Vacinação

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20130213_Vacinação
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Vacinação
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VACINAÇÃO DESAFIO DE URGÊNCIA
Prof. Dr. Luiz Carlos D. Formiga
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No estado atual da sociedade, a severidade das leis penais não constitui uma necessidade?

(… ) Infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhe secar a fonte. Só a educação poderá reformar os homens, que, então, não precisarão mais de leis tão rigorosas.”
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 796)
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Foi um ano histórico para a ciência biomédica aquele de 1890. No Instituto Robert Koch, de Berlim, Von Behring e Kitasato apararam a Imunologia no seu nascimento. Demonstraram esses pesquisadores que no soro sangüíneo de animais inoculados com o microrganismo causador da difteria (crupe) havia a presença de substâncias ou fatores antibacterianos.

Naquela época era a difteria uma doença que se apresentava, no mundo, com alta taxa de mortalidade infantil. No período de 1883-84 Klebs e Löeffler conseguiram demonstrar que aquela doença, que se apresentava inicialmente como uma dor de garganta levando à prostração severa, era causada por um micróbio (bacilo diftérico).

Quatro anos depois Roux e Yersin demonstraram que aquele quadro era principalmente produzido pela distribuição sangüínea de forte veneno (exotoxina). E em 1890 esses missionários da ciência conseguiram demonstrar no soro de animais de laboratório a presença de um fator capaz de neutralizar os efeitos do tóxico microbiano. Nascia assim a era da soroterapia, que abriria novas perspectivas no campo da medicina curativa. Não ficam aí os trabalhos dos abnegados pesquisadores da ciência médica. Contribuição maior vem de Ramon que, trinta anos depois, preocupado talvez com os efeitos colaterais que o tratamento pelo soro acarretava, embrenha-se pelos caminhos, nem sempre tranqüilos, da medicina preventiva. Ramon em 1923 apresenta à sociedade biomédica uma descoberta que iria revolucionar o então “status quo” no campo das doenças humanas transmissíveis. Apresenta-nos um derivativo do veneno bacteriano que, conservando suas características antigênicas, isto é, sendo capaz de estimular o organismo a produzir suas próprias defesas, seus antídotos, perdera sua capacidade tóxica ou venenosa. Nascia assim a Imunologia para a Ciência e com ela a vacinação infantil.
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Por favor, leia o artigo completo. Click aqui. Grato.

Espiritismo em BRAILE

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Espiritismo em BRAILE
Livros espíritas atendem aos deficientes visuais
(Época: junho de 2008)

Luiz Carlos D. Formiga

Em 1953 nasceu a Sociedade Pró-Livro Espírita em Braile fundada pelo general Mário Travassos, Luiz Millecco e Marcos Vinícius Telles.

Tivemos a honra de ser “médium de transporte” tanto do Marcos Vinícius (num encontro espírita próximo a Angra dos Reis) quanto de Luiz Millecco. Deste guardo vídeos de palestras que fez no Núcleo Espírita, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (NEU-Fundão).

Outro Louis é Braile. Nasceu no dia 4 de janeiro na França para iluminar os destinos das pessoas cegas. Braile talvez nem imaginasse que um dia aquela hanseniana cega, após perder o tato nas pontas do dedo, pudesse continuar a ler utilizando a ponta da língua. O admirável Louis Braile tem reconhecimento mundial.

Mario Travassos, Luiz Millecco e Marcos Vinícius também marcariam o destino das pessoas cegas desejosas de estudar a Doutrina dos Espíritos.

Marcos ainda está entre nós e sei que posso ferir sua humildade dizendo que os três também são admiráveis. Para suavizar seu desconforto vamos lembrar com André Luiz que: “admiráveis são todos os espíritos nobres e retos que militam com grandeza na causa do bem. Entretanto, não menos admiráveis são todos aqueles que se reconhecem frágeis e imperfeitos, caindo e erguendo-se, muitas vezes, nas trilhas da existência, sob críticas e censuras, mas sempre resistindo à tentação do desânimo, sem desistirem de trabalhar.” (1)

Em “Borboletas na Janela” (2) lembramos que o professor Marcos Vinicius cegou aos 23 anos de idade. Antes da cegueira, viajou para muitos países por conta da função que exercia na Marinha Mercante desde os 18 anos. Ele aprendeu Braille (no Instituto Benjamin Constant – IBC) em um mês, constituiu família e trabalhava como vendedor autônomo até que, com a chegada de seu primeiro filho, decidiu retornar aos estudos. Na Faculdade (Cândido Mendes no Rio de Janeiro), ingressou no curso de História, fez o seu Mestrado, numa área que lhe despertava grande interesse, desde a época em que era da Marinha

Quem vier ao Rio de Janeiro e não for conhecer o professor Telles vai se lamentar depois.

