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Relacionamentos!
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Pensemos!
A evolução é medida em Encarnações…
Nos primórdios…nos apresentamos como as Mamonas!
Ao longo das encarnações…vamos removendo as arestas pontiagudas!
E, um dia, após “N” encarnações seremos pedra polidas!
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O estágio do Leal está demonstrado acima.
Qual o seu estágio?
Você pode nos revelar?
Pode tornar público?
Estamos no aguardo da sua manifestação:
Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 27.733 dias.
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Eu TE Agradeço Deus Pai!
== Sou septuagenário ==
== Publicação número 10.770
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*** 21jul2016 – 10º. Aniver do Blog
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Relacionamentos
Relacionamentos
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Relacionamentos
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A fábula do Porco-espinho
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História
O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro.
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Colaboração:
Doris Kazue Oura Ogawa
São Paulo-SP
O Deixar ir
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O Deixar Ir
Julie Redstone
Às vezes acontece que a fim de que surja uma nova identidade, não somente devem ocorrer as mudanças internas, mas as estruturas externas na vida de uma pessoa precisam ser liberadas.
Este deixar ir pode incluir os relacionamentos, o trabalho, a segurança financeira, até o lugar no qual se vive.
Este tipo de mudança drástica pode parecer aleatório ou desnecessário e pode parecer que tem somente conseqüências negativas.
Entretanto, uma inteligência superior existe dentro do plano de vida para cada alma, que protege o avanço deste plano, até na presença da adversidade, e mesmo na presença da dor ou da perda.
Tal inteligência contém a compreensão de que o que foi perdido ou liberado será substituído por uma nova série de circunstâncias que a alma está esperando, circunstâncias que trarão maior crescimento ao ser angelical em você e que somente o deixar ir pode trazer ao ser.
Transtornos e perdas na vida podem assumir um tributo emocional, tanto interna quanto externamente.
Eles podem fazer com que nos sintamos impotentes e com medo.
Eles podem nos levar a temer um futuro desconhecido.
É apenas em tais momentos que a confiança na inteligência primordial do projeto Divino para cada alma deve ser mantida, pois não há acasos na realidade espiritual.
Não há nenhum momento em que Deus esteja ausente.
O que parece ter conseqüências terríveis em um nível está provocando um bem maior no outro, ainda que o ser humano possa experienciar a perda como dolorosa.
A necessidade de deixar ir as estruturas familiares ou os relacionamentos, ao redor dos quais se tem construído uma vida não é incomum hoje em dia, pois este é o momento da purificação e da transformação, e todas as almas estão sendo levadas em direção ao caminho da mudança que seja mais propício ao seu crescimento.
No meio deste movimento poderoso, o coração humano que não confia plenamente pode sofrer intensamente e se perguntar por que ele deve experienciar tal dor a fim de crescer.
Diante disto, é a serenidade da alma e a conexão com esta parte mais profunda de si mesmo, que permite que se mova com maior facilidade através de toda a turbulência que possa vir.
É como navegar em uma onda sem terra à vista, confiando que ela os levará a uma praia segura.
Há muitos hoje que perderam ou deixaram para trás muito do que eles uma vez valorizaram ou confiaram; alguns que experienciaram isto como somente perda, e alguns que foram capazes de manter isto como uma parte de uma transição em uma diferente fase da vida, ou um modo de ser diferente.
Pode se sentir à deriva enquanto espera que novos relacionamentos apareçam, que o trabalho espiritual se manifeste, ou que a segurança emocional se faça sentida.
Durante este período de espera, pode-se sentir não ancorado e sozinho, imaginando se haverá um resultado positivo para todo o deixar ir que ocorreu.
Compreender a natureza da realidade espiritual e da própria realidade como um ser divinamente criado, é de grande importância na manutenção de uma perspectiva positiva em tais momentos.
Manter a fé no propósito Divino requer confiança na própria alma que sabe que Deus é real e que se é sempre mantido dentro desta realidade.
Esta é a base para a esperança no meio da mudança e para a confiança na presença do desconhecido.
Pois o amparo divino flui em cada caminho que está aberto a ele.
O suporte Divino flui em cada coração que pede por ele, seja ele aparente ou não.
Em um período de mudança e de deixar ir, tal abertura e confiança devem ser perseguidas, até quando o eu exterior experiencia pouca habilidade em senti-las.
Até então, o conhecimento de que toda a vida está direcionada para trazer o dom da maior integridade, mais amor e verdade – tal conhecimento é sustentador.
Que todos cujas perdas trouxeram lágrimas, sejam confortados.
Que todos cujos corações temeram o futuro, encontrem a segurança.
Que todos os que desejaram se sentir mantidos no amor de Deus, saibam que eles são eternamente amados.
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Colaboração:
Aylla Harard
Guaratinguetá-SP
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Publicado em: SinapsesLinks:
http://sinapseslinks.wordpress.com/
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Relacionamentos
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Relacionamentos
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Rubem Alves
Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzsche com a qual concordo inteiramente.
Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice”?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Sheerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O Império dos Sentidos”.
Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites.
O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fosse música.
A música dos sons ou da palavra – é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ”Eu te amo…”
Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética”.
