Taubaté
Resumo Histórico do
Município de Taubaté
1.628 – Territórios pertenciam a Capitania de Itanhaém, proprietária – Dona Mariana de Souza Guerra, denominada Condessa de Vimieiro concordou com a distribuição de Posse de Sesmaria, dada ao Capitão – Mor povoador Jacques Félix.
20 de janeiro de 1.636 – Jacques Félix recebe do Governador Francisco da Rocha, provisão autorizando penetrar no sertão a descobrir minas e pacificar índios e demarcar terras da Condessa.
Com índios que se deixaram a culturar, mais os colonos construíram a igreja Matriz, Cadeia, Moinho de Trigo, Engenho de Açúcar e o Conselho.
1.640 – Fundação do Núcleo Urbano por Jacques Félix.
05/12/1645 – Elevação do povoado a Categoria de Vila por provisão do Capitão – Mor Governador Antônio Barbosa de Aguiar.
A nova Vila desperta atenção do governador Antônio Barbosa de Aguiar pelo crescimento, fertilidade e riqueza tornando a povoação mais importante do Vale do Paraíba.
XVII e XVIII – atividades sertanistas: expedições denominadas bandeiras, seus participantes bandeirantes. objetivo: aprisionar indígenas como mão-de-obra escrava e procurar minerais (ouro, prata e pedras preciosas).
1.693 – Descoberta do ouro em Minas Gerais, trajeto forçado pela Vila de São Francisco das Chagas de Taubaté, que tornou o núcleo irradiador de muitas bandeiras, nos sertões de Cataguazes ou sertões de Minas, fundaram dezenas de arraiais mineradores, origem de muitas cidades.
1.699 – O Capitão – Mor Regente Carlos Pedroso da Silveira das Vilas de Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, conferido por D. Braz Baltazar da Silveira.
De Taubaté para as Minas partiam as expedições pela Serra da Mantiqueira entre as gargantas naturais, entre elas: Garganta do Embaú, nas proximidades de Cachoeira Paulista e Garganta do Piracuama em Pindamonhangaba.
O ponto de partida das expedições das bandeiras era do largo da igreja matriz de São Francisco das Chagas, local apropriado e amplo para reunir os participantes da jornada, Dos Bandeirantes Taubateanos – tiveram importante participação no ciclo da caça ao índio e ciclo do ouro.
No ciclo do Ouro – a vila de Taubaté foi considerada 2ª sede da capitania de Itanhaém, hospedando o Governador e ouvidor, que ali permanecia devido ao serviço de mineração.
Da projeção de Taubaté, surgiram rivalidades e aspirações de preponderância entre São Paulo e as Vilas pela Cabeça de Capitania (do Marques de Cascaes) e Taubaté pela Casa de Fundição, onde ficava o ouro das minas, extraído da Serra do Jaraguá. As rivalidades desapareceram com a “Guerra dos Emboavas”.
As populações das capitanias e vilas se uniram e defenderam o território anteriormente conquistado pelos esforços heróicos dos bandeirantes paulistas e taubateanos.
Taubaté torna-se centro de área rural e abastecedora das tropas de minerações do Vale e Litoral, com vida agrícola ativa, embora difícil pela carência de mão-de-obra.
Século XVIII – Limitada pela matriz, Ribeirões (do convento velho e do judeu), modestamente cresceu, exaurida pela imigração de sua gente valorosa e pela epopéia do bandeirismo.
Século XIX – Civilização do Café – um novo surto no progresso por mais de 50 anos, seria o esteio da economia regional como do país. O Vale do Paraíba desenvolveu através da monocultura do café, só em Taubaté mais de 80 fazendas se desenvolveram, fortunas foram construídas entre a produção e comércio.
Século XX – Na primeira metade do século ocorreu a decadência da produção regional, permanecendo os casarões de singela arquitetura, com grande número de janelas na fachada, voltadas para os terreiros de café.
Desse período áureo de produção cafeeira, essas sedes ainda hoje se apresentam como símbolos eloqüentes do período econômico, da importância social e política de seus antigos proprietários.
Seus proprietários, na maior parte titulares do Império, pela força de produção de seus cafezais, verdadeiros potentados quer social, quer politicamente exerciam influência junto ao Governo Provincial, quanto perante a corte de sua majestade, o Imperador D. Pedro II.
Em Taubaté, onde pontificou nesse período uma aristocracia rural de hábitos severos, porém não menos poderosa e digna, ainda remanescem várias dessas sedes rurais – típicos exemplares da arquitetura cafeeira desse município.
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Fonte:
http://www.taubate.sp.gov.br/historiadacidade_resumo.php
Leal, Outubro de 2004
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