Espíritas Trabalhando
Em minhas visitas aos centros espíritas do interior de São Paulo estou vendo muito trabalho, muita produtividade por parte dos espíritas.
Seja nas lides da divulgação doutrinária ou na área de promoção humana, venho observando a intensa movimentação daqueles que se propuseram a reviver as mensagens de Jesus tão bem explicadas por Allan Kardec.
São muitas instituições e cansaria o leitor citando uma a uma e suas atividades. Porém, faço o convite para que você, leitor amigo, informe-se quanto as atividades realizadas pelos espíritas para que veja também o belo trabalho realizado. Procure informar-se em cidades como Bauru, Araraquara, Matão, Jales, Jaú, Fernandópolis, Torrinha, Jales e tantas outras, e verá, então, que o bem vem sendo, sim, espalhado.
São núcleos de assistência, casas da sopa, albergue para aqueles que estão de passagem pela cidade, enfim, tudo o que pode conceber a generosidade humana.
Não se trata de elogio, é apenas constatação.
Óbvio que pode haver melhoras, todos podemos melhorar nas áreas em que atuamos, contudo, é inegável que o trabalho de divulgação espírita e promoção humana vem sendo realizado, mostrando que a máxima cunhada por Allan Kardec “ Fora da caridade não há salvação”, vem sendo observada.
Prova disso é o respeito adquirido pela Doutrina Espírita no seio da sociedade, que abraça cada vez mais as iniciativas dos espíritas com participações em eventos, jantares e realizações para angariar receitas às instituições, além, naturalmente, de as instituições espíritas contarem em suas fileiras com muitos voluntários profitentes de outras religiões.
Outro exemplo está nos clubes do livro espírita: tenho visto muita gente de outras religiões associando-se aos chamados CLES.
Fato interessante nesse mister está relacionado às lideranças espíritas: quanto mais dinâmicos e realizadores os líderes, mais ativo e participante o movimento espírita da região onde atuam.
Percebe-se com isso que somos nós mesmos os construtores do movimento espírita.
Se empenhados em trabalhar para reviver as máximas do Cristo, nosso movimento terá vida, será pujante.
No entanto, o inverso é verdadeiro: se apáticos, sem iniciativa e entusiasmo, nosso movimento será sem vida, sem brilho.
Todavia, tenho visto em muitos lugares uma liderança ativa, disposta a colaborar de fato para que os postulados codificados por Kardec alcem vôos mais altos, alcançando corações e libertando consciências de bloqueadores psicológicos que impedem o crescimento do ser humano.
Se em nosso caminhar pelo mundo ainda encontramos sombras, é inegável, também, que há luzes sendo acesas por muitos idealistas que arregaçam as mangas e servem com extrema boa vontade.
É preciso, portanto, reconhecer o valor dos trabalhos bem feitos, realizados com suor e amor. É preciso reconhecer que, em meio as dificuldades advindas da imaturidade espiritual da criatura humana, há muita esperança sendo espalhada e coisas boas acontecendo.
Logo, divulgar, estimular e reconhecer o trabalho realizado pelos dirigentes e trabalhadores espíritas torna-se tarefa importante, porquanto motiva mais e mais lideranças a assumirem o verdadeiro papel de um líder: criar campo para que todos possam progredir.
Os bons exemplos estimulam, são convidativos, divulgá-los é, portanto, urgente.
Ou seja, o reconhecimento do trabalho dos sementeiros da Boa Nova é muito mais um estímulo ao prosseguir, ao realizar, ao construir do que mera e ociosa bajulação.
Torna-se, também, um convite para que outros se integrem ao movimento espírita dando, assim, sua parcela de contribuição.
Não se trata, pois, de um reconhecimento pueril e piegas ao trabalho desenvolvido pelos espíritas, mas, sim, de uma lembrança justa e merecida de que, embora ainda frágeis e falíveis, todos nós, a depender de nosso esforço por vivenciar Kardec, podemos construir um movimento espírita forte, fraterno a concorrer para o progresso de nosso mundo.
Pensemos nisso.
Autor:
Wellington Balbo
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