Teremos ótima oportunidade no dia 29 de junho de 2008, quando a SPLEB estará comemorando 55 anos de amor à causa dos cegos. Teremos várias atrações como o Grupo Vocal da SPLEB Ladário Teixeira, Luiz Cláudio Millecco e seus amigos, pescaria, comidas típicas, brincadeiras. Será na Casa de Jacira. Rua Aguiar, 72. Tijuca, das 15 às 19 horas. Grupo Vocal Ladário é homenagem ao brasileiro, saxofonista cego que nasceu em Uberlândia. O saxofone estava quase obsoleto com o aparecimento do jazz, pois não possuía as notas necessárias para execução de certas partituras. Ladário pesquisou e desenvolveu um instrumento com 15 notas a mais, capaz de tocar músicas clássicas, de Bach até Beethoven. Sua patente foi registrada “Modéle Ladário Teixeira”, em Paris (3).

Luiz Millecco também era ligado à Arte. Com a monografia intitulada “Músico-Verbal, Iso e Auto-Conhecimento”, graduou-se em Musicoterapia pelo Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, em 1975. O livro, “È Preciso Cantar”, adotado por estudiosos de toda a América-Latina o tem como um dos autores.

Nasceu cego, no Rio de Janeiro, no dia 30 de junho de 1932. Atraído pela música desde menino tocava “de ouvido” vários instrumentos. Em 1952 conheceu o General Mário Travassos e Marcus Vinícius Teles, também aluno do Instituto Benjamin Constant. Aí nasceu em 30 de junho de 1953, a Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille – SPLEB, propiciando aos cegos, dentro e fora do país, o estudo pessoal da Doutrina Espírita em suas próprias fontes. Deixou como herança para o filho Luiz Cláudio, hoje músico, a música e a Doutrina Espírita.

Millecco desencarnou em 5 de fevereiro de 2005, deixando-nos mais de duzentas músicas. Gravou o CD “Canção de Deus”, junto com o livro “Música e Espiritismo”. Publicou treze livros, dentre eles: “Ecos de São Bartolomeu”, em 1998; “Embainha a Tua Espada”, em 1999; “Doze Passos Rumo a Paz Interior”, em 2000; “Olhos de Ver – O Desafio da Cegueira”, em 2004. Foi membro do conselho deliberativo da Fundação Cristã Espírita Paulo de Tarso e presidiu o 1° Congresso Internacional de Cegos Espíritas em 2003.

Neste final de texto, muitos vão perceber a minha angústia e como eu frustrados com a pobreza da informação. Mas como escrever sobre pessoas tão importantes num espaço tão pequeno?

Tive sorte, Millecco deixou a SPLEB, livros e Cds para o movimento espírita. Um bom exemplo é Canção de Deus, Música & Espiritismo, das publicações Lachâtre, com prefácio de Quarteto em Cy.

O “médium de transporte” ainda pode ver a platéia admirada ouvindo sua voz interpretando uma de suas belas melodias: “Ele veio, Pão da vida, luz do mundo, Tinha o olhar quente e profundo E solene tinha a voz. Ele veio, Mãos vazias desarmadas, Nem escudos, nem espadas, Só o amor por todos nós. Toda noite sem estrelas Ele ilumina E as nuvens mais escuras Ele desfaz. Ele veio E agitou a nossa alma, E tirou a nossa calma, Mas nos trouxe a sua paz”.

REFERÊNCIAS

(1) Livro de Respostas. Francisco Cândido Xavier & Emmanuel
(2) http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=5356
(3) Kardebraile, XLVIII (129): 10, 2008

Fonte http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.28.htm