Direitos da Água

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Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Água

Demanda por água exige investimentos de R$ 12,75 bilhões por ano.
27 de Março de 2007

Fonte: Instituto Akatu
http://www.akatu.org.br/

No Brasil, 20% da população mais rica tem acesso à água e saneamento em níveis comparáveis ao dos países desenvolvido, enquanto os 20% mais pobres têm acesso mais baixo que no Vietnã, segundo Relatório de Desenvolvimento Humano 2006 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Os dados revelam que a desigualdade envolve até mesmo um bem aparentemente tão abundante como a água, especialmente no país que conta com o maior volume de água doce disponível do mundo, tendo 12% de toda a reserva mundial. A vazão média anual dos rios brasileiros equivale a 72 piscinas olímpicas (180 mil metros cúbicos) fluindo a cada segundo, de acordo com informações do relatório GEO Brasil Recursos Hídricos, que, pela primeira vez, sistematizou o estado e o consumo de água no País.

O mesmo documento afirma que para reduzir à metade a população desatendida e ainda suprir a demanda crescente de água e saneamento nas cidades, o governo brasileiro terá de investir 178,5 bilhões de reais até 2020. Esse desembolso corresponde a R$ 12,75 bilhões por ano. Uma montanha de dinheiro que supera todo o valor que o governo federal deve gastar em 2007 com o custeio e os investimentos na área de Educação (R$ 9,13 bilhões).

O consumo diário de água do brasileiro varia muito de região a região, mas em algumas localidades como a Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental, que se estende pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, as retiradas já são superiores à disponibilidade hídrica. Considerando que o abastecimento urbano é o segundo maior consumidor de água no Brasil (27%), perdendo apenas para o setor agrícola (46%), os moradores da cidade podem ajudar muito a diminuir a pressão por mais água. Veja quanto você gasta de água em algumas atividades do cotidiano.

Máquina de lavar roupa: 150 litros a cada lavagem no nível alto

Lavar a calçada com mangueira: 120 litros

Lavar o carro com mangueira: 100 litros de água

Portanto, só acione a máquina de lavar quando ela estiver bem cheia de roupa. Não lave a calçada com mangueira, varra primeiro e depois lave com um balde. Não lave o carro usando mangueira, prefira um balde. Desse modo, você vai em mais da metade o volume de água aplicado nessas atividades, vai diminuir a fatura no final do mês e, especialmente vai permitir que os recursos do governo sejam aplicados em prol daqueles que realmente não têm acesso à água limpa nem a saneamento básico.

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 22 milhões de pessoas não dispõem de água potável, e acabam suprindo suas necessidades com água imprópria para o consumo, correndo o risco de contrair diarréias e outras doenças provocadas por parasitas. As comunidades afetadas pela escassez de água de qualidade têm seu desenvolvimento social e econômico prejudicado, o que acaba por afetar a todos, direta ou indiretamente. Por exemplo, o consumo de água de má qualidade é responsável por cerca de 700 mil internamentos hospitalares todo ano, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), consumindo recursos pagos por toda a sociedade por meio de impostos.
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