Palestra Pública na Casa do Caminho

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*** Palestra Pública na Casa do Caminho Pindamonhangaba
*** Desfrutando o Cura-te a ti mesmo
*** Rosa Ando Teixeira
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Sejamos Abençoados!
Sejam Abençoados, Todos da sua Psicosfera!
Saúde!
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Quanta Alegria pela Feliz Oportunidade!
Aprendemos muito sobre os legados do Dr. Bach
Agradecemos também à Mariângela Vieira, dirigente.
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Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal, encarnado há 26.276 dias, obrigado Senhor!
=== Aprendiz em todas as instâncias da Vida ===
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*** Sexta-feira @ 20120629025827

O Passe

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Contato: Leal, e-mail: sinapseslinks@gmail.com
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O Passe
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Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”

Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.
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Fonte: http://bit.ly/wSslas
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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Um tuareg

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Um tuareg

Uma bonita entrevista com um tuareg realizada por:
VÍCTOR-M. AMELA à MOUSSA AG ASSARID
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Não sei minha idade.

Nasci no Deserto do Saara, sem documentos. 

Nasci em um acampamento dos nômades tuaregs entre Timbuctu e Gao, ao norte de Mali.

Fui pastor de camelos, cabras, cordeiros e vacas de meu pai.

Hoje estudo gestão na Universidade de Montpellier.

Estou solteiro.

Defendo aos pastores tuaregs.

Sou muçulmano, sem fanatismo.

Que turbante tão formoso!

– É uma fina tela de algodão: permite tapar o rosto no deserto, e continuar a ver e respirar através dele.

É de um azul belíssimo…

– Nós, os tuaregs, somos chamados de homens azuis por isso:

O tecido solta alguma tinta e nossa pele adquire tons azulados.
– Como conseguem esse tom de azul anil?

– Com uma planta chamada índigo, mesclada com outros pigmentos naturais. Para os tuaregs o azul é a côr do mundo.

Por que?

É a cor dominante: é a cor do céu, do teto de nossa casa.

Quem são os tuaregs?

– Tuareg significa “abandonados”, porque somos um velho povo nômade do deserto, solitários e orgulhosos: “Senhores do Deserto, é como nos chamam. Nossa etnia é a amasigh (bereber), e o nosso alfabeto, o tifinagh.

Quantos são?
– Uns três milhões, e a maioria permanece nômade. Mas a população diminue. “É preciso que um povo desapareça, para que saibamos que ele existiu!” Apregoava um sábio. Eu luto para preservar esse povo.

– A que se dedicam?

– Pastoremos rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos num reino de imensidão e de silêncio.

O deserto é realmente tão silencioso?

– Quando se está sozinho naquele silêncio, ouve-se o batimento do próprio coração. Não há lugar melhor para se estar sozinho.

Quais recordações de sua infância você conserva com maior nitidez?

– Desperto com a luz do sol e ali estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós a levamos onde há água e pasto… Assim fizeram meu bizavô, meu avô e meu pai… e eu. Não havia outra coisa no mundo além disso. E eu era muito feliz com isso.

De fato! Não parece muito estimulante…

– Mas é muito! Aos sete anos já te deixam afastar-se do acampamento para que aprendas coisas importantes: farejar o ar, escutar, apurar a vista, orientar-se pelo sol e as estrelas… E a deixar-se levar pelo camelo, se você se perder. Ele te levará onde há água.

Saber isso é valioso, sem dúvida…

Ali tudo é simples e profundo.
Existem muito poucas coisas. E cada uma tem um enorme valor!

– Então esse mundo e aquele são muito diferentes, não?

– Ali cada pequena coisa te proporciona felicidade.

Cada toque é valorizado. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos e estarmos juntos. Ali ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já o é!

– O que mais o chocou em sua primeira viagem à Europa?
– Ver as pessoas correndo pelo aeroporto. No deserto só se corre quando vem uma tempestade de areia. Me assustei. É claro!

– Eles apenas iam buscar suas malas…

– Sim! Era isso. Também vi cartazes de mulheres nuas. Me perguntei: porque essa falta de respeito para com a mulher?

