PROFILAXIA

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PROFILAXIA
Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Apostilas da Vida. Lição nº 07. Página 43.

Se a maledicência visita o seu caminho, use o silêncio antes que a lama revolvida se transforme em tóxicos letais.
Se a cólera explode ao seu lado, use a prece, a fim de que o incêndio não se comunique às regiões menos abrigadas de sua alma.
Se a incompreensão lhe atira pedradas, use o silêncio, em seu próprio favor, imobilizando os monstros mentais que a crueldade desencadeia nas almas frágeis e enfermiças.
Se a antipatia gratuita surpreende as suas manifestações de amor, use a prece, facilitando a obra da fraternidade, que o Mestre nos legou.
O Silêncio e a Prece são os antídotos do mal, amparando o Reino do Senhor, ainda nascente no mundo.
Se você pretende a paz no setor de trabalho que Jesus lhe confiou, não se esqueça dessa profilaxia da alma, imprescindível à vitória sobre a treva e sobre nós mesmos.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio.fcvv@gmail.com; asavio13@uol.com.br;
“Impressões negativas? não precisas dizê-las; Anotando defeitos, procura as qualidades; Com motivos de queixa, não reclames, espera; Críticas sem proveito destacam-te o perfil; Encontramos nos outros o que temos em nós; Só vemos o que temos, isso é da Lei de Deus”. Emmanuel & Chico Xavier. Lição 14: Reflexos. Livro: Caminhos.
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DIANTE DOS PIONEIROS

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DIANTE DOS PIONEIROS
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Nascer & Renascer. Lição nº 21. Página 99.

Recorda os sacrifícios dos pioneiros do progresso que te precederam na jornada humana, para que avances na Terra sem a cegueira da ingratidão.
Lembra as mãos anônimas que te ergueram o lar, os braços que te embalaram o berço e as vozes amigas que te ensinaram a mover os lábios no idioma do entendimento.
Não olvides aqueles que choraram e sofreram, lavrando o solo em que ingeriste a primeira bênção do pão e nem te esqueças de quantos se viram mutilados no trabalho para que o conforto e a higiene te sustentassem o corpo.
Não relegues à indiferença os que se viram supliciados para que tivesses a ordem legal, garantindo-te a segurança, e os que morreram nos cárceres, muitas vezes, caluniados e traídos, para que a liberdade te abençoe a existência.
Consagra na memória um altar de referência para com aqueles que te doaram os tesouros da educação, a fim de que o aprendizado na terra se te faça caminho para a Espiritualidade Superior.
Usufrutuário do campo em que fostes acolhido pela bondade e pela esperança dos que te viram nascer, recolheste deles a experiência que o sofrimento lhes outorgou, reclamando-te também suor e boa vontade no mundo, para que a vida no mundo se faça melhor.
Não te percas nos labirintos da indagação sem proveito, perguntando se a crueldade é hoje maior que a de ontem no caminho das criaturas.
Cede à Terra o melhor de ti, no serviço desinteressado e constante para que o bem prevaleça, iniciando na própria alma a obra redentora do amor que a tudo abrange, e, em voltando amanhã à grande escola da experiência humana, encontrá-la-ás mais nobre e bela convertida, com a parcela de teu esforço, em antecâmara para a Vida nos Céus.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio.fcvv@gmail.com; asavio13@uol.com.br;
“No relacionamento com os outros, observa o que fazes; busquemos agir agora de tal modo que não venhamos a sentir qualquer arrependimento depois; o bem aos outros seja nossa diretriz; lembra-te, em matéria de atitudes a vida não fornece cópias para revisão. ” Emmanuel & Chico Xavier. Lição: Agora é o tempo.
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NOS DOMÍNIOS DA SOMBRA


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NOS DOMÍNIOS DA SOMBRA
Pelo Espírito Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos).
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Contos e Apólogos. Lição nº 40. Página 173.

