Liberdade e Livre Arbítrio

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Liberdade e livre arbítrio

De “O Livro dos Espíritos”, Parte Terceira, capítulo 10 – “Lei de Liberdade”, questões: 825. “Há posições no mundo em que o homem pode se vangloriar de desfrutar de liberdade absoluta? – Não, porque todos necessitam uns dos outros, tanto os pequenos quanto os grandes”; 833. “Há no homem alguma coisa livre de qualquer constrangimento e da qual desfruta de uma liberdade absoluta? – É pelo pensamento que o homem desfruta de uma liberdade sem limites, porque o pensamento desconhece obstáculos. Pode-se deter seu voo, mas não aniquilá-lo”; 843. “O homem tem sempre o livre-arbítrio? – Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria como uma máquina”.

A capacidade de pensar, de imaginar, de sentir e de vivenciar a subjetividade é constituída dentro de cada um, tendo assim uma forma particular, singular, única.

Somente pelo pensamento o homem é capaz de alçar voo com certo desembaraço!

Precisamos aprender a lidar com a dor, com o sofrimento que angustia e acaba prejudicando os nossos naturais mecanismos de defesa; os quais estão encarregados de quebrar as algemas invisíveis que nos prendem, muitas vezes, a sentimentos egoístas e contraditórios.

Refletir sobre a liberdade de que gozamos é algo profundo e complexo, pois ainda não dispomos de certos conhecimentos relativos à Vida.

Todavia, nestas poucas linhas iremos efetuar algumas breves reflexões sobre o tema, no intuito de contribuir com a formatação do nosso pensamento…

Gravitamos em torno de um mundo de provas e expiações e encontramo-nos a ele imantados, através de Leis Superiores que governam o Cosmos.

E que interessante força de atração é essa, que, através do magnetismo, nos impele ao plano equivalente à nossa condição intelectual e, principalmente, moral.

O direito de ir e vir dá à grande maioria dos cidadãos a impressão de uma liberdade ampla, no entanto, a mesma é limitada quando temos, com o advento da Espiritualidade Amiga, a convicção acerca da veracidade que gira em torno da Pluralidade dos Mundos Habitados e da Reencarnação.

No “Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo III – “Há muitas moradas na casa de meu Pai”, encontramos certa tipificação dos mundos. De maneira geral, são eles:
1º) primitivos; 2º) provas e expiações; 3º) regeneração; 4º) felizes e 5º) celestes ou divinos. Contudo, é claro que deve haver diversas nuances entre àqueles com o mesmo molde.

Atualmente, estamos no segundo degrau da escala evolutiva, e, de fato, não nos será permitido ir além sem a aferição de merecimento.

Retroceder, no entanto, é sempre uma opção, mas apenas para os espíritos missionários! Mesmo volvendo na escala dos mundos, estas almas benevolentes não perdem suas aquisições morais e intelectuais, assim contribuindo muito no desenvolvimento dos demais.

Por outro lado, todos nós temos uma importante ferramenta chamada livre arbítrio, ou seja, fazemos escolhas dentro do nosso campo de ação e, naturalmente, nos tornamos responsáveis pelas mesmas.

Onde não existe escolha, não há liberdade. E a escolha sempre supõe duas ou mais alternativas; pois com uma só opção não existe escolha, nem liberdade.

Para conquistar a referida liberdade é preciso que haja constantemente dentro de nós, seres humanos, um trabalho dinâmico com os nossos sentidos e sentimentos, para que assim possamos crescer e conseguir diminuir os nossos medos e decepções…
Mas apesar de usufruirmos de relativa liberdade na Terra, só conseguiremos ampliá-la gravando os ensinamentos de Jesus em nosso pensamento e coração, trabalhando no bem de todos!

Thiago Silva Baccelli é orador espírita, psicólogo clínico e graduado em Direito
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Fonte:
http://www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Opiniao&CODIGO=28731
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