Sarah Leal Dias Gonçalves


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A economia criativa é um termo relativamente novo, e consiste realmente na junção de economia com atividades criativas. Pode parecer complexo à primeira vista, já que a criatividade não é um conceito tangível, mas ela leva a produtos que são e por isso é necessário um meio de garantir a propriedade intelectual dessas ideias.

John Howkins foi o primeiro a trazer à luz o termo economia criativa e segundo o autor (2013, p. 15), “a propriedade intelectual tem a mesma característica definidora de uma propriedade material: ela pertence a alguém”, o que as diferencia é uma questão de tangibilidade.

A economia criativa engloba diversas áreas com suas peculiaridades, mas para esse artigo é interessante sabermos sobre moda e artesanato. Na área de moda existe algo bastante singular, pois é possível destacar dois meios de produção:

– produção por estilistas e de menor escala;

– produção em massa, mais barata e veloz, conhecida como fast fashion.

A primeira possui proteção por meio de direitos autorais, a segunda não. Entra também na primeira definição a moda sustentável. As marcas que se empenham em ter uma produção com menos impacto, também investem mais em matéria-prima de qualidade, oferece condições justas de trabalho e se preocupa até com o descarte da peça.

E dentro disso, ainda temos as marcas que se utilizam de técnicas manuais como crochê, tricô, macramê, renda boa noite, renda de bilro, bordado, tear (como na foto de capa), entre tantas outras para fazer suas criações, fazendo assim uma união entre moda e artesanato.

Ao olharmos ao nosso redor, não é difícil perceber o movimento que está acontecendo em busca de tornar os processos em todos os âmbitos mais justos. A valorização do meio ambiente e dos trabalhadores têm, cada vez mais, se tornado pauta em pequenas, médias e grandes empresas.

Isso envolve tanto a economia criativa, através da proteção das ideias, ou seja, é certo que quem teve a ideia mantenha os direitos sobre ela; e também a sustentabilidade, que prevê em seus conceitos o comércio justo (fair trade), boas condições de trabalho, remuneração adequada e menor impacto ambiental.

Valorizar o trabalho manual e vê-lo como expressão importante da moda sustentável e economia criativa é necessário para incentivar o pequeno produtor e marcas que estão iniciando seu trajeto, fazendo com que a economia se desenvolva.

Referências

HOWKINS, John. Economia Criativa: Como ganhar dinheiro com ideias criativas. São Paulo: M. Books, 2013.

Sarah Leal Dias Gonçalves
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