54 Casas Verdes

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Casas Verdes

De: marioleal.adv
Para: ep-leal@uol.com.br
Data: 30/03/2007 17:24
Assunto: ARQUITETURA X AQUECIMENTO DO PLANETA

29/03/2007
CASAS VERDES AJUDAM MAIS QUE PROTOCOLO DE KYOTO, DIZ ONU

Uma boa arquitetura e a economia de energia em prédios poderiam fazer mais pelo combate ao aquecimento global do que todas as restrições de emissão de gases de efeito estufa definidas no Protocolo de Kyoto, afirma um estudo do programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).

O relatório pede uma ação global para promover construções “mais verdes”.O uso mais eficiente de concreto, metais e madeira na construção e um menor consumo de energia em itens como ar-condicionado e iluminação em casas e escritórios poderiam economizar bilhões de dólares em um setor responsável por de 30% a 40% do consumo mundial de energia.
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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u16194.shtml
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54 Aquecimento Global

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Aquecimento

27/03/2007
ESTUDO: AQUECIMENTO CRIARÁ NOVO CLIMA NA AMAZÔNIA

Por Marilena Lino de A. Lavorato

O aquecimento global criará um novo clima na Floresta Amazônica até o final do século, mais quente e com maior precipitação em época de chuvas, segundo um estudo feito por cientistas da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

Usando modelos de mudanças climáticas que levam em conta estimativas de emissões de gases do efeito estufa, os cientistas concluíram que 39% da superfície do planeta terá temperaturas mais altas até 2100 e que as zonas de climas mais quentes no mundo já estão se deslocando em direção aos dois pólos.

O fenômeno vai afetar principalmente os trópicos e sub-trópicos, regiões em que ficam as florestas Amazônica e da Indonésia, onde até as menores variações de temperaturas podem ter um grande impacto, afirmou Jack Williams, geógrafo da universidade e chefe da pesquisa. O estudo foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1509700-EI8278,00.html
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Colaboração: Mário Leal Filho – São Paulo-SP – Brasil
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52 Fome

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Crônica de uma catástrofe vivenciada

PEDRO SIMON

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O aquecimento global provoca grande comoção. Enquanto isso, 1 em cada 6 pessoas dormirá a próxima noite com fome
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DE REPENTE , parece que o planeta se transformou no cenário de um filme dirigido por Steven Spielberg, produzido pela ONU e escrito por 600 cientistas de 40 países, sobre a devastação da natureza. Nesse documentário, somos nós os protagonistas, ora mocinhos, ora vilões. É bem verdade que muitos já são, hoje, meros figurantes nessa história dramática e morrem sem serem reconhecidos nem na tela da vida.

O quadro trágico para o futuro da humanidade foi esboçado em documento da ONU divulgado em Paris, recentemente, no IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática). O relatório pinta, com tintas carregadas, os cenários do meio ambiente neste século que ainda engatinha. A principal questão é o chamado aquecimento global. A decorrente elevação dos níveis dos oceanos e dos mares na escala prevista poderá dizimar cidades litorâneas inteiras, normalmente onde se concentra grande parcela da população.

A agricultura mundial terá uma nova geografia. A estrutura produtiva de grandes regiões agrícolas deverá ser, significativamente, modificada. Isso motivará, como decorrência, outras mudanças: na estrutura fundiária, no comércio de insumos, na agricultura de exportação. A produção de alimentos e, conseqüentemente, o mapa da fome, serão, também, redesenhados. As cidades serão remodeladas.

Grandes ondas de migração, rural-urbana e rural-rural, modificarão a demografia do planeta. Inundações e secas prolongadas expulsarão populações das cidades e do campo, que ocuparão, ainda mais, as periferias dos grandes centros urbanos, num processo crescente de “favelização”.

A miséria, a fome e a violência ocuparão, ainda mais, corações e mentes, e a guerra civil não declarada, da bala perdida ou mirada, poderá ter o “alistamento” de novos batalhões, cada vez mais ao descontrole do Estado.

Mais uma vez, regiões e populações mais pobres serão as maiores vítimas.

O trabalho da ONU provoca enorme comoção, pois projeta o que cientistas identificam como catástrofe ainda para o nosso tempo. Sentimento que foi reforçado agora pela constatação do cientista-chefe do Reino Unido, David King, no sentido de que o Protocolo de Kyoto já está ultrapassado. É uma situação que, se nada for feito, será vivida por nós e, principalmente, pelos nossos filhos e netos.
Mas não há que buscar tamanha comoção para calamidades anunciadas. Já existe uma catástrofe de dimensões planetárias, embora muitos teimem em desconhecê-la. Não se trata dos furacões, dos tornados, dos maremotos, dos terremotos e dos tsunamis, cada vez mais vorazes e que atormentam ricos e pobres. É uma catástrofe que atinge, exclusivamente, os miseráveis. É a fome.

Quase 1 bilhão de seres humanos passam fome, no nosso tempo e no nosso espaço. Uma em cada 6 pessoas, as que não morrerem ainda hoje, dormirá a próxima noite com fome. Fome crônica. A mesma fome que mata um ser humano a cada menos de quatro segundos! Vinte e cinco mil por dia. Nove milhões por ano. Neste exato momento, o planeta tem algo como 130 milhões de crianças chorando -e morrendo- de fome.

A mídia tratou o relatório da Organização das Nações Unidas sobre o aquecimento global com ares de “apocalipse”, uma projeção, com data marcada, para o “final dos tempos”.