Em compacta assembléia do reino das sombras, um poderoso soberano das trevas, diante de milhares de falangistas da miséria e da ignorância, explicava o motivo da grande reunião.
O Espiritismo com Jesus, aclarando a mente humana, prejudicava os planos infernais.
Em toda parte da Terra, as criaturas começavam a raciocinar menos superficialmente! Indagavam, com segurança, quanto aos enigmas do sofrimento e da morte e aprendiam, sem maior dificuldade, as lições da Justiça Divina. Compreendiam, sem cadeias dogmáticas, os ensinamentos do Evangelho. Oravam com fervor. Meditavam na reencarnação e passavam a interpretar com mais inteligência os deveres que lhes cabiam no Planeta. Muita gente entregava-se aos livros nobres, à caridade e à compaixão, iluminando a paisagem social do mundo e, por isso, todas as atividades da sombra surgiam ameaçadas.
Que fazer para conjurar o perigo?
E pediu para que os seus assessores apresentassem sugestões.
Depois de alguns momentos de expectativa, ergueu-se o comandante das legiões da incredulidade e falou:
– Procuremos veicular a crença de que Deus não existe e de que as criaturas viventes estão entregues a forças cruéis e fatais da Natureza…
O maioral das trevas, porém, objetou, desencantado:
– O argumento não serve. Quanto mais avançamos nos trilhos da inteligência mais reconhece o homem a Paternidade de Deus, sendo atraído inelutavelmente para a fé ardente e pura.
Levantou-se, no entanto, o orientador das legiões da vaidade e opinou:
– Espalharemos a notícia de que Jesus nada tem que ver com o Espiritismo, que as manifestações dos desencarnados se resumem num caso fisiológico para as conclusões da Ciência, e, desnorteando os profitentes da Renovadora Doutrina, faremos com que gozem a vida no mundo, como melhor lhes pareça, sem qualquer obrigação para com o Evangelho e, assim, serão colhidos no túmulo, com as mesmas lacunas morais que trouxeram do berço.
O rei das sombras anuiu, complacente:
– Sim, essa ilusão já foi muito importante, contudo, há milhares de pessoas despertando para a verdade, na certeza de que as portas do sepulcro não se abririam para os vivos da Terra, sem a intervenção de Jesus.
Nesse ponto, o diretor das falanges da discórdia pôs-se de pé e conclamou:
– Sabemos que a força dos espíritas nasce das reuniões em que se congregam para a oração e para o aprendizado da Vida Espiritual, e nas quais tomam contato com os Mensageiros da Luz… Assim sendo, assopraremos a cizânia entre os seguidores dessa bandeira transformadora, exagerando-lhes a noção da dignidade própria. Separá-los-emos uns dos outros com o invisível bastão da maledicência. Chamaremos em nosso auxílio os polemistas, os discutidores, os carregadores de lixo social, os fiscais do próximo e os examinadores de consciências alheias para que os seus templos se povoem de feridas e mágoas incuráveis e, assim, os irmãos em Cristo saberão detestar-se uns aos outros, com sorrisos nos lábios, inutilizando-se para as obras do bem.
O chefe satânico, todavia, considerou:
– Isso é medida louvável, contudo necessitamos de providência de efeito mais profundo, porque sempre aparece um dia em que as brigas e os desacordos terminam com os remédios da humildade e com o socorro da oração.
A essa altura, ergueu-se o condutor das falanges da desordem e ponderou:
– Se o problema é de reuniões, conseguiremos liquidá-lo em três tempos. Buscaremos sugerir aos membros dessas instituições que o lugar dos conclaves é muito longe e que não lhes convém afrontar as surpresas desagradáveis da via pública. Faremos que o horário das reuniões coincida com o lançamento de filmes especiais ou com festividades domésticas de data fixa. Improvisaremos tentações determinadas para os companheiros que possuam maiores deveres e responsabilidades junto às assembléias, a fim de que os iniciantes não venham a perseverar no trabalho da própria elevação. Organizaremos dificuldades para as conduções e atrairemos visitas afetuosas que cheguem no momento exato da saída para os cultos espíritas cristãos. Tumultuaremos o ambiente nos lares, escondendo chapéus e bolsas, carteiras e chaves para que os crentes se tomem de mau humor, desistindo do serviço espiritual e desacreditando a própria fé.
O soberano das trevas mostrou larga satisfação no semblante e ajuntou:
– Sim, isso é precioso trabalho de rotina que não podemos menosprezar. Entretanto, carecemos de recurso diferente.
O responsável pelas falanges da dúvida ergueu-se e disse:
– As reuniões referidas são sempre mais valiosas com o auxílio de médiuns competentes. Buscaremos desalentá-los e dispersá-los, penetrando a onda mental em que se comunicam com os Benfeitores Celestes, fazendo-lhes crer que a palavra do Além resulta de um engano deles próprios, obrigando-os a se sentirem mentirosos, palhaços, embusteiros e mistificadores, sem qualquer confiança em si mesmos, para que as assembléias se vejam incapazes e desmoralizadas…
O mentor do recinto aprovou a alegação, mas considerou:
– Indiscutivelmente, o combate aos médiuns não pode esmorecer, entretanto, precisamos de providência mais viva, mais penetrante…
Foi então que o orientador das falanges da preguiça se levantou, tomou a palavra, e falou respeitoso:
– Ilustre chefe, creio que a melhor medida será recordar ao pensamento de todos os membros das agremiações espíritas que Deus existe, que Jesus é o Guia da Humanidade, que a alma é imortal, que a Justiça Divina é indefectível, que a reencarnação é uma verdade inconteste e que a oração é uma escada solar, reunindo a Terra ao Céu…
O soberano das sombras, porém, entre o espanto e a ira, cortou-lhe a palavra, exclamando:
– Onde pretende chegar com semelhantes afirmações?
O comandante dos exércitos preguiçosos acrescentou, sem perturbar-se:
– Sim, diremos que o Espiritismo com Jesus, pedindo às almas encarnadas para que se regenerem, buscando o conhecimento superior e servindo à caridade, é, de fato, o roteiro da luz, mas que há tempo bastante para a redenção, que ninguém precisa incomodar-se, que as realizações edificantes não efetuadas numa existência podem ser atendidas em outras, que tudo deve permanecer agora como está no íntimo de cada criatura na carne para vermos como ficarão depois da morte, que a liberalidade do Senhor é incomensurável e que todos os serviços e reformas da consciência, marcados para hoje, podem ser transferidos para amanhã… Desse modo, tanto vale viverem no Espiritismo como fora dele, com fé ou sem fé, porque o salário de inutilidade será sempre o mesmo…
O rei das sombras sorriu feliz, e concordou:
– Oh! até que enfim descobrimos a solução!…
De todos os lados ouviam-se risonhas exclamações:
– Bravos! Muito bem! Muito bem!
O argumento do astucioso condutor das falanges da inércia havia vencido.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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FICA CONOSCO, SENHOR


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FICA CONOSCO, SENHOR
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Pelo Espírito Maria Dolores. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Caridade. Lição nº 40. Página 145.

Senhor Jesus,
Sobre a Terra de agora, ansiosa e agitada,
Que a ciência domina,
Muitas idéias novas pela estrada
Sonegam-te, no mundo, a Presença Divina…
O homem super-culto,
Nas invenções geniais e nos feitos de vulto,
Experimenta, experimenta…
Entretanto, Senhor, por mais se lhe permite
Revelações dos céus, sem pausa e sem limite,
Ei-lo na indagação
Em que não se contenta…

Projetando satélites no Espaço
E entesourando láureas da cultura
Nem por isso largou-se
Do tédio, do azedume, do cansaço
De alma triste e insegura…
Toda a Terra é um arsenal de maquinas potentes…
Sondas, computadores…
Investiga-se os mundos exteriores,
Conclama-se ao progresso
Todos os continentes…

Mas a guerra campeia,
O cérebro sem fé como que se incendeia
E a violência se espalha mundo afora…
É por isso, Jesus, que te pedimos:
Fica conosco, em nossos vales,
Enquanto tantos gênios
Pairam em altos cimos,
Brilhando sem saber onde os bens e onde os males!…
Conserva-nos a fé por luz acesa
E ajuda-nos a ver na terrestre grandeza
Com a benção de amor em que nos guardas.
As longas retaguardas
Dos irmãos despojados de esperança,
A fim de socorrê-los em teu nome…

Atenua, Senhor, a mágoa dessas vidas
Que a tristeza consome
Na dor que não descansa.

