Imprevistos durante visitas

No curso de visitas determinada, calar quaisquer apontamentos ou perguntas, quando os anfitriões estiverem recebendo correspondência.

Ante uma discussão, absolutamente inesperada entre familiares, guardar discrição e respeito.

Nunca prorromper em gritos ou exclamações se um inseto ou algum pequeno animal surge à vista.

Conservar calma sem interferência, toda vez que uma criança da moradia visitada entre a receber essa ou aquela repreensão dos adultos.

Abster-se de comentar negativamente os pequeninos desastres caseiros, como sejam a queda de alguém ou a louça quebrada.

Se aparecerem outras visitas, mesmo em se tratando de pessoas com as quais não nos achemos perfeitamente afinados, não nos despedimos abruptamente e sim permanecer mais algum tempo, no recinto doméstico em que estejamos, testemunhando cordialidade e acatamento.

Vendo pessoas que nos sejam desconhecidas ou que ainda não nos foram apresentadas, no lar que nos acolhe, jamais formular indagações, quais estas: “quem é este?”, “quem é ela?”, “é pessoa de sua família?”, “que faz aqui?” ou “será que já conheço essa criatura?”

Se os donos da casa estão prontos para sair, no justo momento de nossa chegada, devemos renunciar ao prazer de visitá-los, deixando-os em liberdade.

Quem visita, deve sempre levar consigo otimismo e compreensão para serem usados em qualquer circunstância.
*

Visitação a doentes

A visita ao doente pede tato e compreensão.

Abster-se de dar a mão ao enfermo quando a pessoa for admitida à presença dele, com exceção dos casos em que seja ele quem tome a iniciativa.

Se o visitante não é chamado espontaneamente para ver o doente, não insistirá nisso, aceitando tacitamente os motivos manifestos que lhe obstam semelhante contato.

Toda conversa ao pé de um doente, exige controle e seleção.

Evitar narrações ao redor de moléstias, sintomas, padecimentos alheios e acontecimentos desagradáveis.

Um cartão fraterno ou algumas flores, substituindo a presença, na hipótese de visitação repetida, em tratamentos prolongados, constituem mananciais de vibrações construtivas.

Conquanto a oração seja bênção providencial, em todas as ocasiões, o tipo de assistência médica, em favor desse ou daquele enfermo, solicita apreço e acatamento.

Nunca usar voz muito alta em hospital ou em quarto de enfermo.

Por mais grave o estado orgânico de um doente, não se lhe impor vaticínios acerca da morte, porquanto ninguém, na Terra, possui recursos para medir a resistência de alguém, e, para cada agonizante que desencarna, funciona a Misericórdia de Deus, na Vida Maior, através de Espíritos Benevolentes e Sábios que dosam a verdade em amor, em benefício dos irmãos que se transferem de plano.

Toda visita a um doente – quando seja simplesmente visita – deve ser curta.
*

Visitas fraternas

Visita é um ato de fraternidade, do qual não convém abusar com furto de tempo ou comentário inconveniente.

Sempre que possível, a visita será marcada com antecedência, a fim de que não se sacrifique aqueles que a recebem.

A pessoa que visita outra, pelo prazer da amizade ou da cortesia, não necessitará, para isso, de tempo acima de quinze ou vinte minutos, competindo aos anfitriões prolongar esse tempo, insistindo para que o visitante ou visitantes não se retirem.

Entre os que se reencontram, haverá espontaneamente bastante consideração para que não surjam lembranças desagradáveis, de parte a parte.

Nunca abusar do amigo que visita, solicitando-lhe serviço profissional fora de lugar ou de tempo, como quem organiza emboscada afetiva.

Não se aproveitar dos minutos de gentileza, no trato social, para formular conselhos que não foram pedidos.

Calar impressões de viagens ou dados autobiográficos, sempre que não sejam solicitados pelos circunstantes.

Evitar críticas, quaisquer que sejam.

Silenciar perguntas capazes de constranger os anfitriões.

Nunca deitar olhadelas para os lados, à maneira de quem procura motivos para censura ou maledicência.
*

Perante o sexo

Nunca escarneça do sexo, porque o sexo é manancial de criação divina, que não pode se responsabilizar pelos abusos daqueles que o deslustram.

Psicologicamente, cada pessoas conserva, em matéria de sexo, problemática diferente.

Em qualquer área do sexo, reflita antes de se comprometer, de vez que a palavra empenhada gera vínculos no espírito.