Depois, no Íbis Hotel, vi a primeira torneira da minha vida, vi a água correndo e senti vontade de chorar…

– Que abundância! Que desperdício! Não?

– Todos os dias da minha vida consistiam-se em procurar água.

Quando vejo as fontes ornamentais aqui e acolá, continuo sentindo por dentro uma dor tão intensa…

Tanto assim?

– Sim! No começo dos anos 90 houve uma grande seca. Morreram os animais e nós adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe morreu. Ela era tudo para mim!

Me contava histórias e ensinou-me a contá-las muito bem.

Ela me ensinou a ser eu mesmo.

– O que sucedeu com sua família?
– Convenci meu pai que me deixasse ir à escola.

Quase todo dia caminhava 15km. Até que um dia professor me arranjou um lugar para dormir e uma senhora me dava o que comer, quando eu passava em frente à sua casa. Entendi que essa ajuda vinha de minha mãe.

– De onde surgiu esse desejo de estudar?
– Uns dois anos antes, havia passado pelo nosso acampamento o rally Paris-Dakar, e uma jornalista deixou cair um livro de sua Mochila.

Eu o apanhei e lhe entreguei. Ela me deu o mesmo de presente.

Era um exemplar do Pequeno Príncipe e eu me prometi que um dia conseguiria lê-lo.

– E conseguiu.

Sim! Foi assim que consegui uma bolsa de estudos na França.

– Um Tuareg na universidade!

– Ah, o que mais sinto falta aqui é o leite de camela… E o calor da fogueira, e de andar com os pés descalços na areia quente. Lá nós olhamos as estrelas todas as noites e cada estrela é diferente das outras como cada cabra é diferente. Aqui, à noite, você olha para TV.

– Sim! E o que você acha pior aqui?

– Vocês tem tudo, mas não acham suficiente. Vocês se queixam.

Na França passam a vida reclamando! Aprisionam-se pelo resto da vida à uma dívida bancária, num desejo de possuir tudo rapidamente … No deserto não há congestionamentos e você sabe por quê?
Porque lá ninguém quer ultrapassar ninguém!

– Conte-me um momento de extrema felicidade no seu deserto distante.

– Todo dia, duas horas antes do pôr do sol: a temperatura abaixa, mas ainda não chegou o frio, e os homens e os animais, lentamente voltam para o acampamento e seus perfis são recortados em um céu cor de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde…

– Fascinante, na verdade…

– É um momento mágico …

Entramos todos na cabana e colocamos o chá para ferver.
Sentamo-nos em silêncio, a ouvir a ebulição …

A calma invade todos nós, e o nosso coração bate ao ritmo do barulho da fervura…

-Que paz!

Aqui vocês tem relógio…
… lá temos tempo.

VOCÊ TEM O RELÓGIO, EU TENHO O TEMPO!

NA NOSSA VIDA O TEMPO NÃO DEVE SER APENAS O MARCADO NO RELÓGIO.

QUANTAS VEZES NOS NOSSOS DIAS NOS FALTA “O TEMPO”?

O tempo é como um rio.

Você não pode tocar a mesma água duas vezes, porque a água que passou, não passará de novo.

Aproveite cada momento da vida…
ENCONTRE TEMPO PARA VIVER

Se você vive dizendo como você está ocupado, então você nunca estará livre.

Se você vive dizendo que você não tem tempo, então você nunca terá tempo.

Se você vive dizendo o que vai fazer amanhã, esse amanhã nunca chegará.

Aproveite cada momento da vida …

Se você não usar o seu tempo durante o dia, você é o perderdor.

É impossível voltar atrás.

Valorize cada momento vivido, e esse tesouro terá muito mais valor se você compartilhá-lo com alguém especial, especial o suficiente para você gastar com ele o seu tempo… e lembre-se que o tempo não espera por ninguém.
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© JMascaró 2009
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
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Espiritismo Kardecista Brasileiro

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Espiritismo kardecista brasileiro
e cultura política história e novas trajetórias

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Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Ciência Política
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Trabalho de dissertação apresentado ao
Colegiado do Mestrado em Ciência Política,
como requisito parcial para obtenção do título
de mestre em Ciência Política.
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RESUMO
No primeiro capítulo tratamos das raízes doutrinárias do espiritismo kardecista no século XIX. Verificamos fortes identificações do Espiritismo como os princípios iluministas e liberais europeus, especialmente da França nos enunciados de Jean Jacques Rousseau, Montesquieu, Alexis de Tocqueville e do inglês John Stuart Mill.