Ergue de novo, os corações caídos
Em desesperação
A buscarem na cinza os ausentes queridos
Que a morte lhes furtou em processo violento,
Ajuda-nos a ver o sofrimento
Que o radar não percebe e o motor não consola…

Substitui, Jesus, pelo apoio da escola
A sombra do presídio que segrega
Os irmãos que a revolta inda inspira e carrega
Para os despenhadeiros da existência…

Fica conosco, Mestre, e faze-nos prover
De auxílio e reconforto,
O sentimento amargo e semi-morto
Da multidão sem paz, a chorar e a sofrer…

Na fé que o teu amparo nos descerra
Deixa-nos atingir o coração da Terra!…
Faze que o Sol da Caridade
A irradiar-te as bênçãos de alegria,
Envolva, dia a dia,
O pão que nutre o Bem de Toda a Humanidade.

Não nos deixes a sós
E ensina-nos, Senhor,
A encontrar finalmente em cada um de nós
O caminho de luz do teu reino de amor!…
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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“No relacionamento com os outros, observa o que fazes; busquemos agir agora de tal modo que não venhamos a sentir qualquer arrependimento depois; o bem aos outros seja nossa diretriz; lembra-te, em matéria de atitudes a vida não fornece cópias para revisão. ” Emmanuel & Chico Xavier. Lição: Agora é o tempo.
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EXTINÇÃO DO MAL


EXTINÇÃO DO MAL
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Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Brilhe Vossa Luz. Lição nº 21. Página 69.

Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
A ignorância: com a instrução;
O ódio: com o amor;
A necessidade: com o socorro;
O desequilíbrio: com o reajuste;
A ferida: com o bálsamo;
A dor: com o sedativo;
A doença: com o remédio;
A sombra: com a luz;
A fome: com o alimento;
O fogo: com a água;
A ofensa: com o perdão;
O desânimo: com a esperança;
A maldição: com a benção.
Somente nós, as criaturas humanas por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.
O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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“Enquanto cultivarmos melindres e ressentimentos; enquanto não pudermos aceitar os próprios adversários na condição de filhos de Deus e irmãos nossos, tão dignos de amparo quanto nós mesmos; enquanto sonegarmos serviço fraterno aos que ainda não nos estimem; e enquanto nos irritarmos inutilmente, a felicidade para nós é impossível”. Emmanuel & Chico Xavier. Lição: Problema Nosso. Livro de Respostas.
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BOA VONTADE


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BOA VONTADE
Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Instruções Psicofônicas. Lição nº 45. Página 207.

Finalizando as nossas tarefas da noite de 20 de janeiro de 1955, foi Meimei quem nos trouxe o reconforto de sua palavra. Expressando-se com o carinho que lhe assinala as manifestações, falou-nos sobre os méritos da Boa Vontade.

O Sol é a força que nutre a vida na Terra.
A Boa Vontade é a luz que alimenta a harmonia entre as criaturas.
Acendamo-la no coração para caminhar com segurança e valor.
No lar, é chama atraente e doce.
Em sociedade, é fonte de concórdia e alegria.
Onde falha o dinheiro e onde o poder humano é insignificante, realiza milagres.
Ao alcance de todos, não a desprezemos.
Em todos os lugares, há chagas que pedem bálsamo, complicações que rogam silêncio, desventuras que esperam socorro e obstáculos que imploram concurso amigo.
Muitos aguardam lances públicos de notabilidade e inteligência, no cultivo da caridade, acabando vencidos pelo tempo, entre a insatisfação e o desencanto.
Sejamos nós soldados diligentes no exército do bem, anônimos e humildes, atravessando os dias no culto fiel à fraternidade.
O ódio e a ignorância guerreiam com ímpeto, conquistando no mundo o salário da miséria e da morte.
O amor e o serviço lutam sem alarde, construindo o progresso e enaltecendo a vida.
Com a Boa Vontade, aprendemos a encontrar o irmão que chora, o companheiro em dificuldade, o doente infeliz, a criança desamparada, o animal ferido, a árvore sem proteção e a terra seca, prestando-lhes cooperação desinteressada, e é por ela que podemos exercitar o dom de servir, através das pequeninas obrigações de cada dia, estendendo mãos fraternas, silenciando a acusação descabida, sofreando a agressividade e calando a palavra imprudente.
Situemo-la no princípio de todas as nossas atividades, a fim de que as nossas iniciativas e anseios, conversações e entendimentos não se desviem da luz.
Lembremo-nos de que a Paz e a Boa Vontade devem brilhar em nossos triunfos maiores ou menores com o nosso Divino Mestre.
É por isso que o Evangelho no berço de Jesus começa com a exaltação inesquecível das milícias celestiais:
– “Glória a Deus nas alturas, Paz na Terra e Boa-Vontade para com os homens.”
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Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL

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ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL
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Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Mãos Marcadas. Lição nº 36. Página 135.

Qual sucede no plano dos companheiros, ainda jungidos à veste física, também nós, os desencarnados, sofremos o desafio de rudes problemas que nos são endereçados da Terra, ansiando vê-los definitivamente solucionadas, entretanto é preciso conformar as próprias deliberações aos impositivos da vida.
Entendimento não é construção que se levante de afogadilho e a morte do corpo denso não marmoriza as fibras da alma.

Muitas vezes, trememos diante dos perigos que nos desdobram à frente de seres amados e outro recurso não identificamos para sossegar-nos a alma senão a prece que nos induz à aceitação da Eterna Sabedoria.
Afligimo-nos, perante filhos queridos, engodados por terríveis enganos e tudo daríamos de nós, para que se harmonizassem com a realidade, sem perda de tempo, mas é forçoso respeitar-lhes o livre arbítrio e contar com o benefício do desencanto, a fim de que a experiência se lhes amadureça, no âmago do ser, por fruto precioso de segurança.

Partilhamos a dor de enfermos estremecidos que nos envolvem o pensamento nas vibrações atormentadas dos rogos com que nos aguardam a intervenção e renunciaríamos de pronto, a tudo o que significasse nossa própria alegria para rearticular lhes a saúde terrestre, entretanto, cabe-nos a obrigação de acalentar-lhes a coragem no sofrimento inevitável às vitórias morais deles mesmos.

Acompanhamos as provas de amigos inolvidáveis que se arrastam em asfixiantes peregrinações no mundo, e, jubilosos, tomar-lhes-íamos o lugar sob as cruzes que carregam, mas é necessário fortalecer-lhes o ânimo, para que não desfaleçam na luta, único meio que lhes garantirá o próprio resgate para a grande libertação.