Não tente padronizar as necessidades afetivas dos outros por suas necessidades afetivas, porquanto embora o amor seja luz uniforme e sublime em todos, o entendimento e posição do amor se graduam de mil modos na senda evolutiva.

Use a consciência, sempre que se decidir ao emprego de suas faculdades genésicas, imunizando-se contra os males da culpa.

Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: “não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça.”

O trabalho digno que lhe assegure a própria subsistência é sólida garantia contra a prostituição.

Não arme ciladas para ninguém, notadamente nos caminhos do afeto, porque você se precipitará dentro delas.

Não queira a sua felicidade ao preço do alheio infortúnio, porque todo desequilíbrio da afeição desvairada será corrigido, à custa da afeição torturada, através da reencarnação.

Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade.

Não julgue os supostos desajustamentos ou as falhas reconhecidas do sexo e sim respeite as manifestações sexuais do próximo, tanto quanto você pede respeito para aquelas que lhe caracterizam a existência, considerando que a comunhão sexual é sempre assunto íntimo entre duas pessoas, e, vendo duas pessoas unidas, você nunca pode afirmar com certeza o que fazem; e, se a denúncia quanto à vida sexual de alguém é formulada por parceiro ou parceira desse alguém, é possível que o denunciante seja mais culpado quanto aos erros havidos, de vez que, para saber tanto acerca da pessoa apontada ao escárnio público, terá compartilhado das mesmas experiências.

Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é o seu dia de dar, é possível que amanhã seja seu dia de receber.
*

Hóspedes

Convite é responsabilidade para quem o formula.

O hóspede receberá o tratamento que se dispensa à família.

Nenhum amigo, por mais íntimo, tomará a liberdade de chegar à residência dos anfitriões, a fim de hospedar-se com eles, sem aviso.

Se a pessoa não é convidada a hospedar-se com esse ou aquele companheiro e precisa valer-se da moradia deles para certos fins, mesmo a curto prazo, não deve fazer isso sem consulta prévia.

Se alguém procura saber de alguém, quanto à possibilidade de hospedagem e não recebe resposta, procederá corretamente, buscando um hotel, de vez que o amigo consultado talvez tenha dificuldades, em casa, que, de pronto, não possa resolver.

Um hóspede para ser educado não entra nos desacordos da família ou do grupo que o acolhe.

Em casa alheia, necessitamos naturalmente respeitar os horários e hábitos dos anfitriões, evitando interferir em assuntos de cozinha e arranjos domésticos, embora seja obrigação trazer o quarto de dormir tão organizado e tão limpo, quanto possível.

Grande mostra de educação acatar os pontos de vista das pessoas amigas, na residência delas.

Na moradia dos outros, é imperioso ocupar banheiros pelo mínimo tempo, para que não se estrague a vida de quem nos oferece acolhimento.

Fugir de apontamentos e relatos inconvenientes à mesa, principalmente na hora das refeições.

O hóspede não se intrometerá em conversações caseiras que não lhe digam respeito.

Justo gratificar, dentro das possibilidades próprias, aos irmãos empregados nas residências que nos hospedam, já que eles não têm a obrigação de nos servir.
*

Divergências

Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, aguardam maneiras próprias de agir.

Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.

Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.

Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.

Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.

Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.

Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.

Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?

Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.

Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.
*

Festas

Todos os motivos para festas dignas são respeitáveis, entretanto, a caridade é a mais elevada de todas as razões para qualquer festa digna.

Ninguém há que não possa pagar pequena parcela para a realização dessa ou aquela empresa festiva, destinada à sustentação das boas obras.

Sempre que possível, além da sua quota de participação num ato festivo, com fins assistenciais, é importante que você coopere na venda de, pelo menos, cinco ingressos, no campo de seus amigos, a benefício do empreendimento.

Mesmo que não possa comparecer numa festa de caridade, não deixe de prestar sua contribuição.

Festejar dignamente, em torno da fraternidade humana, para ajudar o próximo, é uma das mais belas formas de auxílio.

Se você não dança, não é aconselhável o seu comparecimento num baile.

Nos encontros esportivos, é melhor ficar à distância se você ainda não sabe perder.

Se você possui dons artísticos quanto puder, colabore, gratuitamente, no trabalho que se efetue, em auxílio ao próximo.

Nas comemorações de aniversário, nunca pergunte quantos anos tem o aniversariante, nem vasculhe a significação das velas postas no bolo tradicional.

