Yom Kipur

*

Joyce Pascowitch

Yom Kipur

Começa neste domingo (27set2009) o dia mais sagrado do ano para os judeus, o Yom Kipur. Dia de energia máxima, dia de acertar as contas, se limpar para recomeçar uma nova fase. Uma coisa curiosa? Na noite deste sábado, em muitas sinagogas da cidade, aconteceu a cerimônia de Kaparot. E o que vem a ser Kaparot? Vem a ser uma ‘limpeza” astral feita por meio de uma galinha, que os religiosos passam na cabeça da gente enquanto rezamos pedindo para que sejam afastadas todas as forças ruins. Alguém por acaso está achando alguma semelhança com uma cerimônia de candomblé? É… pode até ser semelhante. Longas filas se armam de homens e mulheres esperando seu momento de rezar – a gente lê num papel que distribuem na hora. Depois, as galinhas são sacrificadas e, até onde sei, doadas para instituições de caridade. Enfim, todas as datas especiais religiosas têm sua liturgia. Todas têm um por quê. Eu, de minha parte, gosto de seguir, tenho prazer. E mais: me sinto bem. Melhor ainda se puder convencer algum “desgarrado” a ir comigo rezar, orar ou simplesmente participar. E dividir toda essa energia.
*
Comentário:
Paulo de Tarso disse:
cara Joyce
kaparot em hebraico significa expiação. é um costume de se matar um galo ou galinha, antes do yon kipur, como expiação vicária(no lugar de)um judeu ou judia.a ave é agitada e girada sobre a cabeça e deve se dizer:”isto é em substituição a mim, isso é em vez de mim, isto é minha expiação. este galo ou galinha irá morrer e eu irei para uma vida boa e longa e para a paz.mata-se a ave e dá-se aos pobres as entrenhas para os pássaros. como tudo no judaismo é muito simbólico.isto esta num livro bastante interessante chamado dicionário judaico de lendas e tradições. de aln unterman da jorge zahar editor. espero que goste da explicação att paulo de tarso
*
Fonte:
*
http://eujoyce.glamurama.uol.com.br/index.php/sem-categoria/canal-aberto/

Yom Kipur – Dia do Perdão

Yom Kipur

Yom Kipur, o Dia do Perdão, é o dia mais sagrado e solene do ano, o auge dos Dez Dias de Penitência iniciados em Rosh Hashaná.

Neste dia os rolos da Torá são retirados da Arca Sagrada e carregados dentro das sinagogas.

O Kol Nidrei, a anulação de todos os votos, é recitado antes do pôr-do-sol.

Sua melodia infunde em cada um dos presentes um sentimento de reverência.

É o início de um dia de jejum e abstinência, quando o material se submete ao espiritual e cada judeu vai examinar seus atos e buscar perdão pelos erros que cometeu contra Deus. É um dia de arrependimento e perdão.

Sem a possibilidade do arrependimento o mundo não poderia existir, já que ao criar o homem com o livre arbítrio – a liberdade de escolha entre o bem e o mal – Deus deu-lhe a possibilidade de errar, de se afastar Dele. Mas ofereceu-lhe também a possibilidade de voltar para Ele, a possibilidade de mudar o curso de sua vida, de arrepender-se, de “aproximar-se de Deus afastando-se do pecado”.

No dia de Yom Kipur o poder do mal é suspenso e a Santidade Suprema é revelada.

Em Yom Kipur o homem tem a possibilidade de se elevar espiritualmente atingindo o nível dos anjos. Os pecados que cometeu contra Deus, se ele se arrepender sinceramente, serão perdoados, permitindo-lhe retomar seu caminho em direção à Luz. Neste dia, assim como os anjos, Israel não come, não bebe, não usa sapatos de couro. É o único dia em que se pode recitar em voz alta a bênção do primeiro versículo da oração Shemá Israel: “Bendito seja o Nome da glória… eternidade”.

Segundo a tradição, no momento em que recebeu a Torá e a trouxe para o povo de Israel, Moisés ouviu esta bênção dos anjos. Sendo esta oração dos anjos, é recitada em voz baixa o ano inteiro. Apenas em Yom Kipur, quando Israel se assemelha a um anjo, esta frase é dita em voz alta.

Os sábios hebreus ensinam que, apesar dos Portões do Arrependimento estarem sempre abertos, as condições espirituais que estão presentes em Yom Kipur e que permitem distinguir com mais facilidade o bem do mal, não existem em nenhum outro momento.

Foi neste dia 10 de Tishrei, Yom Kipur, que Deus perdoou o imperdoável: o bezerro de ouro. Foi neste dia que, após 40 dias de súplica para que Deus perdoasse os Filhos de Israel, Moisés desceu com o segundo par de tábuas dos Dez Mandamentos, prova do perdão Divino pelo pecado do bezerro de ouro.

Enquanto Moisés estava no Monte Sinai pedindo e suplicando pelos Filhos de Israel, Deus lhe revelou Seus Treze Atributos de Misericórdia. Ao proclamá-los, Deus estava mostrando a Moisés que a Sua Misericórdia supera todas as considerações sobre erros que o homem possa ter cometido no passado ou venha a cometer no futuro.

Deus também mostrou a Moisés que se o homem usar de misericórdia, perdoando os que estão a sua volta, ele poderá se conectar espiritualmente com o mundo da Misericórdia Divina, conseguindo que seus próprios erros sejam perdoados. Por isso nossos sábios nos ensinam que se o homem perdoar a quem o magoou, se mostrar benevolência e generosidade para com o seu semelhante, os Céus vão tratá-lo da mesma forma.

Baseado em “Revista Morashá”, edição 30, Setembro de 2000, encontrada em www.morasha.com.br.
*
Colaboração:
Ricardo Leão – São Paulo-SP
*