INSTITUTO ARCA

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INSTITUTO ARCA
www.institutoarca.org.br

Convida para seu próximo trabalho de atendimento público, com a energia dos Caboclos,
no axé de nosso Pai Oxóssi, senhor das matas, da fartura, da cura e do conhecimento.

Data: 7 de março – segunda-feira
Horário: a casa abre às 19h30 e os trabalhos têm início às 20h30.
Local: Instituto ARCA – Rua Debret, 26A – sobreloja – Ipiranga

Informações: institutoarca@yahoo.com.br

Os trabalhos são abertos a adultos e crianças!

Sejam todos muito bem-vindos! Okê, Oxóssi! Okê, Caboclos!
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Autora: Maísa Intelisano
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Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 27.617 dias.
Eu TE Agradeço Deus Pai!
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Umbanda

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Umbanda

por Rubem César Fernandes

As primeiras informações registradas sobre a Umbanda datam dos anos 20 deste século e vêm de Niterói, no Rio de Janeiro, Estado onde, em 1941, organizou-se o Primeiro Congresso do Espiritismo de Umbanda.

Estas primeiras notícias, no entanto, faziam já menção à “Macumba”, no intuito de diferenciar-se dela, denotando, portanto, a pré-existência de práticas afins. Múltiplas iniciativas, livres de controles hierárquicos, potencializavam a comunicação entre elementos do catolicismo, do Espiritismo Kardecista e das tradições afro-brasileiras. Uma nova linhagem religiosa emergiu deste turbilhão simbólico, apresentando-se dividida, contudo, entre os nomes de “Umbanda” e “Quimbanda” ou, mais vulgarmente, “Macumba”.

Embora compartilhando um mesmo conjunto de crenças, estes nomes alternativos indicam uma divisão de sentido. Supostamente, a Umbanda trabalharia “para o bem”, enquanto a Quimbanda se distinguiria pela sua intenção de trabalhar “para o mal”. Esta é uma interpretação simplista, no entanto, pois a ambivalência entre o bem e o mal parece ser, na verdade, característica dos fundamentos míticos desta corrente religiosa. Concebe-se inserida num ambiente cósmico dividido entre diversas facções que se relacionam através de ataques e defesas místicas. Como ocorre nas disputas de amor e noutras situações competitivas, o bem de uma parte pode ser o mal de outra, e vice-versa.

A mitologia umbandista tem um claro sentido hierarquizante. As entidades religiosas distribuem-se por sete “Linhas”, comandadas por um orixá ou santo católico. As linhas subdividem-se em “Falanges” e “Legiões”, pelas quais distribuem-se espíritos desencarnados em vários estágios de evolução. O altar principal, chamado “Congá”, costuma ser enfeitado com uma grande quantidade de imagens e objetos, ilustrando a complexidade do panteon umbandista. Estes altares podem ter imagens de Cristo, o Guia do Terreiro, Nossa Senhora, santos como São Lázaro, São Jorge, Cosme e Damião, orixás, pretos velhos, caboclos, velas, colares, flores e por vezes ícones cívicos, como a bandeira nacional. A Umbanda surgiu no entre guerras, momento de forte afirmação do Estado nacional, e se assume como religião patriótica.

O culto é feito numa “Gira”, composta de música e dança sagradas. Os atabaques marcam o ritmo, os médiuns cantam o “ponto” sob a liderança da Mãe ou Pai de Santo, dançam em roda, e recebem os guias espirituais, funcionando como seus “cavalos” ou “aparelhos”. Além de se expressarem dançando a sua energia vital, como ocorre no Candomblé, os guias da Umbanda se apresentam para dar conselhos aos fiéis que se aproximam. Orientam os fiéis e purificam-nos através de “passes”, protegendo-os dos ataques místicos de que são vítimas.

