Suicídio e Loucura

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Suicídio e Loucura (*)

Era jovem professor e já me atrevia a fazer algumas palestras.

Como dominava o conteúdo das doenças infecciosas, pois já tinha feito pós-graduação, procurava falar sobre esses assuntos.

Houve um período em que a Hanseníase ganhou o seu lugar e no movimento espírita do Rio discutia-se “doenças kármicas”.

Um pequeno texto, que enviei para o jornal O Globo, acabou virando editorial de uma revista de Patologia Clínica. Fez até parte do pronunciamento do Deputado Elias Murad. PTB-MG, Assembléia Nacional Constituinte na Câmara.(1)

Esses acontecimentos nos envernizaram o ego, que já brilhava intensamente após o doutorado. Como somos tolos!

Pensamos que sabemos tudo, até de mediunidade, e ficamos perplexos diante de situações inusitadas.

Foi assim que me senti, quase no final da palestra, após ter combatido o estigma da lepra e afirmado com veemência que “Hanseníase Tem Cura”.

A senhora que estava sentada na primeira fila, mediunidade bem trabalhada, não conseguiu resistir ao espírito e através da comunicação oral, em choro convulsivo, ele exclamou: “Eu não sabia que hanseníase tinha cura, foi por isso que me suicidei!

Aquela cena não me saiu mais da retina. Hoje volto ao tema inspirado pelas revelações de Yvonne Pereira no Terceiro Congresso Espírita Brasileiro, abril de 2010.

Quando abrimos O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) e estudamos “O Suicídio e a Loucura” vemos que o preservativo da razão é a serenidade e que as idéias materialistas (venenos) são excitantes ao suicídio.(*)

É por isso que “não estou nem aí” para os que acham que fundar um Núcleo Espírita Universitário foi uma idéia elitista. “Os Homens de ciência devem se apoiar na autoridade do seu saber para procurar provar aos seus ouvintes, ou aos seus leitores, que eles têm tudo a esperar depois da morte, no novo estilo de vida.”

Coloquei aspas porque fiz interpretação livre do item 16, do capítulo V, do ESE.
O item 20, do mesmo capítulo, fala do “dever do espírita de participar da vulgarização (divulgação) do Espiritismo, a luz sagrada que já começou a realização da regeneração do próprio divulgador.”

Yvonne Pereira nos fala do aumento do número de suicidas.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro tem esse “espinho na carne”. No Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, 10 de setembro do ano passado organizou Seminário (2), que nós espíritas divulgamos.

Naquela palestra, o suicida pode expressar toda a sua dor e decepção.

Ficamos de sai justa no primeiro momento, fomos apanhados de surpresa, No entanto, a platéia emocionada e em silêncio colaborou no “pronto socorro” que a direção da Casa lhe proporcionou.

Quantos por ignorância não estão chegando desta maneira aos cuidados de Yvonne?

Que possamos cumprir o “dever de participar na vulgarização do Espiritismo.” Foi por isso que escrevi para determinada população-alvo o artigo: “Entendendo a Dor (e a Reencarnação), com Finalidade Pedagógica. Vai e não peques mais” (3).

(*)
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/es/es-05.html#es5a6
(1)
http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.44.htm
(2)
http://espirinet.blogspot.com/2010/08/seminario-sobre-prevencao-do-suicidio.html
(3)
http://temporecord.wordpress.com/2010/01/09/vai-e-nao-peques-mais/
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Autor:
Dr. Luiz Carlos Formiga
Rio de Janeiro-RJ
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Obsessões difíceis de curar

Obsessões difíceis de curar

Por Bezerra de Menezes, em Dramas da Obsessão, psicografado por Yvonne Pereira.

As leis da fraternidade estabelecem assistência incansável ao obsessor, no intuito de convencê-lo à reforma de si mesmo. Jamais o violentam, porém, quando o compreendem ainda não preparado pela ação fecunda dos remorsos.

Existem obsessões baseadas no ódio e no desejo irrefreável de vinganças, insolúveis numa só etapa reencarnatória, podendo levar séculos exercendo o seu jugo sobre a vítima, estendendo-o mesmo à vida no invisível. Até que os sofrimentos excessivos obriguem os litigiantes à renúncia do passado pela abnegação do porvir, o que os fará reencarnar unidos pelos laços de parentesco muito próximo, a fim de que mutuamente se perdoem e se habituem a um convívio pessoal, que acaba por estabelecer vínculos de afetividade.

Existem, também, as paradoxais obsessões por amor. Perseguições igualmente seculares, quando uma das duas partes interessadas perjurou, falindo nos deveres da fidelidade. Tão cruéis e execráveis esses tipos de obsessão por amor ferido quanto são os motivados pelo ódio. E até ocorrem obsessões sexuais, quando o atuante invisível induzirá o indivíduo a quedas deploráveis perante si mesmo, o próximo e a sociedade, tais como o adultério, a prostituição, a desonra irreparável, pelo simples prazer de dar livre curso a apetites inferiores dos quais abusou no estado humano e os quais conserva como desencarnado.

Geralmente exercida tão só através da telepatia ou da sugestão mental, é bem certo que o obsessor estabelece uma oculta infiltração vibratória perniciosa sobre o sistema nervoso do obsidiado, contaminando-lhe a mente, o perispírito, os pensamentos, até o completo domínio das ações. Tais casos se apresentam dificilmente curáveis, não somente por aprazerem às vítimas conservá-los, como por ser ignorada de todos essa mesma infiltração estranha, e mais particularmente porque o tratamento seria antes moral, com a reeducação mental do enfermo através de princípios elevados, que lhe faltaram, não raro, desde a infância.

Fonte:
Revista Universo Espírita
Número 54
Página 53
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