Constatação importante, na medida em que sua manifestação brasileira entre os séculos XIX e XX encontra entraves seja durante o Império, seja após a proclamação da república, tanto da Igreja Católica em particular, quanto dos antiliberais de um modo em geral.

No segundo capítulo trataremos de mapear os momentos de tensão entre segmentação e união no campo espírita, seu relacionamento com a hegemonia católica, e, finalmente, o surgimento de novas matrizes a partir do declínio dessa hegemonia.

No terceiro capítulo faremos uma incursão no universo associativo espírita, sua organização interna não-sacerdotal e baseada em formas de representação, voto, e discussão, enfim na adesão de regras democráticas de condução dos processos decisórios.

No capítulo quatro aprofundaremos na matriz do Terceiro Setor e da cidadania. Veremos também o que essa organização tem a ver com o
Novo Associativismo que surge no Brasil após a redemocratização na década de 1980.

Aprofundaremos a análise de sua modernização e crescente identificação com o Terceiro Setor, bem como de que modo se dá a apropriação do termo “cidadania” a sua linguagem.

E por fim, na conclusão, veremos no que a elaboração política original do kardecismo se coaduna com a face pública do campo espírita atual, bem como sua contribuição para a democratização social.
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Autora:
Fernanda Flávia Martins Ferreira
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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Pondere!

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Pondere!

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos n espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o :átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do ‘fast-food’, e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas “mágicas”. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre–se de dizer ‘eu te amo’ à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame… se ame muito. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família as pessoas que estão ao seu lado, sempre.
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Autor:
George Carlin
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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Laços de Afeto

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Laços de Afeto

Prefácio – o Milênio de Jesus

Sociedades espíritas fraternas só serão construídas por homens e mulheres mais dóceis e cordiais, mais confiantes e afáveis, mais amigos e amáveis.

A criação dessas novas relações é garantia de uma aprendizagem mais sólida e bem aproveitada em nossas casas espirituais, facultando melhor assimilação dos conteúdos doutrinários e sua conseqüente aplicação no desenvolvimento de habilidades morais e emocionais, tão escassas na convivência entre as criaturas perante a pressão das lutas da vida terrena.

Teremos assim, mais afeto, melhor ambiente e bem-estar para conviver e maior motivação para servir e aprender!

Tópicos do Livro:

◆ A pedagogia do “Ser”
◆ Aprender a Amar
◆ Pestalozzi e a Educação do Coração
◆ Kardec e a Educação Integral
◆ Maturidade Afetiva
◆ Educação do Afeto
◆ Corrosivos da Sensibilidade
◆ Desenvolvimento da Sensibilidade
◆ Centro Espírita e Afeto
◆ Kardec e a Unificação
◆ Humanização na Seara Espírita
◆ Relações Sócio-afetivas
◆ Amor e Alteridade
◆ Recepção, Atendimento e Integração
◆ Comportamentos Hipócritas
◆ Habilidade Essencial
◆ Condutores Afetuosos
◆ Rebeldia, Matriz de Distúrbios
◆ Cuidados de Amor
◆ Meditação Emocional
◆ Resgatando os Sonhos
◆ Divergência e Dissidência
◆ Paixão e Amor
◆ O Teste dos Cargos
◆ Espíritas no Além
◆ Sob a Luz do Amor
◆ Severa Inimiga
◆ Flexibilidade nos Julgamentos
◆ Nos Leitos da Caridade
◆ Plenitude na Gratidão
◆ Melindre nos Centros Espíritas
◆ Casas ou Grupos?
◆ Calabouço dos Sentimentos
◆ Amizade, Elixir dos Relacionamentos
◆ Elos Entre Dois Mundos
◆ Benefícios do Conflito
◆ Homogeneidade no Grupo
◆ Auto-Amor
◆ Humanização e Segurança
◆ Educandário do Amor
◆ Campanha pelo Amor
◆ Programa de Bezerra de Menezes pelos Valores Humanos no Centro Espírita
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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José Grosso

