Em julho de 1995, Frei Bernardo Kleinert, OFM, sofre intervenção cirúrgica, na qual lhe é cortada a falange do segundo pododáctilo esquerdo. Em novembro do mesmo ano, perde o primeiro dedo do mesmo pé. A radiografia fala em osteomielite aguda, agravada pela diabete.
No dia 04.01.96, o superior provincial, Frei Nestor Inácio Schwerz, é intimado a redigir autorização, em nome da Ordem e da família, em que liberaria a junta médica a amputar a perna do frade, do joelho para baixo, com o intuito de se evitar a propagação da gangrena. O local das operações anteriores mantinha vasta área em necrose, apresentando falta de circulação e total insensibilidade. Frei Bernardo, que mede 1,93m, pesa 77kg.
Na primeira semana de janeiro de 1996, pediu-se tempo à equipe médica e iniciou-se a terapia com babosa, via oral, bem como aplicações tópicas, alternando chás de alpiste, malva, carqueja, nogueira, jambolão, alcachofra e, após as refeições, uma dose de cloreto de magnésio.
Terminado o conteúdo do primeiro frasco, em quinze dias, a ferida reduzira-se em 50. O local da cirurgia agora irriga-se com sangue, o que o oxigena. Recupera-se a circulação e a sensibilidade. Tudo sem qualquer outro remédio químico.
No dia 22.03.96, bate-se nova chapa no hospital Divina Providência, de Porto Alegre. Df. Mauro T. Master interpreta o exame, estabelecendo paralelo com as radiografias anteriores. Seu veredicto: “Regressão provavelmente total dos sinais de osteomielite no primeiro metatarsiano. Demais aspectos inalterados”. Com data de 25.09.96, a última radiografia, tirada no mesmo nosocômio e interpretada pelo mesmo profissional, reza: “Houve ressecção do segmento distal do 12metatarsiano. Regrediu o edema das partes moles do pé. Demais aspectos inalterados”. A ferida de ontem não passa, hoje, de cicatriz.
No início de outubro, Frei Bernardo regressa ao convento São Boaventura, de Daltro Filho, Imigrante, reassumindo suas atividades de rotina, tendo recuperado, após oito meses de tratamento com babosa, seu peso normal de 95 quilos e apresentando 85-95 os valores da diabete, quando o máximo tolerável é 100.
*
Editora Vozes
vendas@vozes.com.br
*
Colaboração:
Carlos Antônio Carneiro de Camargo
São Paulo-SP
*
Publicado em: Sinapseslinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
*