Seguimos o curso de acontecimentos desagradáveis, entre irmãos que nos partilham ideais e tarefas, entendendo que qualquer sacrifício justo ser-nos-ia uma benção para furtá-los aos conflitos que lhes ferem a sensibilidade, contudo, é imperioso, de nossa parte, sustentar-lhes as forças, na travessia das crises menores que lhes vergastam o coração no presente, para que se lhes ilumine o aprendizado e se lhes acorde mais vivamente o senso de responsabilidade no dever a cumprir, evitando-se calamidades maiores que cairiam, de futuro, por agentes arrasadores, nas construções espirituais deles próprios.
Todos somos de Deus e pertencemo-nos uns aos outros, no entanto, cada qual de nós estagia mentalmente em sítio diverso da evolução.

Por esse motivo, nas dificuldades e lutas que nos são próprias, suplicamos à Infinita Bondade concessões disso ou daquilo, mas só a Infinita Bondade conhece realmente o que necessitamos daquilo ou disso.

Condicionemos, assim, os próprios desejos à Divina Orientação que dirige o Universo em Divino Silêncio, porque foi ao reconhecer-nos por enquanto incapazes de querer e saber, acertadamente, o que mais nos convenha à verdadeira felicidade, é que Jesus nos ensinou a sentir e dizer na oração, diante do Pai: – ”Seja feita a vossa vontade, tanto na Terra, quanto nos Céus…”
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Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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PRECEITOS DE TODA HORA

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PRECEITOS DE TODA HORA
Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Ideal Espírita. Lição nº 88. Página 209.

Caminhe com firmeza. Quem se acomoda com a precipitação tropeça a cada instante.
Examine a você mesmo. Na vigilância constante, educará você os próprios impulsos.
Higienize a própria mente, trabalhando no bem sem desânimo. O cérebro preguiçoso acumula resíduos indesejáveis.
Escute seu irmão sem reproches. A caridade real começa na atenção generosa e amiga.
Aperfeiçoe o procedimento. Hoje melhorado é amanhã mais feliz.
Ampare o coração combalido. Ninguém pode prever a saúde próxima do próprio coração.
Faça luz com a sua palavra. Se hoje pode você orientar é possível que amanhã esteja você rogando conselhos.
Sofra com paciência e serenidade. No braseiro da revolta, ninguém consegue aproveitar a dor.
Melhore o vocabulário. Há palavras que, excessivamente repetidas, perdem a significação que lhes é própria.
Cultive a simplicidade. Embora não pareça, o Universo é imponente conjunto de Leis claras e coisas simples.
Sirva sempre. O tédio é o salário de quem vive reclamando o serviço dos outros.
Improvise o Bem onde você estiver. A sombra do mal é assim como o detrito que invade tudo, quando a limpeza está ausente.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio.fcvv@gmail.com; asavio13@uol.com.br;
“Em muitas ocasiões, perguntas se a tua religião é realmente a melhor.
Faze o exame da própria fé. E, se dúvidas te avassalam o pensamento em matéria de crença, conduta, preconceitos e tradições, entra no mundo de ti mesmo e indaga da própria consciência qual teria sido entre os homens, a religião de Jesus”.
Emmanuel & Chico Xavier. Lição: Tua Religião. Livro: Mãos Marcadas.
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PASSANDO PELA TERRA

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PASSANDO PELA TERRA
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Calma. Lição nº 02. Página 19.

Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em Estágio Educativo na Terra.
Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo.
Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem.
Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes.
Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes.
Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espíritos ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.
Levanta os caídos e ampara os que tropecem.
Não te lamentes.
Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores.
Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência.
Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal.
Auxilia aos outros, quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício, tantas vezes quantas isso te for solicitado.
Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra, a caminho da Vida Maior.
Louva, agradece, abençoa e serve sempre.
E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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“Em muitas ocasiões, perguntas se a tua religião é realmente a melhor. Faze o exame da própria fé.
E, se dúvidas te avassalam o pensamento em matéria de crença, conduta, preconceitos e tradições, entra no mundo de ti mesmo e indaga da própria consciência qual teria sido entre os homens, a religião de Jesus”.
Emmanuel & Chico Xavier. Lição: Tua Religião. Livro: Mãos Marcadas.
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Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
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DEUS NOSSO PAI

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DEUS NOSSO PAI
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DEUS NOSSO PAI
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Canais da Vida. Lição nº XX. Página 91.

A pedra sonha com a sensação de planta.
A árvore aspira o instinto animal.
A fera vislumbra a inteligência.
O selvagem candidata-se à luz da razão.
O homem deseja para si o brilho do anjo.
E o anjo entrevê a celeste escalada de posições que ainda lhe cabe atravessar no rumo da integração com a Munificência Divina.
Seres em crescimento, tão distantes da sublimação, quanto o orangotango ainda se encontra longe de nós, na insignificância de nossas aquisições e valores, qualquer definição de Deus nos escapa por insuficiência de percepção e compreensão.
O verme defronta pela excelsitude da natureza, jamais conseguirá, em sua condição, penetrar as leis da botânica e a ave pequenina, embora refletindo nas asas tenras o fulgor solar, não pode analisar os fenômenos da luz. Entretanto, o verme e a ave atendem às funções que lhes cabem na economia do mundo e envolvem, dia a dia, para mais altos recursos da forma, no caminho do progresso constante.
Seria temeridade de nossa parte desafiar a Divina Sabedoria com qualquer classificação de seus atributos.
Espíritos humanos em desenvolvimento, no corpo físico ou fora dele, não podemos trair a posição em que nos situamos, competindo-nos, por agora, não a veleidade de compreender o Plano do Universo, mas sim a obrigação de acatar-lhe os desígnios, abraçando o serviço que a Lei nos reserva no campo de aperfeiçoamento que nos cabe lavrar.
Ainda assim, se buscamos exata notícia do Criador, adotemos a de Cristo que no-lo revelou na posição de “Nosso Pai”. Nosso Pai que nos provê de recursos em todas as necessidades e que se acurva amoroso e solícito na proteção para todas as criaturas. Nosso Pai que vela pela magnificência dos astros com a mesma ternura com que sustenta a larva no subsolo.
Em verdade, por agora, nossa inteligência é demasiado estreita para conter qualquer conceituação do Infinito, cabendo-nos, por bênção e honra, o trabalho incessante no bem para libertação e aprimoramento de nossas possibilidades virtuais.
Pelo coração, no entanto, ser-nos-á possível buscar o exemplo de Jesus e sentir o Supremo Senhor por Nosso Pai de Sabedoria e Misericórdia. Através do amor, a estrela se comunica com o grão de areia e se a gota do oceano não lhe pode medir a extensão e a grandeza, traz consigo, na intimidade da própria estrutura, o gosto característico do mar.
*
Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
email’s: asavio921@uol.com.br; asavio@uaivip.com.br; asavio.fcvv@gmail.com; asavio13@uol.com.br;
“Em muitas ocasiões, perguntas se a tua religião é realmente a melhor. Faze o exame da própria fé.
E, se dúvidas te avassalam o pensamento em matéria de crença, conduta, preconceitos e tradições, entra no mundo de ti mesmo e indaga da própria consciência qual teria sido entre os homens, a religião de Jesus”.
Emmanuel & Chico Xavier. Lição: Tua Religião. Livro: Mãos Marcadas.
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SE LHE FALTA