A Mãe e algumas filhas de santo mais desenvolvidas costumam receber fiéis para consultas, o que fazem incorporadas pelos seus guias. Os terreiros de Umbanda tornam-se, assim, centros de avaliação e de resolução de uma infinidade de pequenos conflitos que afligem as pessoas em seu cotidiano. São especialistas na identificação das causas dos infortúnios, profundos conhecedores da psicologia social local. Ajudam a conformá-la, inclusive, emprestando-lhe um sentido maior. As competições cotidianas, cujos resultados desiguais semeiam a inveja e o ressentimento, resultam na produção de feitiços, ou mesmo na simples geração de negatividades que fazem mal. O povo da Umbanda (dir-se-ia o povo brasileiro, em larga escala) leva a sério o “mau olhado”.

Invenção cultural notável, a Umbanda traz, para a interpretação e resolução de conflitos, personagens “marginais” da hierarquia simbólica dominante: caboclos afoitos, que representam os espaços não domesticados das matas; pretos velhos, escravos já à margem do trabalho, que têm a sabedoria realista de uma vida sofrida; exus e pombas giras, identificados a personagens das ruas, que não se escondem atrás de máscaras sociais bem comportadas e que se movem com facilidade pelos meandros perversos dos conflitos humanos; crianças, que ainda não entraram na idade da razão. São estes os guias para a proteção e o aconselhamento. Distantes das autoridades oficiais, sejam seculares ou sagradas, possuem os poderes que se acumulam nas margens das estruturas burocráticas e simbólicas. São poderes usualmente descartados pelas ideologias oficiais, que encontram abrigo na Umbanda e podem, através dela, dar um sentido positivo à sua experiência e ao seu destino.
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Autor:
Rubem César Fernandes formou-se em História, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez mestrado em Filosofia, na Universidade de Varsóvia (Polônia), e tornou-se PhD na Universidade de Colúmbia (Nova York). Foi professor na Universidade de Colúmbia, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Museu Nacional (Rio de Janeiro), na UFRJ e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). É secretário executivo do Instituto de Estudos da Religião (ISER) e secretário executivo do Viva Rio. Autor, entre outros, de Romarias da Paixão (Rio de Janeiro, Rocco, 1995), Privado Porém Público (Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1995), Vocabulário de Idéias Passadas (São Paulo, Relume Dumará, 1995) e Novo Nascimento – Os Evangélicos em Casa, na Igreja e na Política (no prelo).
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Fonte:
http://www2mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/artecult/religiao/umbanda/index.htm
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Publicado em SinapsesLinks:
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Etnias no Brasil / Consciência negra

Etnias no Brasil / Consciência negra

Dificilmente existe uma nação com tão complexa e variada composição étnica de sua população, no caso do Brasil, a formação populacional advém de basicamente cinco distintas fontes migratórias, são elas:

– os nativos, que se encontravam no território antes da chegada dos portugueses, esses povos eram descendentes de homens que chegaram às Américas através do Estreito de Bering;

– os portugueses, que vieram para o Brasil a fim de explorar as riquezas da colônia;

– os negros africanos, que foram trazidos pelos europeus para trabalhar nos engenhos na produção do açúcar a partir do século XVI;

– a intensa imigração européia no Brasil, sobretudo no sul do país;

– a entrada de imigrantes oriundos de várias origens, especialmente vindos da Ásia e Oriente Médio.

Com base nessas considerações, a população brasileira ficou com a seguinte composição étnica:

Brancos: a grande maioria da população branca tem origem européia (ou são descendentes desses), no período colonial vieram para o Brasil: espanhóis, holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal área.

Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou de mão-de-obra escrava no mundo, recebeu aproximadamente 4 milhões de escravos. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste.

Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos portugueses, nesse período os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente existem 170 mil na região norte e no centro-oeste 100 mil.

Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e indígenas, formando três grupos de miscigenação.

Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa 24% da população e ocorre com maior predominância no nordeste e sudeste.

Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas, no país respondem por 16% da população nacional, esse grupo se encontra nas áreas mais longínquas do país.

Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é restrita e corresponde a 3% da população, é encontrado com maior freqüência na Amazônia, Centro-Oeste e nordeste.
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Asiáticos?
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Fonte:
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/as-etnias-no-brasil.htm
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Compilação e ilustração:
Leal ep-leal@uol.com.br
http://sinapseslinks.blogspot.com
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