Bóson de Higgs

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Bóson de Higgs
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“A maior descoberta científica dos últimos 40 anos é na verdade minúscula. É menor que um átomo de hidrogênio – e extremamente fugaz. Depois de quase meio século de buscas, apareceu e sumiu num instante tão curto que desafia a noção do tempo. Dentro da maior câmera fotográfica do mundo, o LHC, acelerador de partículas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), na fronteira entre Suíça e França, alguns dos maiores físicos contemporâneos só conseguiram extrair um traço probabilístico da existência dessa partícula misteriosa. Batizada pelos cientistas de bóson de Higgs, ela guarda o segredo para a existência da matéria. Conhecida como “partícula de Deus”, pode ser a chave para entender de onde viemos e para onde vamos. É o mais importante passo da humanidade para desvendar a maravilhosa mecânica do cosmo e como ele foi criado.”
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Vide a reportagem completa em: http://migre.me/9Pycp
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A Partícula de Deus

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Maior máquina do mundo,
LHC começa hoje a produzir ciência

Choques de prótons em mega-acelerador poderão revelar a “partícula de Deus”

RAFAEL GARCIA
EM GENEBRA
JFSP 30MAR2010A16

O mega-acelerador de partículas LHC faria na madrugada de hoje as primeiras tentativas de colisões capazes de produzir ciência efetivamente inovadora. O experimento, que ganhou o apelido de “máquina do Big Bang”, poderá então tentar detectar o bóson de Higgs, a partícula que confere massa às outras, segundo a teoria.

Tecnicamente, o acelerador está funcionando desde novembro, mas só agora as colisões entre prótons que são produzidas em seu túnel circular de 27 km chegam à energia de 7 TeV (teraelétron-volts), necessária às detecções.
A violência dos choques entre essas partículas, porém, ainda é metade daquela prevista para o projeto. Quando o LHC estiver pronto para colidir seus feixes de prótons a 14 TeV, será como como produzir um choque frontal de dois trens-bala num túnel mais estreito que um fio de cabelo. Isso só deve acontecer em 2012.

A agenda de experimentos foi mudada depois de um acidente em setembro de 2008. Uma sobrecarga de energia danificou vários dos ímãs supercondutores responsáveis por acelerar as partículas.

Depois de ficar no conserto por mais de um ano, o LHC vai rodar sua primeira etapa de experimentos colidindo prótons a 3,5 TeV. Físicos na sede do Cern (Organização Europeia de Física Nuclear), na fronteira da Suíça com a França, estão ansiosos para o início do trabalho.

“Temos tido já, de vez em quando, algumas colisões a 7 TeV, mas creio que não 100% estáveis”, disse à Folha Denis Damázio, brasileiro que trabalha no Atlas, um dos grandes detectores do LHC. Segundo ele, os experimentos que vinham sendo feitos até a semana passada usavam apenas um “bunch” -um pequeno “vagão”, quando se compara o feixe de prótons a um trem.
Tanto o Atlas quanto os outros grandes detectores -o CMS, Alice e o LHCb- trabalham de forma independente entre si. Quase todos eles já inauguraram sua produção científica. Os artigos publicados, porém, ainda tratam mais de aspectos técnicos, como calibração das máquinas.

Quando o feixe de prótons completo estiver circulando hoje, porém, os cientistas esperam que o Cern cumpra sua promessa de “abrir a maior janela para potenciais descobertas na física de partículas em uma década”. Mesmo 7 TeV já são mais que o triplo da energia produzida pelo acelerador americano Tevatron, o melhor até o ano passado. Cientistas calculam que isso é mais do que suficiente para que de algumas colisões finalmente apareça o bóson de Higgs -a “partícula de Deus”, apelido que desagrada a muitos físicos.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe3003201004.htm
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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