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SE LHE FALTA
Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Família. Lição nº 14. Página 95.

Se lhe falta alguma utilidade, peça o amparo dos outros, buscando ser útil. Ninguém precisa roubar.
Se lhe falta saúde, proteja as energias de que ainda dispõe. O fato remendado é uma benção para quem podia estar nu.
Se lhe falta afeição, procure a simpatia do próximo com nobreza. Há milhares de criaturas, mentalizando o suicídio por que lhes falta a estima de alguém.
Se lhe falta tranquilidade, tente encontrá-la em você. Entra no fogo quem quer.
Se lhe falta força, descanse e recomece. Muito difícil estabelecer o ponto de interação entre o cansaço e a preguiça.
Se lhe falta instrução, dê mais algum tempo no estudo. A Terra está inundada de livros.
Se lhe falta trabalho, não fique esperando. Há uma enxada disponível em toda parte.
Se lhe falta aprovação alheia ao esforço sincero de servir e de aprimorar-se, continue fazendo o melhor ao seu alcance. Aqueles que perdoam as nossas imperfeições e nos abençoam em nossas dificuldades são superiores a nós, mas aqueles que nos criticam ou complicam são tão necessitados quanto nós mesmos.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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“O que sentes revela o rumo para onde te diriges;
O que pensas te aponta o lugar em que te encontras;
O que falas indica o que sabes;
O que fazes mostra quem és.”
Emmanuel & Chico Xavier. Livro: Caminhos
Lição nº 02: Definições – Página nº 17.
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LEI E VIDA

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LEI E VIDA
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Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Ceifa de Luz. Lição nº 25. Página 91.

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir.” Jesus. Mateus, 5:17.

“Não matarás”, diz a Lei.
O texto não se refere, porém, unicamente, à vida dos semelhantes.
Não frustrarás a tarefa dos outros, porque a suponhas inadequada, de vez que toda tarefa promove quem a executa, sempre que nobremente cumprida.
Não dilapidarás a esperança de ninguém, porquanto a felicidade, no fundo, não é a mesma na experiência de cada um.
Não destruirás a coragem daqueles que sonham ou trabalham em teu caminho, considerando que, de criatura para criatura, difere a face do êxito.
Não aniquilarás com inutilidades o tempo de teus irmãos, porque toda hora é agente sagrado nos valores da criação.
Não extinguirás a afeição na alma alheia, porquanto ignoramos, todos nós, com que instrumento de amor a Sabedoria Divina pretende mover os corações que nos partilham a marcha.
Não exterminarás a fé no espírito dos companheiros que renteiam contigo, observando-se que as estradas para Deus obedecem a estruturas e direções que variam ao infinito.
Reflitamos no bem do próximo, respeitando-lhe a forma e a vida.
A Lei não traça especificações ou condições dentro do assunto; preceitua, simplesmente: “Não Matarás”.
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O que falas indica o que sabes;
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Emmanuel & Chico Xavier. Livro: Caminhos
Lição nº 02: Definições – Página nº 17.
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O Celeste Benfeitor


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RESPOSTAS DO ALTO
Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Fé. Lição nº 08. Página 30.

Existiu um homem que ansiava de tal modo encontrar o Cristo de Deus que foi amplamente observado por Ele, passando a ser acompanhado por vários Mensageiros da Vida Maior com especial atenção.
No afã de integrar-se no trabalho do Excelso Amigo, esmerou-se o devoto nas petições.
Queria viver com Jesus, entregar-se a Jesus e interpretar Jesus…
E propunha-se a obter tudo isso com urgência.
Alvoroçado, notou que começava para ele longa série de surpresas.
Pediu saúde, a fim de agir com intensidade, mas a vida lhe trouxe a doença.
Rogou um corpo belo e atraente, no entanto, num momento difícil, foi prejudicado no rosto, apresentando-se, desse modo, com a face deformada.
Solicitou dinheiro farto, entretanto, unicamente conseguiu o trabalho sacrificial que lhe garantia a aquisição do extremamente necessário.
Quis formar um grupo de companheiro que lhe partilhassem as atividades na lavoura do bem, contudo não apareceu ninguém que se dispusesse a segui-lo, obrigando-se por isso, a sair sozinho para atender às súplicas de pessoas infelizes que lhe rogavam o benefício da prece.
Insistiu, através de repetidas orações, para que o Céu lhe concedesse um clima de paz que lhe facilitasse a execução de encargos determinados, mas viveu cercado de perseguições e conflitos, perturbações e sarcasmos que lhe flagelavam a existência.
De corpo envelhecido, certo dia, viu a morte chegando, de manso, apagando-lhe as pupilas.
Ele despertou do grande sono de que se via objeto e viu Jesus que o esperava.
O companheiro se desconcertou e falou, dizendo: – Senhor, desejei tanto servir-te, mas tudo em meu caminho terrestre me foi contra. Qual teria sido, Senhor, a potestade das trevas que me atormentou a vida inteira?
O Celeste Benfeitor, entretanto, esclareceu, com serenidade: – Fui eu mesmo quem te enviou a doença e a deformidade física, a pobreza e a solidão…
– E por quê? – suspirou o devoto recém desencarnado.
Jesus, porém, respondeu com sabedoria: – Disseste tantas vezes que me desejavas a presença e a intimidade, a fim de trabalharmos juntos que, sem os auxiliares aos quais te confiei, não conseguirias caminhar com segurança, para doar-me à felicidade de conviver comigo.
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Emmanuel & Chico Xavier. Livro: Caminhos
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NOS GRANDES MOMENTOS

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NOS GRANDES MOMENTOS
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Trilha de Luz. Lição nº 19. Página 87.