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José Grosso – Bandoleiro do Bem

No ano de 1932, o Estado do Ceará foi açoitado por uma das piores secas de sua tão sofrida e heróica História. Não bastassem as convulsões causadas pelas transformações políticas e sociais vividas por nosso País, o Nordeste Brasileiro se horrorizava com as estripulias de Virgulino Ferreira da Silva, O Lampião, figura que assombrou os sertões nordestinos durante cerca de vinte anos, com sua guerra de vinditas contra “aqueles que nele estreparam os espinhos da injustiça”, até 1938, ano de sua morte.

Sua ação foi extensiva à grande área dos sertões de sete Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba Pernambuco, R. G. do Norte e Sergipe. Possuidor de veia poética compôs aquele celerado o seguinte sinistro soneto enaltecendo suas qualidades de cangaceiro e poeta: “Meu rifle atira cantando/Em compasso assustador. /Faz gosto brigar comigo/Porque sou bom cantador. /Enquanto o rifle trabalha/Minha voz longe se espalha/Zombando do próprio horror!” Também de sua lavra é a composição Mulher Rendeira, posteriormente imortalizada na voz do cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Coadjuvado por homens de caracteres semelhantes ao seu, Lampião e seu bando cumpriram uma infeliz sina em sua pungente romagem terrena. Ficaram famosos também os seus companheiros de infortúnio: Antônio e Livino (seus irmãos), Antônio Matilde, Luis e José Fragoso, Antônio do Gelo, Meia-Noite, Gato, Ioiô, Luis Pedro, André Sipaúba, Corró, Muriçoca, Sabiá, Chá Preto, Corneteiro, entre outros.

No ano de 1896, num lugarejo pobre, próximo ao Crato, hoje próspera cidade do Estado do Ceará, nascia José da Silva, que posteriormente viria a ser conhecido por José Grosso, filho de Jerônimo e Francisca, pai de outros oito filhos. Começa aqui a teia do destino que vai ligar José Grosso a Virgulino. Como dissemos acima, o ano de 1932 registrou uma das piores estiagens que assolaram o Estado do Ceará. Essa ocorrência climática e suas terríveis conseqüências vieram juntar-se ao fenômeno do cangaceirismo, fruto das condições sociais vigentes. Pelo sertão espalhava-se a fama de Lampião com sua figura romanesca associada a do herói que tira dos ricos para dar aos pobres, um Robin Wood das caatingas nordestinas. Isso empolgou muito o ânimo de José Grosso que em seu íntimo sonhava, como de resto todos os sertanejos, com uma terra de paz, sem fome e com a justiça amparando os pobres. Animado por esses anseios, vai integrar o grupo de Lampião, por ocasião de sua passagem pela região de Orós, Estado do Ceará. Por não concordar com as atitudes criminosas do bando, que feriam seus princípios de homem justo e bom, decidiu adotar uma perigosa atitude que mais tarde lhe traria graves conseqüências. Sem intenção de delatar aquele bando às autoridades policiais, passou a alertar com antecedência às populações das cidades que Lampião tencionava invadir, impedindo, assim, que muitas pessoas viessem ser violentadas ou assassinadas, na onda da fúria insana do cangaceiro e seus asseclas. Denunciado por alcagüetes, foi levado à presença de Virgulino. Julgado e condenado pelo júri pessoal do bandoleiro, teve seus olhos perfurados à faca, como represália pela traição cometida. Cego, foi abandonado, ficando perdido e sozinho, vagando desorientado naquelas espinhentas brenhas sertanejas. Não demorou muito e foi acometido de infecção generalizada que o levou ao desencarne, no ano de 1936, aos quarenta anos de idade.