Conduza o empreendimento festivo, sob a sua responsabilidade, para o melhor proveito, em matéria de educação e solidariedade que sempre se pode extrair do convívio social.

Aprendamos a não criticar a alegria dos outros.
*

Reuniões sociais

A reunião social numa instituição ou no lar, deve sempre revestir-se do espírito de comunhão fraterna.

Sempre que o espinho da maledicência repontar nas flores do entendimento amigo, procure isolá-lo em algodão de bondade, sem desrespeitar os ausentes e sem ferir aos que falam.

As referências nobres sobre pessoas, acontecimentos, circunstâncias ou cousas são sempre indícios de lealdade e elegância moral.

Ignore, em qualquer agrupamento, quaisquer frases depreciativas que sejam dirigidas a você, direta ou indiretamente.

Evite chistes e anedotas que ultrapassem as fronteiras da respeitabilidade.

Ante uma pessoa que nos esteja fazendo o favor de discorrer sobre assuntos edificantes, não cochile nem boceje, que semelhantes atitudes expressam ausência de gabarito para os temas em foco.

Nunca desaponte os demais, retirando-se do recinto em que determinados companheiros estão com a responsabilidade da palavra ou com o encargo de executar esse ou aquele número artístico.

As manifestações de oratória, ensinamento, edificação ou arte exigem acatamento e silêncio.

Jamais rir ou fazer rir, fora de propósito, nas reuniões de caráter sério.

Aproveitar-se, cada um de nós, dos entendimentos sociais para construir e auxiliar, doando aos outros o melhor de nós para que o melhor dos outros venha ao nosso encontro.
*

Correspondência

Cultive brevidade e precisão em seu noticiário, sem cair na secura.

Uma carta é um retrato espiritual de quem a escreve.

Cuidaremos de escrita bem traçada, porquanto não nos será lícito transformar os amigos em decifradores de hieróglifos.

Não escrever cartas em momentos de crise ou de excitação.

Sempre que possível, as nossas notícias devem ser mensageiras de paz e otimismo, esperança e alegria.

Escreva construindo.

Uma carta que sais de seu punho é você conversando.

Qualquer assunto pode ser tratado com altura e benevolência.

Quando você não possa grafar boas referências, em relação a determinada pessoa, vale mais silenciar quanto a ela.

Somos responsáveis pelas imagens que criamos na mente dos outros, não apenas através do que falarmos, mas igualmente através de tudo aquilo que escrevermos.
*

Questões a meditar

Você dominará sempre as palavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pronuncie.

Zele pela tranquiliadade de sua consciência, sem descurar de sua apresentação exterior.

No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: “há homens que cavam a sepultura com a própria boca”.

Tanto quanto possível, em qualquer obrigação a cumprir, esteja presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.

A inação entorpece qualquer faculdade.

O sorriso espontâneo é uma bênção atraindo outras bênçãos.

Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.

Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução dos seus problemas.

É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.

Cada boa ação que você pratica, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.

Quem fala menos ouve melhor, e quem ouve melhor aprende mais.
*

Separações

Nas construções do bem, é forçoso contar com a retirada de muitos companheiros e, em muitas ocasiões, até mesmo daqueles que se nos fazem mais estimáveis.

É preciso agüentar a separação, quando necessária, como as árvores toleram a poda.

Erro grave reter conosco um ente amigo que anseia por distância.

Em vários casos, os destinos assemelham-se às estradas que se bifurcam para atender aos desígnios do progresso.

Não servir de constrangimento para ninguém.

Se alguém nos abandona, em meio de empreendimento alusivo à felicidade de todos e se não nos é possível atender à obra, em regime de solidão, a Divina Providência suscita o aparecimento de novos companheiros que se nos associam à luta edificante.

Nunca pedir ou exigir de outrem aquilo que outrem não nos possa dar.

Não menosprezar a quem quer que seja.

Saibamos orar em silêncio, uns pelos outros.

Apenas Deus pode julgar o íntimo de cada um.
*

Em matéria afetiva

Sempre é forçoso muito cuidado no trato com os problemas afetivos dos outros, porque muitas vezes os outros, nem de leve, pensam naquilo que possamos pensar.

Os espíritos adultos sabem que, por enquanto, na Terra, ninguém pode, em sã consciências, traçar a fronteira entre normalidade e anormalidade, nas questões afetivas de sentido profundo.

Os pregadores de moral rigorista, em assuntos de amor, raramente não caem nas situações que condenam.