“E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe, vendo estas coisas”. Lucas, 23:49

A solidão de Jesus no Calvário é uma lição viva aos discípulos do Evangelho, em todos os tempos.
Quase sempre os aprendizes procuram impor ao próximo o seu modo de sentir.
Às vezes, quando menos avisados, raiam pela imprudência, ansiosos da renovação imediata de amigos, conhecidos, familiares. Suas atividades se convertem num conjunto de inquietações indevidas.
Andam esquecidos de que cada um será compelido ao testemunho nos grandes momentos. E, quando chegado o ensejo, devem contar, acima de tudo, com Deus e consigo próprios.
Jesus, no apostolado da luz e do bem, junto ao espírito popular, formara compacta legião de amigos.
Todos os beneficiários de sua obra o seguiam em admiração constante.
Volteavam-lhe em torno dos passos não só os admiradores, os aprendizes, os curiosos, mas, também os doentes da véspera, reintegrados no tesouro da saúde, à força da sua dedicação divina.
No grande momento, porém, quando as sombras do martírio lhe amortalhavam o coração, todos os participantes de suas caminhadas se recolheram à distância da cruz, contemplando-o de longe.
Não se ouviu a voz de nenhum beneficiado ao pé do Calvário. Ninguém lhe recordou, no extremo instantes, as obras generosas, perante os algozes que o apupavam.
E o ensinamento ficou para que cada aprendiz, no decurso do tempo, não esqueça a necessidade do próprio valor.
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Vida Imperecível

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Vida Imperecível
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DECÁLOGO DA PALAVRA
Pelo Espírito Hilário Silva. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Fé. Lição nº 06. Página 24.

1) Não grite. Converse. A voz muito alta é semelhante a uma agressão sonora.
2) Não discuta. O diálogo é a melhor forma de entendimento.
3) Não conte vantagens. Muitos de nossos interlocutores possuem méritos que ainda estamos longe de adquirir.
4) Não ridicularize a ninguém. Todos somos passíveis de errar.
5) Não critique. Nenhum de nós está isento de observações corretivas, em nosso próprio favor.
6) Fale auxiliando. Uma frase de compreensão e de simpatia ampara sempre.
7) Não censure a quem quer que seja. Quando não seja exatamente por nós, precisamos de apoio verbal construtivo, em benefício de muitos dos nossos entes amados.
8) Não use palavras inadequadas ou ofensivas a essa ou àquela pessoa. Todos precisamos do respeito de uns para com os outros, a fim de vivermos em paz.
9) Não escolha o pessimismo para liderar a sua conversação. Não existe ninguém que não necessite de esperança e otimismo, na execução do próprio dever.
10) Nunca se arrependerá você de haver falado bem. É pela palavra edificante que mais depressa nos deslocamos para diante, buscando as conquistas da Vida Imperecível.
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INSISTAMOS NO BEM


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INSISTAMOS NO BEM
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Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Nosso Livro. Lição nº 22. Página 55.

Alguém recusou a verdade e a bênção de que te fizeste mensageiro? Insiste ainda. Não abandones o ensejo de estender o bem. Não profiras palavra de maldição, não acuses, não critiques.
Cada criatura vive no centro de problemas nem sempre acessíveis ao nosso primeiro olhar.
Persevera nas demonstrações de bondade e compreensão.
É possível que a tua frase contundente fira o próximo.
Ministremos a cada doente o remédio que lhe corresponde. O sorriso de fraternidade, a ajuda silenciosa, a humildade sem alarde, a flor da gentileza e o gesto amigo cabem, prodigiosamente, em qualquer parte.
Acima do “convencer”, permanece o “auxiliar”.
Ao grelo tenro não se pedem os frutos da árvore venerável e do vinagre compacto não se deve esperar a corrente de mel.
Aproveitemos o tempo, espalhando o amor com que o Cristo nos dotou os corações.
É possível que o veio de ouro esteja profundo na montanha da ignorância e da maldade. Insistamos, porém, e lavremos a terra, penetrando-lhe os recessos, sem ruído e sem ofensa.
Dificuldades incontáveis ocultam, ainda hoje, a visão da riqueza escondida? Não importa. Amanhã, o sol reaparecerá, outra vez, no horizonte, a chuva da divina misericórdia terá lavado os detritos do solo e atingiremos a glória da realização.
Atende ao bem, agora, em paz, hoje e amanhã, aqui e onde estiveres, porque Jesus igualmente persiste nele e prometeu que o Reino da Luz será conferido a quantos saibam perseverar até o fim.
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Sabedoria!

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Sabedoria!
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Considere a proposta!
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PRINCÍPIOS REDENTORES
Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Agenda Cristã. Lição nº 02. Página 15.

Não se esqueça de que Deus é o tema central de nossos destinos.
Deseje o bem dos outros, tanto quanto deseja o próprio bem.
Concorde imediatamente com os adversários.
Respeite a opinião dos vizinhos.
Evite contendas desagradáveis.
Empreste sem aguardar restituição.
Dê seu concurso às boas obras, com alegria.
Não se preocupe com os caluniadores.
Agradeça ao inimigo pelo valor que ele lhe atribui.
Ajude as crianças.
Não desampare os velhos e doentes.
Pense em você, por último, em qualquer jogo de benefícios.
Desculpe sinceramente.
Não critique a ninguém.
Repare seus defeitos, antes de corrigir os alheios.
Use a fé e a prudência.
Aprenda a semear, preparando boa ceifa.
Não peça uvas ao espinheiro.
Liberte-se do peso de excessivas convenções.
Cultive a simplicidade.
Fale o menos possível, relativamente a você e a seus problemas.
Estimule as qualidades nobres dos companheiros.
Trabalhe no bem de todos.
Valorize o tempo.
Metodize o trabalho, sabendo que cada dia tem as suas obrigações.
Não se aflija.
Sirva a toda gente sem prender-se.
Seja alegre, justo e agradecido.
Jamais imponha seus pontos de vista.
Lembre-se de que o mundo não foi feito apenas para você.
As ciências sociais de hoje apresentam semelhantes princípios como novidades.
No entanto, são antigos.
Chegaram à Terra, com o Cristo, há quase vinte séculos.
Nós outros, porém, espíritos atrasados no entendimento, somos ainda tardios na aplicação.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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“Os que tombaram em sofrimento!… Deixa que a voz deles te alcance a vida. Não te presumas tão longe, frequentemente, o espaço que os distancia não é senão aquele que te separa do lar vizinho. As mães dos obsessores e dos ingratos, ainda quando desencarnados, estão vivas!… Elas vibram de esperança e felicidade com os teus gestos de amor e te dirão, em preces de alegria, no silêncio da alma: “Deus te guarde e te abençoe…”
Emmanuel & Chico Xavier. Livro: Caminho Espírita. Lição: Auxiliemos. Página nº 84.
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A EXALTAÇÃO DA CORTESIA


