Allan Kardec

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Estão esquecendo Kardec

“Coube a Kardec, em pleno século XIX, enfrentando o materialismo e a crítica mordaz dos seus contemporâneos, a comprovação de tudo o que se falava antes sobre a vida além-túmulo.” (Almeida)

Arnold Toynbee (1889-1975) admite que a História é o estudo das experiências e das ações das personalidades humanas. Sem dúvida, os historiadores livres da atualidade, não fazem História para glorificar os homens, transformando-os em deuses e heróis, tal como o fizera o pai da História – Heródoto.

Entretanto, não há como excluir o homem instrumento e o objeto dos acontecimentos na Humanidade. Infelizmente entre os espíritas, existe os que se esquivam de falar, divulgar e vincular Kardec ao Espiritismo. Talvez estejam pouco informados a respeito do papel do Codificador na elaboração da doutrina consoladora. Ou quem sabe, serm influenciados pelos que desejam que o homem seja o seu construtor e ao mesmo tempo seu objeto.

Não é possível separar Allan Kardec do Espiritismo.

O seu nome de batismo foi Denizard Hyppolite Leon Rivail.Todavia, a ele não se deve dar o epíteto de Kardecismo para homenageá-lo. O Espiritismo é dos Espíritos e não de um homem, disse ele. Mas respeitando sua humildade, necessário render o tributo que ele merece. E também todos os que atuam ou atuaram em benefício da Comunidade.

Denizard Rivail dispensa qualquer elogio ou veneração, mas não podemos deixar de lhe reconhecer o valor de ínclito intermediário entre os dois mundos. A idolatria foi veemente combatida pelo professor Rivail. A criação do Espiritismo não lhe é devida.
Existia antes dele. Foram os Espíritos Superiores que lhe revelaram A Verdade do Mundo Maior, que Jesus nos prometera como Doutrina do Consolo.

Portanto, não se pode negar que Kardec foi somente um instrumento do Cristo, mas alijar o dedicado professor da estrutura do Espiritismo, é no mínimo ingratidão. E também anticientífico do ponto de vista da História.

Ele, simplesmente deixou de viver a vida de relação para mostrar ao mundo a vida futura que o Mestre nos quis ensinar. E mesmo assim o crucificam agora como já fizeram com o Meigo Rabi há quase 2000 anos. Parece que os bons carregam a cruz enquanto os maus, a glória da vivencia eterna.

Lembremos que toda a revelação divina foi lavrada nas obras básicas em parceria com os mentores espirituais. Sem a escrita, como a doutrina se tornaria? Fluídica, sem dúvida, pois sem referencia humana, entraria no rol dos mitos, do folclore popular sem que ninguém soubesse quem disse e porque disse.

E recordemos que Denizard Hyppolite Leon Rivail era professor em Iverdum, na França, escola criada pelo eminente pedagogo Pestalozzi.

Denizard deixou-nos várias obras de Pedagogia além de outras em várias ciências que também lecionava. Casado com Amelie Boudet, vivia do Magistério, quando aos cinquenta anos acabou reconhecendo uma inteligência maior, através dos raps (pancadas) das mesas girantes e das jovens que produziam os fenômenos.

Ele fora o escolhido pelos Espíritos como mentor dad escrita para a nova Revelação que Jesus iria dar-nos.
A coisa, portanto, não é tão simples assim! É de uma tremenda responsabilidade ser um servidor do Mestre.
Porquanto, os espíritas que tentam esquecer o mestre de Lyon, cuidado com a Lei!

Nivaldo Sernaglia
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Fonte:
http://www.jornaldemocrata.com.br/materias/read.asp?id=6031
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