Toda pessoa que lesa outra, nos compromissos do coração, está fatalmente lesando a si própria.

Respeite as ligações e as separações, entre as pessoas do seu mundo particular, sem estranheza ou censura, de vez que você não lhes conhece as razões e processos de origem.

As suas necessidades de alma, na essência, são muito diversas das necessidades alheias.

No que tange a sofrimentos do amor, só Deus sabe onde estão a queda ou a vitória.

Jamais brinque com os sentimentos do próximo.

Não assuma deveres afetivos que você não possa ou não queira sustentar.

Amor, em sua existência, será aquilo que você fizer dele.

Você receberá, de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que nos rege os destinos.

Ante os erros do amor, se você nunca errou por emoção, imaginação, intenção ou ação, atire a primeira pedra, conforme recomenda Jesus.
*

Temas da crítica

Procure silenciar onde você não possa prestar auxílio.

A vida dos outros, qual se afirma na expressão, é realmente dos outros e não nossa.

Devo compreender que o erro de outrem, hoje, talvez será o meu amanhã, já que nas trilhas evolutivas da Terra todos somos ainda portadores da natureza humana.

O tempo que se emprega na crítica pode ser usado em construção.

Toda vez que criticamos alguém, estamos moralmente na obrigação de fazer melhor que esse alguém a tarefa em pauta.

Anote: em qualquer tempo e situação os pontos de vista e as oportunidades, os recursos e os interesses, o sentimento e a educação dos outros são sempre muito diversos dos seus.

Criticar não resolve, porque o trabalho da criatura é que lhe determina o valor.

Quem ama ajuda e desculpa sempre.

Não condene, abençoe.

Lembre-se: por vezes, basta apenas um martelo para arrasar aquilo que os séculos construíram.
*

Indagações no cotidiano

Você acredita na vitória do bem, sem que nos disponhamos a trabalhar para isso?

Admite você a sua capacidade de errar a fim de aprender ou, acaso, se julga infalível?

Se estamos positivamente ao lado do bem, que estaremos aguardando para cooperar em benefício dos outros?

Nas horas de crise você se coloca no lugar da pessoa em dificuldade?

E se a criatura enganada pela sombra fosse um de nós?

Se você diz que não perdoa a quem lhe ofende, porventura crê que amanhã não precisará do perdão de alguém?

Você está ajudando a extinguir os males do caminho ou está agravando esses males com atitudes ou palavras inoportunas?

Irritação ou amargura, algum dia, terão rendido paz ou felicidade para você?

Que mais lhe atrai na convivência com o próximo: a carranca negativa ou o sorriso de animação?

Que importa o julgamento menos feliz dos outros a seu respeito, se você traz a consciência tranqüila?

É possível que determinados companheiros nos incomodem presentemente, no entanto, será que temos vivido, até agora, sem incomodar a ninguém?

Você acredita que alguém pode achar a felicidade admitindo-se infeliz?
*

Sugestões no caminho

Lamentar-se por quê?…
Aprender sempre, sim.

Cada criatura colherá da vida não só pelo que faz, mas também conforme esteja fazendo aquilo que faz.

Não se engane com falsas apreciações acerca de justiça, porque o tempo é o juiz de todos.

Recorde: tudo recebemos de Deus que nos transforma ou retira isso ou aquilo, segundo as nossas necessidades.

A humildade é um anjo mudo.

Tanto menos você necessite, mais terá.

Amanhã será, sem dúvida, um belo dia. Mas para trabalhar e servir, renovar e aprender, hoje é melhor.

Não se iluda com a suposta felicidade daqueles que abandonam os próprios deveres, de vez que transitoriamente buscam fugir de si próprios como quem se embriaga para debalde esquecer.

O tempo é ouro, mas o serviço é a luz.

Só existe um mal a temer: aquele que ainda exista em nós.

Não parar na edificação do bem, nem para colher os louros do espetáculo, nem para contar as pedras do caminho.

A tarefa parece fracassar? Siga adiante, trabalhando, que muita vez é necessário sofrer, a fim de que Deus nos atenda à renovação.
*

Hábitos infelizes

Usar pornografia ou palavrões, ainda que estejam supostamente na moda.

Pespegar tapinhas ou cotucões a quem se dirija a palavra.

Comentar desfavoravelmente a situação de qualquer pessoa.

Estender boatos e entretecer conversações negativas.

Falar aos gritos.