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A EXALTAÇÃO DA CORTESIA
Pelo Espírito Neio Lucio. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Jesus no Lar. Lição nº 17. Página 79.

À frente da multidão de sofredores e desalentados, relacionou o Mestre as Bem Aventuranças, destacando, com ênfase, a declaração de que os mansos herdariam a Terra.
A afirmativa, porém, soou entre os discípulos de maneira menos agradável.
Tal asserção não seria encorajamento à ociosidade mental?
Se o Evangelho reclamava espíritos valorosos na sementeira das verdades renovadoras, como acomodar a promessa com a necessidade do destemor?
Se o mal era atrevido e contundente, em todos os climas e posições, como estabelecer o triunfo inadiável do bem através da incapacidade de reagir, embora pacificamente?
Nessas interrogações imprecisas, reuniu-se a assembleia familiar no domicilio de Pedro.
Iniciados os comentários edificantes da noite, entreolhavam-se os discípulos entre a indagação e a curiosidade.
O Divino Amigo parecia perceber os motivos da expectação, em torno, mas esperava, sereno, que os seguidores se pronunciassem.
Foi então que Judas, rompendo o véu de respeito que aureolava a presença do Mestre, inquiriu, loquaz:
– Senhor, por que atribuíste aos mansos a posse final da Terra? Os corações acovardados gozarão de semelhante bênção?
Os incapazes de testemunhar a fé, nos momentos graves de luta e sacrifício, serão igualmente bem aventurados?
Jesus não respondeu, de imediato.
Vagueou o olhar, através dos circunstantes, como a pedir-lhes a exposição de quaisquer dúvidas que lhes povoassem a alma.
Pedro cobrou ânimo e perguntou:
– Sim, Mestre: se um malfeitor visitar-me a casa, não devo recordar-lhe os imperativos do acatamento recíproco? entregar-me-ei sem qualquer admoestação fraternal aos seus delituosos caprichos, a pretexto de guardar a mansidão a que te referiste?
O Cristo sorriu, como tantas vezes, e enunciou, calmo:
– Enganaram-se todos, naturalmente. Eu não fiz o elogio da preguiça, que se mascara de humildade, nem da covardia que se veste de cordura para melhor acomodar-se às conveniências humanas. As criaturas que se afeiçoam a semelhantes artifícios sofrerão duramente os instrumentos espirituais de que o mundo se utiliza para reajustar os caracteres tortuosos e indecisos.
Exaltei, na realidade, a cortesia de que somos credores uns dos outros.
Bem aventurados os homens de trato ameno que sabem usar a energia construtiva entre o gesto de bondade e o verbo da compreensão!
Bem aventurados os filhos do equilíbrio e da gentileza que aprendem a negar o mal, sem ferir o irmão ignorante que o solicita sem saber o que pede!
Abençoados os que repetem mil vezes a mesma lição, sem alarde, para que o próximo lhes aproveite a influenciação na felicidade justa de todos!
Bem aventurados aqueles que sabem tratar o rico e o pobre, o sábio e o inculto, o bom e o mau, com espírito de serviço e entendimento, dando a cada um, de conformidade com os seus méritos e necessidades e deixando os sinais de melhoria, de elevação, bem estar e contentamento por onde cruzam!
Em verdade vos digo que a eles pertencerá o domínio espiritual da Terra, porque todo aquele que acolhe os semelhantes, dentro das normas do amor e do respeito, é senhor dos corações que se aperfeiçoam no mundo!
Alívio e alegria transbordaram do ânimo geral e, de olhos fitos, agora, nas águas imensas do grande lago, o Senhor pediu a Mateus encerrasse o fraterno entendimento da noite, pronunciando uma prece.
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“Não gaste impensadamente os seus dias na pregação desesperada de princípios renovadores que você mesmo tem dificuldade de abraçar. Corrijamos em nós o que nos aborrece nos outros e Jesus fará o resto pela felicidade do mundo inteiro”.
Bezerra de Menezes & Chico Xavier. Livro: Seguindo Juntos. Lição: Ponderação. Página nº 84.
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DIANTE DO BEM


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DIANTE DO BEM
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Mãos Unidas. Lição nº 03. Página 19.

