Espiritismo Kardecista Brasileiro

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Espiritismo kardecista brasileiro
e cultura política história e novas trajetórias

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Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Ciência Política
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Trabalho de dissertação apresentado ao
Colegiado do Mestrado em Ciência Política,
como requisito parcial para obtenção do título
de mestre em Ciência Política.
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RESUMO
No primeiro capítulo tratamos das raízes doutrinárias do espiritismo kardecista no século XIX. Verificamos fortes identificações do Espiritismo como os princípios iluministas e liberais europeus, especialmente da França nos enunciados de Jean Jacques Rousseau, Montesquieu, Alexis de Tocqueville e do inglês John Stuart Mill.

Constatação importante, na medida em que sua manifestação brasileira entre os séculos XIX e XX encontra entraves seja durante o Império, seja após a proclamação da república, tanto da Igreja Católica em particular, quanto dos antiliberais de um modo em geral.

No segundo capítulo trataremos de mapear os momentos de tensão entre segmentação e união no campo espírita, seu relacionamento com a hegemonia católica, e, finalmente, o surgimento de novas matrizes a partir do declínio dessa hegemonia.

No terceiro capítulo faremos uma incursão no universo associativo espírita, sua organização interna não-sacerdotal e baseada em formas de representação, voto, e discussão, enfim na adesão de regras democráticas de condução dos processos decisórios.

No capítulo quatro aprofundaremos na matriz do Terceiro Setor e da cidadania. Veremos também o que essa organização tem a ver com o
Novo Associativismo que surge no Brasil após a redemocratização na década de 1980.

Aprofundaremos a análise de sua modernização e crescente identificação com o Terceiro Setor, bem como de que modo se dá a apropriação do termo “cidadania” a sua linguagem.

E por fim, na conclusão, veremos no que a elaboração política original do kardecismo se coaduna com a face pública do campo espírita atual, bem como sua contribuição para a democratização social.
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Autora:
Fernanda Flávia Martins Ferreira
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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