Rir descontroladamente.

Aplicar franqueza impiedosa a pretexto de honorificar a verdade.

Escavar o passado alheio, prejudicando ou ferindo outros.

Comparar comunidades e pessoas, espalhando pessimismo e despretígio.

Fugir da limpeza.

Queixar-se, por sistema, a propósito de tudo e de todos.

Ignorar conveniências e direitos alheios.

Fixar intencionalmente defeitos e cicatrizes do próximo.

Irritar-se com bagatelas.

Indagar de situações e ligações, cujo sentido não possamos penetrar.

Desrespeitar as pessoas com perguntas desnecessárias.

Contar piadas suscetíveis de machucar os sentimentos de quem ouve.

Zombar dos circunstantes ou chicotear os ausentes.

Analisar os problemas sexuais seja de quem seja.

Deitar conhecimentos fora de lugar e condição, pelo prazer de exibirr cultura e competência.

Desprestigiar compromissos e horários.

Viver sem método.

Agitar-se a todo instante, comprometendo o serviço alheio e dificultando a execução dos deveres próprios.

Contar vantagens, sob a desculpa de ser melhor que os demais.

Gastar mais do que dispõe.

Aguardar honrarias e privilégios.

Não querer sofrer.

Exigir o bem sem trabalho.

Não saber agüentar injúrias ou críticas.

Não procurar dominar-se, explodindo nos menores contratempos.

Desacreditar serviços e instituições.

Fugir de estudar.

Deixar sempre para amanhã a obrigação que se pode cumprir hoje.

Dramatizar doenças e dissabores.

Desprezar adversários e endeusar amigos.

Reclamar dos outros aquilo que nós próprios ainda não conseguimos fazer.

Pedir apoio sem dar cooperação.

Condenar os que não possam pensar por nossa cabeça.

Aceitar deveres e largá-los sem consideração nos ombros alheios.
*

Presentes

O presente é sempre um sinal se afeto e distinção entre a pessoa que oferece e a que recebe.

Sempre aconselhável escolher o presente de acordo com a profissão ou a condição de quem vai recebê-lo.

Se a sua oferta vem a ser alguma prenda de confecção pessoal, como sejam um quadro ou alguma obra de natureza artística, evite perguntar por ela depois de sua doação ou conduzir pessoas para conhecê-la, criando embaraços em suas relações afetivas.

Omita o valor ou a importância de sua dádiva, deixando semelhante avaliação ao critério dos outros.

Depois de presentear alguém com o seu testemunho de amizade, é sempre justo silenciar referências sobre o assunto para não constranger essa mesma pessoa a quem supõe obsequiar.

Se você deu um presente e a criatura beneficiada passou a sua dádiva para além do círculo pessoal, felicitando outra criatura, não lance reclamações e sim considere as bênçãos da alegria multiplicadas por sua sementeira de fraternidade e de amor.
*

Notas breves

Não perca tempo.
Não fuja ao dever.
Respeite os compromissos.
Sirva enquanto possa.
Ame intensamente.
Trabalhe com ardor.
Ore com fé.
Fale com bondade.
Não critique.
Observe construindo.
Estude sempre.
Não se queixe.
Plante alegria.
Semeie paz.
Ajude sem exigências.
Compreenda e beneficie.
Perdoe quaisquer ofensas.
Atenda à pontualidade.
Conserve a consciência tranqüila.
Auxilie generosamente.
Esqueça o mal.

Cultive sinceridade, aceitando-se como é e acolhendo ou outros como os outros são, procurando porém, fazer sempre o melhor ao seu alcance.
*

Auxílios sempre possíveis

Sem quaisquer recursos especiais, você dispõe do poder de renovar e reerguer a própria vida.

Você pode ainda e sempre:

avivar o clarão da alegria onde a provação esteja furtando a tranqüilidade;

atear o calor do bom-ânimo onde a coragem desfaleça;

entretecer o ambiente preciso à resignação onde o sofrimento domina;

elevar a vibração do trabalho onde a desânimo apareça;

extrair o ouro da bênção entre pedras de condenação e censura;

colocar a flor da paciência no espinheiro da irritação;

acender a luz do entendimento e da concórdia, onde surja a treva da ignorância;

descobrir fontes de generosidade sob as rochas da sovinice;

preparar caminho para Jesus nos corações distantes da verdade.

Tudo isso você pode fazer, simplesmente pronunciando as boas palavras da esperança e do amor.
*