Chico Xavier – filme

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Filme busca os não espíritas

Na opinião de produtores, filão de filmes ligados ao sobrenatural nunca foi bem explorado no país

Dificuldades na escolha do diretor e na conclusão do roteiro fizeram com que “Chico Xavier” levasse seis anos para chegar às telas

DA REPORTAGEM LOCAL – Folha de São Paulo

Os produtores de “Chico Xavier” repetem, feito mantra, que não fizeram um filme espírita. “Tomei cuidado para que não fosse doutrinário”, diz o diretor Daniel Filho. “O filme, antes de qualquer denominação que possa segmentá-lo, é uma cinebiografia de uma das personalidades mais conhecidas e queridas dos brasileiros. Foi feito para ser visto por todos que gostam de uma belíssima história de vida”, emenda Carlos Eduardo Rodrigues, diretor da GloboFilmes. Daniel Filho diz, inclusive, que buscou colocar no roteiro todas as perguntas que ele próprio, não espírita, faz a si.

Mas, intenções à parte, “Chico Xavier”, construído sob uma atmosfera de fé e marcado pela adesão emocional ao personagem, é um filme que requer, do espectador, um pacto que passa pela crença. Das cartas enviadas pelos desencarnados – a palavra morte não é utilizada – às aparições do espírito do médico Bezerra de Menezes são muitas as cenas retocadas pelo sobrenatural.

Os fios da história são puxados a partir da entrevista que Xavier, morto em 2002, aos 92 anos, concedeu ao programa “Pinga Fogo”, da TV Tupi. O vaivém no tempo abarca três fases: infância (Matheus Costa), início da vida adulta (Ângelo Antônio) e maturidade (Nelson Xavier).

Esse projeto era acalentado desde 2004, quando o distribuidor Bruno Wainer comprou os direitos da biografia “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior. Conseguiu, rapidamente, a adesão da GloboFilmes e da Sony. Mas faltava ao filme uma alma. Ou duas: roteiro e diretor. “Por divergências de visão, não chegávamos a um acordo sobre o diretor”, conta Wainer. Nome vai, nome vem, chegou-se a Daniel Filho, até então apenas produtor. Com essa solução teve início outro problema: o roteiro. Foram tantas as versões que até um thriller surgiu.

“Tentei fazer com que tivesse o tom do livro. O filme tem o ponto de vista do Chico, quando ele conta o que apenas ele via, ouvia e sentia”, diz Filho. É esse ponto de vista que, esperam os produtores, pode garantir ao filme um público mais amplo. “O filme do padre Marcelo [“Maria, Mãe do Filho de Deus”] tinha um aspecto doutrinário. “Chico” não tem”, compara Braga, da Sony.

O interesse da distribuidora hollywoodiana no projeto é, digamos, anterior ao próprio projeto. “Os livros religiosos são tão bem vendidos que sempre me perguntei por que não viravam filme.”

A prova de que esse filão adormecido tinha potencial veio com “Bezerra de Menezes” que, lançado sem alarde, fez quase 500 mil espectadores. Mas será que quem rejeita o espiritismo verá “Chico Xavier”? “Não sei”, responde Braga. O executivo assinala, no entanto, que filmes “sobrenaturais” costumam fazer sucesso no Brasil. “Filmes como “Ghost” e “O Sexto Sentido” fizeram especial sucesso aqui.”

Atrás do público que, mais do que ao cinema, costuma ir à barraquinha do camelô, o filme não só terá sessões especiais em Uberaba (MG), onde fica o museu Chico Xavier, e Pedro Leopoldo (MG) sua cidade natal, como aproveitará as frestas abertas pelo centenário do personagem. Só a GloboNews tem quatro programas sobre Xavier previstos para março. É o mais famoso médium brasileiro chegando à era da “convergência”.
(ANA PAULA SOUSA)
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2602201009.htm
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Filme Bezerra de Menezes

A comunidade espírita comemorou no dia 29 de agosto os 177 anos do nascimento de Adolfo Bezerra de Menezes, apelidado de “Apóstolo da Caridade”, “Médico dos Pobres” e “Kardec Brasileiro”, expressões que enaltecem e reverenciam este que foi um exemplo de amor e devoção ao próximo.

Bezerra de Menezes teve uma infância difícil em Riacho do Sangue, no Ceará.

Em 1851 veio para o Rio de Janeiro para estudar Medicina. Foi cirurgião-tenente do Corpo de Saúde do Exército, sócio efetivo da Academia Nacional de Medicina, vereador e presidente da Câmara Municipal da Corte, deputado pela Câmara Federal, membro do Liceu de Artes e Ofícios e presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889, vice-presidente em 1890-1891 e novamente presidente de 1895 até a sua desencarnação em 11 de abril de 1900.

Tornou-se espírita publicamente no dia 16 de agosto de 1886, numa reunião solene, num auditório com aproximadamente duas mil pessoas. Bezerra pede a palavra e declara sua adesão ao Espiritismo; a partir desse momento o Espiritismo no Brasil ganha um chefe, um líder, um guia seguro e profundamente consciente de suas obrigações espirituais para com a humanidade.

O Médico e Espírita Bezerra de Menezes é o patrono e inspirador de inúmeras casas espíritas no País, que se espelham em seu exemplo de amor e ajuda ao próximo.
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Bezerra de Menezes

Bezerra de Menezes: o Diário de Um Espírito
Click: www.bezerrademenezesofilme.com.br

O longa-metragem “Bezerra de Menezes: o Diário de Um Espírito”, dirigido pelos cineastas cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel, tendo em seu elenco nomes como Carlos Vereza – que interpreta o papel principal, Lúcio Mauro e Ana Rosa, será lançado nas salas de cinema de todo o Brasil no dia 29 de agosto, data de aniversário do cearense conhecido como o “Médico dos Pobres”. A produção do filme e a Fox Filmes do Brasil, distribuidora da produção no mercado nacional, estão agendando uma avant-première em doze capitais brasileiras (Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, e Porto Alegre).
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