Delegacia de Polícia!

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Amor Fraterno na Delegacia de Polícia

História real acontecida em 2008.

Querido amigo, mais um plantão vencido. Este é o termo mais correto, querido coração, posto que encaro os plantões como verdadeiras frentes de batalha. A despeito do trabalho frenético durante toda a madrugada, tudo transcorreu sem maiores complicações no interior da Delegacia.

Sabe querido, não tem lugar que retrata mais a situação do ser humano que uma Delegacia em plantão. É um desfile das mais variadas misérias morais humanas, todas elas facilmente evitáveis com um pouquinho de ponderação, paciência ou fé.

O que leva o ser humano a tantos e tantos desvarios depois de séculos de cristianismo e do exemplo deixado pelo Cordeiro?
Me preocupo, meu querido.
Vendo o que eu vejo todos os dias, fico ponderando a respeito da humanidade na fase de transição de nosso orbe em lugar de Provas e Expiações para um Mundo Regenerador. Que parcela desta humanidade desgarrada vai ficar por aqui? A mim parece que a minoria. A literatura espírita mais atual nos traz notícias de que a Espiritualidade Superior está movendo imensos esforços para resgatar os espíritos decaídos para que tenham suas últimas chances.
E nós, como estamos retribuindo tais esforços?

Nos tempos dos martirológio as pessoas se deixavam imolar, mas jamais abjuravam sua fé no Cristo.

Hoje em dia, falar em Jesus e expor algo a respeito de aquisições de valores morais torna você um tipo de estranho, ridículo aos olhos da maioria.

Veja um exemplo: ontem fui a primeira a chegar ao plantão. Subi as escadas para pegar as chaves e no andar de cima, onde funciona uma Delegacia especializada estavam alguns colegas de trabalho em final de expediente.

Um delegado me disse: está de castigo?; pelo que respondi ‘não é castigo, é meu trabalho, não considero um castigo. Dele tiro meu sustento com a graça do senhor Jesus, ademais, se tenho saúde para trabalhar isso também é um benção!’
Olha Eudison, nem sei descrever a como que me olharam. Uns com ares de chacota, outros com extremo desdém, mas não deixo isso me abater.

Ali, na frente de batalha, tenho várias oportunidades de servir e adestrar minha fé e minha paciência e isto é o importante. Prefiro pertencer a este mundo dos estranhos. Este meu mundinho é tão pacífico e tenho amizades tão preciosas…

Me perdoe o desabafo, querido coração. E que gosto de dividir com você as minhas divagações. Agradeço por suas orações e pelo amparo do Espírito José Grosso, que certamente me ajudou no ‘front’, posto que eu trabalhei bastante disposta e tranquila.
Fulana de Tal.
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