Chico Xavier
Temas inoportunos
Doenças.
Crimes.
Intrigas.
Crítica.
Sarcasmo.
Contendas domésticas.
Desajustes alheios.
Conflitos sexuais.
Divórcios.
Notas deprimentes com referência aos irmãos considerados estrangeiros.
Racismo.
Preconceitos sociais.
Divergências políticas.
Atritos religiosos.
Auto-elogio.
Carestia de vida.
Males pessoais.
Lamentações.
Comparações pejorativas.
Recordações infelizes.
Reprovação a serviços públicos.
Escândalos.
Infidelidade conjugal.
Pornografia.
Comentários desprimorosos quanto à casa dos outros.
Anedotário inconveniente.
Histórias chulas.
Certamente não existem assuntos indignos da palavra e todos eles podem ser motivo de entendimento e de educação, mas sempre que os temas importunos ou difíceis forem lembrados, em qualquer conversação, o equilíbrio e a prudência devem ser chamados ao verbo em manifestação, para que o respeito aos outros não se mostre ferido.
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Modos desagradáveis
Manejar portas a pancadas ou pontapés.
Arrastar móveis com estrondo sem necessidade.
Censurar os pratos servidos à mesa.
Sentar-se desgovernadamente.
Assoar-se e examinar os resíduos recolhidos no lenço, junto dos outros, esquecendo que isso é mais fácil no banheiro mais próximo.
Bocejar ruidosamente enquanto alguém está com a palavra.
Falar como quem agride.
Efusões afetivas exageradas, em público.
Interromper a conversação alheia.
Não nos esqueçamos de que a gentileza e o respeito, no trato pessoal, também significam caridade.
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Perante os outros
Nunca desestime a importância dos outros.
Freqüentemente só pensamos na crítica como que os outros nos possam alvejar, esquecendo-nos de que é igualmente dos outros que recebemos a força para viver.
O auxílio ao próximo é o seu melhor investimento.
Valorize os outros, não em termos de angelitude ou perversidade, mas na condição de seres humanos com necessidades e sonhos, problemas e lutas semelhantes aos seus.
Se a solidão valesse, as Leis de Deus não fariam o seu nascimento na Terra entre duas criaturas, convertendo você em terceira pessoa para construir um grupo maior.
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Em torno da felicidade
Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.
Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você lhe queira dar.
A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranqüila.
Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.
Estude a si mesmo, observando que o auto-conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.
Amor é força da vida e trabalho vinculado ao amor é a usina geradora da felicidade.
Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.
Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará ao campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.
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Preocupações
Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje sem qualquer esforço de sua parte.
Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.
Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.
Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúrias ou ingratidão.
Disse notável filósofo: “uma criatura irritada está sempre cheia de veneno”, e podemos acrescentar: “e de enfermidade também”.
Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.
Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o salto imenso de vantagens a seu favor.
Geralmente, o mal é o bem mal-interpretado.
Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.
Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que agüentou com você ontem, agüentará também hoje.
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Desejos
Desejo é realização antecipada.
Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraís; e atraindo, realizamos.
Como você pensa, você crê, e como você crê, será.
Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.
Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na semeadura e responsável na colheita.
O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo desprendeu para trabalhar sublimando a vida.
Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.
A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.
O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.
A sentença de Jesus: “procura e achará”, equivale a dizer: “encontrarás o que desejas”.
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Melindres
Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
Quem reclama, agrava as dificuldades.
Não cultive ressentimentos.
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.
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Perguntas
Observe as próprias indagações, antes de formulá-las, adotando o silêncio sempre que não tiverem finalidade justa.
Valiosa demonstração de entendimento e de afeto visitar amigos ou recebê-los sem perguntas quaisquer.
Ampare quantos lhe compartilham a vida, sem vascolejar-lhes o coração com interrogatórios desnecessários.
Arrede da boca inquietações sem proveito sobre a família do próximo.
Não faça questionários quanto à vida íntima de ninguém.
Entretecer apontamentos sem necessidade, com relação à idade física de alguém, não é apenas falta de tato e gentileza, mas também ausência de caridade e de educação.
