Reencarnação – parte 2
Continuando a discorrer sobre o capítulo que fala sobre a reencarnação, no livro ‘Missionários da Luz’, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e antes de trazer a conclusão do processo reencarnatório iniciado por Benfeitores Espirituais no lar de uma família onde um inimigo do passado reencarnaria como filho, achei de bom alvitre mencionar um diálogo que André Luiz teve com Alexandre, o coordenador da abençoada expedição.
Sempre bastante sequioso de informações, André se questionava sobre as uniões sexuais e as manifestações sexuais entre os encarnados, um assunto que, em minha opinião é preciosamente elucidado à luz do Espiritismo.
Alexandre explicara que os Benfeitores responsáveis pelo processo reencarnatório chegariam à casa da família horas depois da união sexual do casal e elucidou que em lares onde reina o amor e o respeito, tais momentos de intimidade são preservados de todo o mal, o que não ocorre com irmãos nossos que, infelizmente, consideram o sexo como mera manifestação física, utilizando-o praticamente à maneira dos irracionais, fazendo com que esta prerrogativa divina profundamente venerável seja aviltada e transformada em veículo de todo o tipo de desequilíbrios e viciações. Aliás, leitores, a literatura espírita é profícua em relatos de como o sexo mal conduzido desequilibra as criaturas encarnadas e desencarnadas, conduzindo verdadeiramente a desvirtuamentos de toda sorte, sobretudo mentais. Para quem quiser se aprofundar no assunto, recomendo outro precioso livro do autor espiritual André Luiz, denominado ‘Sexo e Destino’.
Como André mostrava-se profundamente interessado no assunto, Alexandre, numa belíssima explanação, continuou o ensinamento afirmando que a união sexual é ‘permuta sublime das energias perispirituais, simbolizando alimento divino para a inteligência e para o coração e força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas para a vida eterna’. Assim leitores, temos a união sexual como instrumento de troca de energias divinas entre as criaturas, o que não ocorre quando há desobediência às leis eternas e distância do amor, quando então união sexual passa apenas a ser manifestação dos órgãos físicos e desperdício da preciosa energia de nossos espíritos, o fluido vital, que muitas vezes é vampirizado por irmãos desencarnados infelizes também presos à tais viciações. Recordo-me de quão impressionada fiquei, há muitos anos, quando ouvi tal explicação em uma reunião de estudos. Quando imaginar tamanha magnitude para essa questão? Para ver como temos muito para aprender…
Portanto, amigos, a procriação não é o objetivo exclusivo das uniões sexuais e sim uma de suas prerrogativas. As energias sexuais quando bem canalizadas, repercutem em trabalhos criadores em todas as áreas, citando-se como exemplo as artes em todos os seus aspectos.
Alexandre explicou ainda que, conforme evoluímos, o sexo vai deixando de ser uma imposição orgânica, já que os espíritos ficam aptos à permutas magnéticas de maneira natural e, nas palavras de Alexandre, sem a necessidades de ‘atritos celulares’, quando então bastará ‘o olhar, a palavra, o simples gesto de carinho e compreensão’ para que se receba o magnetismo criador do coração amado.
As explicações de Alexandre terminaram com a seguinte frase, que transcrevo na íntegra: ‘O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os círculos evolutivos, até que venhamos a atingir o campo da Harmonia Perfeita, onde essas qualidades de equilibram no seio da Divindade’.
Amigos, não canso de me admirar com a profundidade do que aprendemos com as obras de André Luiz. Da próxima vez, trarei o desfecho do processo reencarnatório, na minha humilde descrição de como os Benfeitores uniram o espírito de Segismundo ao de sua mãe. Abraços e muita paz.
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Autora: Daniela Marchi – Araçatuba-SP
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