Diante de cada dia que surge, reflitamos na edificação do bem a que somos chamados.
Para isso, comecemos abençoando pessoas e acontecimentos, circunstâncias e coisas, para que o melhor se realize.
De princípio costumam repontar no cotidiano os problemas triviais do instituto doméstico.
Habitualmente aparece o assunto palpitante da hora, solicitando-nos atenção. Saibamos subtrair-lhe a sombra provável projetando nele a réstea de luz que sejamos capazes de improvisar.
Logo após, de imediato, estamos quase sempre defrontados pelos contratempos de ordem familiar. Renteando com eles, usemos o verbo calmante e conciliador para que as engrenagens do lar funcionem lubrificadas em bálsamo de harmonia.
Mais adiante é o grupo de trabalho com os pontos fracos à mostra. Abracemos com paciência e alegria as tarefas excedentes que se nos imponha, esquecendo essa ou aquela falha dos companheiros e trazendo à nós sem queixa ou censura a obrigação que ficou por fazer.
Em seguida é o campo vasto das relações, com as surpresas menos felizes que sobrevenham: o amigo modificado, a trama da incompreensão, a atitude mal interpretada, o irmão que se vai para longe de nós…
A cada ocorrência menos agradável procuremos responder com os nossos mais altos recursos de entendimento, justificando o amigo que se transforma, desfazendo sem mágoa o emaranhado das trevas, removendo equívocos em pauta e apoiando o colega que se afasta, oferecendo-lhe a íntima certeza com referência à continuidade de nossa estima.
Tudo o que existe é peça da vida e se aqui ou além, a deficiência aparece, isso significa que a obra do Bem, nessa ou naquela peça da vida está pedindo a nossa colaboração a fim de que lhe doemos o pedaço de Bem, que porventura ainda lhe falte.
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O homem perguntou ao trabalho: – Qual o elemento mais resistente que encontraste, observando a natureza?
– A pedra, respondeu o trabalho.
A água que corria brandamente em derredor; escutou o que se dizia e, em silêncio, descobriu um meio de pingar sobre a pedra e, com algum tempo, abriu-lhe grande brecha, através da qual a água passava de um lado para outro.
O homem anotou o acontecido e indagou da água sobre o instrumento que ela usara para realizar aquele prodígio:
– A água humilde respondeu simplesmente: – Foi a Paciência.
Emmanuel & Chico Xavier. Livro: A Semente de Mostarda. Lição nº 27. Lição: Paciência e Prodígio.
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LOUVORES RECUSADOS


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LOUVORES RECUSADOS
Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos).
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Contos e Apólogos. Lição nº 13. Página 61.

Conta-se no plano espiritual que Vicente de Paulo oficiava num templo aristocrático da França, em cerimônia de grande gala, à frente de ricos senhores coloniais, capitães do mar, guerreiros condecorados, políticos ociosos e avarentos sórdidos, quando, a certa altura da solenidade, se verificou à frente do altar inesperado louvor público.
Velho corsário abeirou-se da sagrada mesa eucarística e bradou, contrito:
– Senhor, agradeço-te os navios preciosos que colocaste em meu roteiro. Meus negócios estão prósperos, graças a ti, que me designaste boa presa. Não permitas, ó Senhor, que teu servo fiel se perca de miséria. Dar-te-ei valiosos dízimos. Erguerei uma nova igreja em tua honra e tomo os presentes por testemunhas de meu voto espontâneo.
Outro devoto adiantou-se e falou em voz alta:
– Senhor, minhalma freme de júbilo pela herança que enviaste à minha casa pela morte de meu avô que, em outro tempo, te serviu gloriosamente no campo de batalha. Agora podemos, enfim, descansar sob a tua proteção, olvidando o trabalho e a fadiga.
Seja louvado o teu nome para sempre.
Um cavalheiro maduro, exibindo o rosto caprichosamente enrugado, agradeceu:
– Mestre Divino, trago-te a minha gratidão ardente pela vitória na demanda provincial. Eu sabia que a tua bondade não me desprezaria. Graças ao teu poder, minhas terras foram dilatadas. Construirei por isso um santuário em tua memória bendita, para comemorar o triunfo que me conferiste por justiça.
Adornada senhora tomou posição e exclamou:
– Divino Salvador, meus campos da colônia distante, com o teu auxílio, estão agora produzindo satisfatoriamente. Agradeço os negros sadios e submissos que me mandaste e, em sinal de minha sincera contrição, cederei à tua igreja boa parte dos meus rendimentos.
Um homem antigo, de uniforme agaloado, acercou-se do altar e clamou estentórico:
– A ti, Mestre da Infinita Bondade, o meu regozijo pelas gratificações com que fui quinhoado. Os meus latifúndios procedem de tua bênção. É verdade que para preservá-los sustentei a luta e alguns miseráveis foram mortos, mas quem senão tu mesmo colocaria a força em minhas mãos para a defesa indispensável? Doravante, não precisarei cogitar do futuro… De minha poltrona calma, farei orações fervorosas, fugindo ao imundo intercâmbio com os pecadores. Para retribuir-te, ó Eterno Redentor, farei edificar, no burgo onde a minha fortuna domina, um templo digno de tua invocação, recordando-te os sacrifícios na cruz! Os agradecimentos continuavam, quando Vicente de Paulo, assombrado, reparou que a imagem do Nazareno adquiria vida e movimento…
Extático, viu-se à frente do próprio Senhor, que desceu do altar florido, em pranto.
O abnegado sacerdote observou que Jesus se afastava a passo rápido; contudo, em se sentindo junto dele, em se, sentindo e perguntou-lhe, igualmente em lágrimas:
– Senhor, por que te afastas de nós?
O Celeste Amigo ergueu para o clérigo a face melancólica e explicou:
– Vicente de Paulo, sinto-me envergonhado de receber o louvor dos poderosos que desprezam os fracos, dos homens válidos que não trabalham, dos felizes que abandonam os infortunados…
O interlocutor sensível nada mais ouviu.
Cérebro turbilhão desmaiou, ali mesmo, diante da assembléia intrigada, sendo imediatamente substituído, e, febril, delirou alguns dias, prisioneiro de visões que ninguém entendeu.
Quando se levantou da incompreendida enfermidade vestiu-se com a túnica da pobreza, trabalhando incessantemente na caridade, até ao fim de seus dias.
Os adoradores do templo, entretanto, continuaram agradecendo os troféus de sangue, ouro e mentira, diante do mesmo altar e afirmaram que Vicente de Paulo havia enlouquecido.
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Colaborador:
Antônio Sávio de Resende – Tonhão
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O homem perguntou ao trabalho: – Qual o elemento mais resistente que encontraste, observando a natureza?
– A pedra, respondeu o trabalho.
A água que corria brandamente em derredor; escutou o que se dizia e, em silêncio, descobriu um meio de pingar sobre a pedra e, com algum tempo, abriu-lhe grande brecha, através da qual a água passava de um lado para outro.
O homem anotou o acontecido e indagou da água sobre o instrumento que ela usara para realizar aquele prodígio:
– A água humilde respondeu simplesmente: – Foi a Paciência.
Emmanuel & Chico Xavier. Livro: A Semente de Mostarda. Lição nº 27. Lição: Paciência e Prodígio.
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Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 27.941 dias.
Obrigado Senhor!
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