Dizem que o Espírito José Grosso se comunica em muitos Centros Espíritas espalhados Brasil afora. Entidade amiga, dotada de bons sentimentos, encarnou diversas vezes na Terra. Exerceu poder e autoridade na antiga Germânia (Alemanha), quando então tinha o nome de Johannes, homem rígido, disciplinado e místico, tendo desencarnado por volta do ano de 751. Reencarnou também na Holanda, onde exerceu o alto cargo de Adido Diplomático, convivendo, dessa forma, com a alta classe daquele país e também com a corte de Francisco I, rei de França.

Logo que desencarnou no Brasil, em 1936, foi recebido na Espiritualidade pelos Espíritos Scheilla e Joseph Gleber que mantiveram laços com ele quando de sua romagem terrena na Germânia.

Em 1949, ano de suas primeiras manifestações, conduzido que foi ao Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, pelos Espíritos acima citados, dizia “ser folha caída dos ventos do Norte”. Entre os médiuns através dos quais se comunicava, destaca-se Peixotinho (Francisco Peixoto Lins), extraordinário médium de efeitos físicos, notabilizado pelas materializações luminosas, nascido na cidade de Pacatuba, Ceará, em 1° de fevereiro de 1905 e citado na obra Materializações Luminosas, de Rafael Ranieri. Sua caminhada no plano espiritual recebeu também a orientação do Espírito Glacus. Tem-se informações de que o Espírito José Grosso ainda hoje coopera nas reuniões de efeitos físicos em vários centros espíritas e se dedica atualmente a trabalhos na Fraternidade Espírita Irmão Glacus.

Ombreando com Peixotinho e Bezerra de Meneses, cognominado por muitos como O Allan Kardec brasileiro, José Grosso integra as hostes espirituais onde provavelmente transitam outros Espíritos benfazejos que encarnaram no sofrido mas abençoado Estado do Ceará, Terra da Luz!
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Postado por Marco Aurélio Rocha às Terça-feira, Novembro 16, 2010
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Colaboração:
Mariângela Vieira
Pindamonhangaba-SP
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Caridade

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NA TRILHA DA CARIDADE

Se já podes sentir a felicidade de auxiliar, imagina-te no lugar de quem pede.

Provavelmente jamais precisaste recorrer à mesa do próximo, para alimentar um filho estremecido e nem saibas quanto dói a inquietação, nas salas de longa espera, quando se trata de mendigar singelo favor.

Quantos nos dirigem o olhar molhado, suplicando socorro, são nossos irmãos.

Talvez nunca examinaste os prodígios de resistência dos pequeninos sem prato certo que te abordam na rua e nunca mediste a solidão dos que atravessam moléstia grave, sem braço amigo que os assista no sofrimento, a se arrastarem nas vias públicas, na expectativa de encontrarem alguém que lhes estenda leve apoio contra o assédio da morte.

Muitos dizem que há entre eles viciações e mentiras, que nos compete evitar em louvor da justiça e ninguém pode contrariar a justiça, chamada a reger a ordem.

Será justo, no entanto, verificar até que ponto somo culpados pelos desesperos que os fizeram cair em semelhantes desequilíbrios e até onde somos também passíveis de censura por faltas equivalentes.

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Deus nos dá para que aprendamos também a distribuir.

Assegura a disciplina, mas lembra-te de que o Senhor te agradece a bagatela de bondade que possa entregar, em favor dos que sofrem, e a palavra de reconforto que graves no coração torturado que te pede esperança.

Trabalha contra o mal, no entanto, recorda que as leis da vida assinalam a alegria da criança desditosa a quem deste um sinal de bondade e respondem às orações do velhinho que te recolhe os testemunhos de afeto, exclamando: ” Deus te abençoe”.

A Caridade em cada gesto e em cada frase acende o clarão de uma bênção.

Será talvez por isso que a Sabedoria Divina ergueu o cérebro, acima do tronco, por almenara de luz, como a dizer-nos que ninguém deve agir sem pensar, mas, entre a cabeça que reflete e as mãos que auxiliam, situou o coração por estrela de amor, fulgurando no meio”.

(Do Livro Amor e Sabedoria de Emmanuel – Clóvis Tavares – IDE. pag 175)
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Colaboração:
Mariangela Vieira
Casa do Caminho
Pindamonhangaba-SP
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