sem base de argumentação, pois naquele momento as argumentações desabavam ante a lógica incontestável da Doutrina Espírita.

Antes dele os livros sagrados eram vistos por muitos adeptos como instrumento de divisão entre as religiões. Depois dele essas correntes religiosas começaram a marchar na direção de uma unificação de bases de fé, de um único Deus, de um só rebanho e de um só Pastor.

Antes dele muitas passagens da vida de Jesus e seus ensinos eram de difícil interpretação, pelo simbolismo que apresentavam. Depois dele tudo se tornou mais claro e compreensível, cumprindo a promessa de Jesus de que o Consolador traria coisas novas e relembraria outras que por certo ficariam esquecidas.

Quando veio a lume, em Paris, foi um marco para as futuras conquistas intelectuais e morais, que abriria a era do século XX e dos séculos porvindouros. Na atualidade, ante as crescentes iniciativas de união entre os povos, de aproximação entre ciência e fé, de amadurecimento religioso, percebemos “O Livro dos Espíritos” cumprindo seu papel na evolução do mundo. E, em face disso, agradecidos a Deus nos haver concedido a todos o benefício de desfrutar dos seus abençoados ensinos, saudamos mais uma primavera entre nós.
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Fonte:
http://www.oclarim.com.br/?id=7&tp_not=1&cod=392
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Publicado em: SinapsesLinks:
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Conheça: Janelas da Alma
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