Se você nutre realmente amizade por essa ou aquela pessoa, sem qualquer expectativa de tomar-lhe a companhia para a convivência mais íntima, aceite-a tal qual é sem pedir-lhe certidão do estado civil em que se encontra.
Indiscrição, leviandade, curiosidade vazia ou malícia afastam de quem as cultiva as melhores oportunidades de elevação e progresso.
O amor verdadeiro auxilia sem perguntar.
Respeite as necessidades e provações dos outros, para que os outros respeitem as suas provações e necessidades.
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Assuntos de tempo
Se você sabe quão precioso é o valor do tempo, respeite o tempo dos outros para que as suas horas sejam respeitadas.
Recorde-se de que se você tem compromissos e obrigações com base no tempo, acontece o mesmo com as outras pessoas.
Ninguém evolui, nem prospera, nem melhora e nem se educa, enquanto não aprende a empregar o tempo com o devido proveito.
Seja breve em qualquer pedido.
Quem dispõe de tempo para conversar sem necessidade, pode claramente matricular-se em qualquer escola a fim de aperfeiçoar-se em conhecimento superior.
Trabalho no tempo dissolve o peso de quaisquer preocupações, mas tempo sem trabalho cria fardos de tédio, sempre difíceis de carregar.
Um tipo comum de verdadeira infelicidade é dispor de tempo para acreditar-se infeliz.
Se você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para realizar maravilhas.
Observe quanto serviço se pode efetuar em meia hora.
Quem diz que o tempo traz apenas desilusões, é que não tem feito outra coisa senão iludir-se.
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Obstáculos
Diante dos obstáculos, fazer o melhor e seguir para a frente.
Sempre desapontamos alguém e sempre alguém nos desaponta.
Assim como nem todos podem habitar o mesmo sítio, nem todos conseguem partilhar as mesmas idéias.
Nunca explodir, gritar, irar-se ou desanimar e sim trabalhar.
Depois de um problema, aguardar outros.
O erro ensina o caminho do acerto e o fracasso mostra o caminho da segurança.
Toda realização é feita pouco a pouco.
Nos dias de catástrofe, nada de cólera ou de acusação contra alguém, e sim a obrigação clara de repormos o comboio do serviço nos trilhos adequados e seguir adiante.
Quem procura o bem, decerto que há de sofrer as arremetidas do mal.
Plantar o bem, através de tudo e de todos, por todos os meios lícitos ao nosso alcance, compreendendo que, se em matéria de colheita Deus pede tempo ao homem, o homem deve entregar o tempo a Deus.
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Em torno da profissão
A sua profissão é privilégio e aprendizado.
Se você puser amor naquilo que faz, para fazer os outros felizes, a sua profissão, em qualquer parte, será sempre um rio de bênçãos.
O seu cliente, em qualquer situação, é semelhante à árvore que produz, em seu favor, respondendo sempre na pauta do tratamento que recebe.
Toda tarefa corretamente exercida é degrau de promoção.
Em tudo aquilo que você faça, na atividade que o Senhor lhe haja concedido, você está colocando o seu retrato espiritual.
Se você busca melhorar-se, melhorando o seu trabalho, guarde a certeza de que o trabalho lhe dará vida melhor.
O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui e sim a maneira pela qual você se decide a servir.
Ninguém procura ninguém para adquirir condenação ou azedume.
Sempre que alguém se queixe de alguém, está criando empeços na própria estrada para o sucesso.
Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.
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Dever e Trabalho
O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.
Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.
Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove às tarefas consideradas maiores.
A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.
Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.
Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.
Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.
Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.
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Antonio Roberto
FATO VERÍDICO DE CHICO XAVIER ….DIVALDO F. FRANCO
‘Não existe inverno no reino da esperança.’
O mais bonito, não eram apenas as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas anônimas que ele realizava pela madrugada, quando saía sozinho para levar seu conforto moral à famílias doentes, a pessoas moribundas, às vezes acompanhado por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já portava alguns problemas de saúde, mas sem que ninguém o soubesse.