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua “cortada”, palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…
A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá…
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão…
O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento.
Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor…
Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…
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RUBEM ALVES é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp.
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Colaboração:
José Rufino Xavier
São Caetano do Sul-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.wordpress.com/
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Relacionamentos
Uma Mulher inteligente falando dos homens…
… por Fernanda Montenegro
… Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor !
O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.
Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha ‘Salvem os Homens!’
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
1. Habitat
Homem não pode ser mantido em cativeiro.
Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.
Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.
2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um ‘eu te amo’ no café da manhã os mantém viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.
3. Carinho
Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.
Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.
4. Respeite a natureza
Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade? Carros?
Case-se com uma Mulher.
Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.
5. Não anule sua origem
O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.
6. Cérebro masculino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.
Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos).
Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.
Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade.
Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.
Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.
Não faça sombra sobre ele…
Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.
Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.
E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí você vai ver o que é Mau Humor!
Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom!
Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.
Com carinho,
Fernanda Montenegro
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Colaboração:
José Rufino Xavier
São Caetano do Sul-SP
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Relacionamentos
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Contemporâneos e Confrades, Salve!
Agradeço a cada um de vocês o apoio.
Tenham certeza que cada uma das manifestações em muito contribuiram para que eu continuasse e levasse a termo a execução da Terefa.
Possamos nos unir cada vez mais em torno do ideal Cristão.
Fraternamente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
sinapseslinks@gmail.com
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(Ordem alfabética:)
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Alvaro Basile Portughesi
Ana Joaquina Andrade
Antonio Roberto Vieira
Benedito Adilson da Silva
Carla Camargo Leal
Dalva Nunes
Daniela Marchi
Douglas Camargo Leal
Edwirges Ruth Fix Camargo
Gerson dos Santos
Gisele Camargo Leal
Isaura Martins
Izabel Tavares Caldeira
José Nilson de Sales
Márcia Cestaro
Maria Christina Camargo Leal
Maria Aparecida Vieira
Maria Risoneide Leandro
Mariângela Vieira
Mário Leal Filho
Maurício Carmo Souza
Morel Ribeiro dos Santos
Nelson Binotto de Paula
Ricardo Leão
Ricco Arnindo Silva
Roseli Bonito
Sergio Ricci Goldstein
Telma Canettieri Ferrari
Vera do Nascimento Tobias
Wilza Renata Antunes Salgado
Zélia Salgado
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Veja o registro do evento. Click aqui.
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Conheça os 42 slides da palestra. Click aqui.
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Relacionamentos
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Relacionamentos
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Casa do Caminho – Pindamonhangaba-SP
Dirigentes: Morel e Gigi
Tel: 12-3645-4748
Palestra Pública Mensal
Realizada em: 28abr2011
Tema: Relacionamentos
Expositor: Leal
Música: Benedito Adilson da Silva
Cel: 12-8141-4090
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Ao publicar esta informação aproveito para agradecer à direção da Casa do Caminho e a todos que trabalharam para que o evento acontecesse.
Trabalho de equipe.
Agradeço, uma vez mais a música!
Adilson, seja sempre Abençoado!
O roteiro da apresentação do tema proposto está contido em 42 transparências (slides).
O arquivo PDF completo pode ser baixado. Click aqui.
Muito obrigado pela oportunidade que me foi concedida.
Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
sinapseslinks@gmail.com
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Relacionamentos
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Relacionamentos!!!
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Você se relaciona bem com o seu próximo?
Assista ao vídeo e confira sua resposta.
Vídeo. Click aqui.
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
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Colaboração:
Telma Canettieri Ferrari
Pindamonhangaba-SP
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Relacionamentos
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Relacionamentos!
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Serão abordados:
Relacionamentos entre os encarnados;
Relacionamentos entre os desencarnados;
Relacionamentos entre os encarnados e desencarnados.
Os Amados Irmãos Espirituais!
Seja bem-vindo!
Contribua com um kilo de alimento não perecível.
Muito obrigado.
Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
sinapseslinks@gmail.com
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Atritos
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Atritos
Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes.
Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas.
Faz parte…
Reveses momentâneos servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos.
Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores…
Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de DEUS, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago.
É lá que está o verdadeiro valor…
Pois, DEUS fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR.
DEUS deu a cada um de nós essa capacidade, a de AMAR…
Mas temos que aprender como.
Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar.
Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor.
Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e… os superando.
Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento…
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!
Não existe outra forma de descobrir o AMOR.
E sem ele a VIDA não tem significado.
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Autor:
Roberto Crema
Presidente do Colégio Internacional dos Terapeutas – UNIPAZ. –
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Fonte:
C:#1_Leal1_WPD201020101021WPD_Atritos.WPD
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Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal.
Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzsche com a qual concordo inteiramente.
Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice”?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Sheerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O Império dos Sentidos”.
Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites.
O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fosse música.
A música dos sons ou da palavra – é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ”Eu te amo…”
Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética”.
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua “cortada”, palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…
A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá…
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão…
O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento.
Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor…
Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…
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RUBEM ALVES é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp.
*
Colaboração:
Daniela Marchi
Araçatuba-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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