Para mim, no entanto, o melhor simbolismo para os acontecimentos que dão suporte às projeções da ONU é a “Torre de Babel”. É que deixamos, há muito tempo, de falar a mesma língua, universal, humanística. Construímos uma torre para atingir uma espécie de deus-mercado, suntuoso em bens materiais. Transformamos o semelhante em concorrente, quando não em adversário. A consciência coletiva deu lugar ao individualismo.

Mas, apesar da dimensão de tais catástrofes, continuo um otimista. Acho, inclusive, que as discussões sobre o relatório da ONU, o da catástrofe anunciada, podem se estender no sentido da busca de soluções para o problema da fome, o da catástrofe vivenciada. Quem sabe possam emergir, daí, novos paradigmas e padrões de comportamento humano.

Resgatar o verdadeiro sentido de humanidade, enquanto natureza humana, que incorpore valores outros que não a ganância e a sede de poder, mas a fraternidade e a solidariedade.

Não haverá humanidade, no seu verdadeiro sentido, enquanto a morte pela fome continuar seguindo o ritual dos ponteiros dos segundos. Quem sabe, também, possamos descobrir que ainda é possível uma revolução nos nossos sonhos de futuro.

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PEDRO SIMON , 77, advogado, é senador pelo PMDB-RS. Foi líder do governo no Senado Federal (governo Itamar Franco), governador do Rio Grande do Sul (1987-91) e ministro da Agricultura (governo Sarney).
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0204200708.htm
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54 Aquecimento Global

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Temperatura do planeta

02/02/2007 – 09h13
Temperatura do planeta aumentará até 4ºC até 2100, diz ONU

da France Presse, em Paris
da Folha Online

A temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio.
[confira o relatório completo em inglês no formato .PDF]

As conclusões foram anunciadas nesta sexta-feira em Paris pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU (Organização das Nações Unidas).

O comitê do IPCC engloba centenas de cientistas e representantes de 113 países.

O documento de 21 páginas –o mais importante a respeito do aquecimento global– traça um quadro preocupante sobre o futuro do planeta caso não sejam adotadas as medidas adequadas. De acordo com os especialistas do IPCC, o aquecimento do planeta se deve, com 90% de chance, às emissões de dióxido de carbono provocadas pelo homem. Benoit Tessier/Reuters

Torre Eiffel apagada em ato simbólico sobre o efeito estufa

O IPCC afirmou ainda que as emissões passadas e futuras de CO2 continuarão contribuindo para o aquecimento global e a elevação do nível dos mares durante mais de um milênio, levando em consideração sua permanência na atmosfera.

Se os países não adotarem os meios para reduzir a poluição da atmosfera, a temperatura média pode aumentar até 6,4%.

Este desajuste modificará totalmente as condições climáticas: provocará ondas de forte calor, as inundações serão cada vez mais freqüentes, os ciclones tropicais, tufões e furacões provavelmente serão mais intensos, os recursos de água potável diminuirão e a elevação do nível do mar pode provocar o desaparecimento de algumas ilhas e superfícies férteis.

As mudanças obrigarão milhares de pessoas a abandonarem suas casas, e o número de refugiados do clima será superior ao de refugiados de guerra, alertam alguns especialistas.

Encontro

A reunião na capital francesa de 500 especialistas do grupo, criado em 1988 pela ONU e a Organização Meteorológica Mundial com o objetivo de servir de mediador entre os cientistas e os governantes, é a conclusão de mais de dois anos de trabalho.

De acordo com a organização ecológica Greenpeace, o informe do painel intergovernamental aciona o ‘sinal de alerta’ necessário para impulsionar os governos à ação.

‘Se o último relatório do IPCC em 2001 nos fez despertar, este é um sinal de alerta. A boa notícia é que nossa compreensão do sistema climático e do impacto humano melhorou, a ruim é que nosso futuro parece perigoso’, afirma a organização em um comunicado.

Diante das previsões desalentadoras, os cientistas esperam que a comunidade internacional apresente uma resposta vigorosa e unida que implique a continuidade do Protocolo de Kyoto, destinado a reduzir as emissões de dióxido de carbono, cuja primeira fase expira em 2012.

No entanto, este protocolo ainda não foi ratificado pelos Estados Unidos, que é o maior poluidor mundial.

Danos

O chefe do Comitê Internacional de Mudanças Climáticas, Rajendra Pachauri, qualificou o relatório como um documento “muito impressionante”, que vai além dos “estudos anteriores”.

Segundo Susan Solomon, cientista do governo dos EUA, “não há dúvidas de que o aumento de gases poluidores é causado pelas atividades humanas”.

De acordo com o documento, não importa o quanto a civilização reduza a emissão de gases, o aquecimento global e o aumento do nível dos oceanos vão perdurar por séculos.

“Não é algo que possa ser detido. Nós teremos que conviver com isso”, afirmou Kevin Trenberth, diretor de análises climáticas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica de Boulder, no Colorado, à Associated Press.

“Estamos criando um planeta diferente. Em cem anos, teremos um clima diferente”, afirmou.

Criado pela ONU em 1988, o comitê divulga relatórios a cada cinco ou seis anos. Os documentos são divulgados em fases — este é o primeiro de quatro previstos para este ano.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15950.shtml
http://www.ipcc.ch/SPM2feb07.pdf
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