Ali estava a maior antena paranormal da humanidade nos últimos séculos, apagando este potencial para chorar com um família que tinha fome. Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra. Iam ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade.
À medida que eles aumentavam a freqüência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos. O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.
Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada; decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer.
Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades. Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem algumas bilhas com água, que ele iriam magnetizá-las para ser distribuída, havendo, ao menos, alguma coisa para dar.
Ele assim o fez, e o benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido. Esse adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte.
Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados. ‘Lá vem o Chico, dona Luíza’ – gritaram e ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada), pretendeu explicar a ocorrência. Levantou-se e falou: – ‘Meus irmãos, hoje nós não temos nada’ – e narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar.
Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse: ‘ – Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa. Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus.’
Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou: – ‘quem é Chico Xavier?’ Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico recordava-se de um certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objecto.
Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados – ainda não havia o denominado Correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas – e Chico compadeceu-se muito da angústia do casal. Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem.
Então o cavalheiro disse-lhe: ‘- Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta comunicação?’ Chico explicou-lhe: ‘ – É natural esse fenômeno, graças ao venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim’, e deu-lhe uma idéia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas.
O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida. Foi quando o motorista lhe narrou: – ‘Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado.
Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava. ‘ – Estou procurando o Sr. Chico Xavier’ – respondi. ‘ – Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou’ – respondeu-me. ‘ – E qual o seu nome?’ – indaguei, e ele respondeu ‘ – Bezerra de Menezes’.’ `·.¸¸¸¸.·´¯**¯`·.¸¸¸¸.·´¯**¯`·.¸¸·´¯**¯`·.¸¸.·´
‘Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação!’ `·.¸¸¸¸.·´¯**¯`·.¸¸¸¸.·´¯**¯`·.¸¸·´¯**¯`·.¸¸.·´
Muita PAZ
Colaboração:
Antonio Roberto Vieira
São Paulo-SP
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Chefia e subalternidade
Não olvidar que o chefe é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.
A melhor maneira de reverenciar a quem dirige, será sempre a execução fiel das próprias obrigações.
Quem administra efetivamente precisa da colaboração de quem obedece, mas se quem obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra, quem administra necessita exercer bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que a máquina do trabalho funcione com segurança.
Orientar e devotar-se.
Aquele que realmente ensina é aquele que mais estuda.
Um chefe não tem obrigação de revelar ao subordinado os problemas que lhe preocupam o cérebro, tanto quanto o subordinado não tem o dever de revelar ao chefe os problemas que porventura carregue no coração.
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Ante os pequeninos
A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela.
Não existe criança – nem uma só – que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento.
Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um espírito adulto, traz o cérebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando-se por isso mesmo, um observador rigorista de tudo o que você fala ou faz.
A mente infantil dar-nos-á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.
Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de consolidar-se.
Ajude os meninos de hoje a pensar com acerto dialogando com eles, dentro das normas do respeito e sinceridade que você espera dos outros em relação a você.
A criança é um capítulo especial no livro de seu dia-a-dia.
Não tente transfigurar seus filhinhos em bibelôs, apaixonadamente guardados, porque são eles espíritos eternos, como acontece a nós, e chegará o dia em que despedaçarão perante você mesmo quaisquer amarras de ilusão.
Se você encontra algum pirralho de maneiras desabridas ou formação inconveniente, não estabeleça censura, reconhecendo que o serviço de reeducação dele, na essência, pertence aos pais ou aos responsáveis e não a você.
Se veio a sofre algum prejuízo em casa, por depredações de pequeninos travessos, esqueça isso, refletindo no amor e na consideração que você deve aos adultos que respondem por eles.
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Perante os amigos
O amigo é uma bênção que nos cabe cultivar no clima da gratidão
Quem diz que ama e não procura compreender e nem auxiliar, nem amparar e nem servir, não saiu de si mesmo ao encontro do amor de alguém.
A amizade verdadeira não é cega, mas enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim.
Teremos vencido o egoísmo em nós quando nos decidirmos a ajudar aos entes amados a realizarem a felicidade própria, tal qual entendam eles, deva ser a felicidade que procuram, sem cogitar de nossa própria felicidade.
Em geral, pensamos que os nossos amigos pensam como pensamos, no entanto, precisamos reconhecer que os pensamentos deles são criações originais deles próprios.
A ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.
Assim como espero que os amigos me aceitem como sou, devo, de minha parte, aceitá-los como são.
Toda vez que buscamos desacreditar esse ou aquele amigo, depois de havermos trocado convivência e intimidade, estaremos desmoralizando a nós mesmos.
Em qualquer dificuldade com as relações afetivas é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em transformação incessante, e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção de nossas próprias escolhas.
Quando mais amizade você der, mais amizade receberá.
Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.
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Comércio e intercâmbio
O comércio é também uma escola de fraternidade.
Realmente, carecemos de atenção do vendedor, mas o vendedor espera de nós a mesma atitude.
Diante de balconistas fatigados ou irritadiços, reflitamos nas provações que, indubitavelmente, os constrange nas retaguardas da família ou do lar, sem negar-lhes consideração e carinho.
A pessoa que se revela mal-humorada, em seus contatos públicos, provavelmente carrega um fardo pesado de inquietação e doença.
Abrir caminho, à força de encontrões, não é só deselegância, mas igualmente lastimável descortesia.
Dar passagem aos outros, em primeiro lugar, seja no elevador ou no coletivo, é uma forma de expressar entendimento e bondade humana.
Aprender a pedir um favor aos que trabalham em repartições, armazéns, lojas ou bares, é obrigação.
Evitar anedotário chulo ou depreciativo, reconhecendo-se que as palavras criam imagens e as imagens patrocinam ações.
Zombaria ou irritação complicam situações sem resolver os problemas.
Quando se sinta no dever de reclamar, não faça de seu verbo instrumento de agressão.
O erro ou o engano dos outros talvez fossem nossos se estivéssemos nas circunstâncias dos outros.
Afabilidade é caridade no trato pessoal.
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Entre cônjuges
Prossiga amando e respeitando os pais, depois da formação da própria casa, compreendendo, porém, que isso traz novas responsabilidades para o exercício das quais é imperioso cultivar independência, mas, a pretexto de liberdade, não relegar os pais ao abandono.
Não deprecie os ideais e preocupações do outro.
Selecione as relações.
Respeite as amizades do companheiro ou da companheira.
É preciso reconhecer a diversidade dos gostos e vocações daquele ou daquela que se toma para compartilhar-nos a vida.
Antes de observar os possíveis erros ou defeitos do outra, vale mais procurar-lhe as qualidades e dotes superiores para estimulá-los ao desenvolvimento justo.
Jamais desprezar a importância das relações sexuais com o respeito à fidelidade nos compromissos assumidos.
Não sacrifique a paz do lar com discussões e conflitos, a pretexto de honorificar essa ou aquela causa da Humanidade, porque a dignidade de qualquer causa da Humanidade começa no reduto doméstico.
Não deixe de estudar e aprimorar-se constantemente, sob a desculpa de haver deixado a condição de solteiro ou de solteira.
Sempre necessário compreender que a comunhão afetiva no lar deve recomeçar, todos os dias, a fim de consolidar-se em clima de harmonia e segurança.
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Saudações
Toda saudação deve basear-se em pensamentos de paz e alegria.
Pense no seu contentamento quando alguém lhe endereça palavras de afeto e simpatia, e faça o mesmo para com os outros.
Mobilize o capital do sorriso e observará que semelhante investimento lhe trará precioso rendimento de colaboração e felicidade.
Um frase de bondade e compreensão opera prodígios na construção do êxito.
Auxilie aos familiares com a sua palavra de entendimento e esperança.
Se você tem qualquer mágoa remanescendo da véspera, comece o dia, à maneira do Sol: -esquecendo a sombra e brilhando de novo.
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