Família

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Amem-se ou pereçam
4/5/2009

“Quem mais ama é aquele que mais se aproxima de sua natureza divina”
(Chico Xavier)

A verdade é que não existe base e nem fundamento sólido no qual as pessoas possam apoiar-se, hoje em dia, a não ser a família.

Fiquei doente por uma semana para enxergar isso! Quem não tem apoio, amor e os cuidados de uma família, não tem com quem contar. Um asilo ou uma casa de repouso poderão ser o seu fim. Você já pensou nisto?

O amor é supremamente importante. Ele é contagioso, como diz o médico Patch Adams, o do nariz vermelho. Ou então como diz Brian Weiss: só o amor é real; o resto é o resto, ou seja, está no campo das ilusões ou no imaginário. E isso é bem verdadeiro, pois sem amor somos pássaros de asas quebradas.

Se fôssemos divorciados e não tivéssemos filhos ou se vivêssemos sozinhos como eremitas, conviver com uma doença seria muito difícil de suportar. Mesmo quando você recebe visitas, amigos, colegas, isto não seria idêntico a ter pessoas que não vão embora.

Não é o mesmo que ter uma pessoa atenta, tomando conta da gente o tempo todo. Isso é o que significa a família. Não é só amor, é também fazer os outros crerem que tem alguém cuidando deles. É o que se sente falta quando perdemos algum familiar: aquilo
que chamamos de segurança espiritual e que se perde. Nada substitui isso, nem dinheiro nem fama. E também nem o trabalho. Foi por isso que o poeta Audem disse: “Amem-se uns aos outros ou pereçam”.

Imaginem sempre que um dia poderão ficar sós. O sentimento maior que carregamos dentro de nós se aflora e passamos a enxergar o mundo de forma diferente. E nossos olhares se voltam para a família, principalmente quando ficamos velhos e quase caducos.

Portanto, não se deixe caducar; ame enquanto é tempo. Você tem tudo à mão. Não jogue fora o trunfo do familiar, pois depois que o perder ficará muito difícil o seu retorno.

É o caso de uma senhora que, toda sexta-feira, vai buscar um amigo que tentou o suicídio. Leva-o à Federação Espírita do Estado de São Paulo, porque é a única casa na capital que dá atendimento integral das 8 às 20 horas, todos os dias, inclusive sábados e domingos.

O que lhe ocorre? Tudo o que acabamos de descrever acima. Não amou a mulher e as duas filhas, ou seja, a família que havia constituído com todo amor. Durante as facilidades do ganho fácil, como bom advogado que era, a mulherada desviou-o do caminho da retidão.

O tempo passou, ele largou as três a Deus dará e viveu das vulgaridades.

Hoje, aos 60 anos e com dificuldades no exercício da advocacia, perdeu o apartamento, o carro e o vínculo divino, que é a família, base essencial da comunidade e do apoio moral de cada um. Vive atualmente da caridade de uma irmã, no fundo da casa onde tem uma floricultura.

É isso o que você quer da vida?

É como Jesus nos ensina. Semeie o bem enquanto é tempo, para que não se torne um indigente depois. Lembre-se que viver da caridade em plena saúde é morte para o espírito. Não deixe que isto lhe aconteça!

E se alguém puder orientar-lhe, não tenha dúvidas: procure um padre, um pastor, um analista ou uma casa espírita, para um pronto-socorro psicoespiritual.

Ou então, individualmente, entregue seu coração a Jesus e faça da caridade o sentido maior dos seus dias.

Sem vacilação, a paz será conquistada e Deus estará novamente consigo.

Somerset
Nivaldo Sernaglia

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Fonte:
http://www.jornaldemocrata.com.br/materias/read.asp?id=6074
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com
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Allan Kardec

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Estão esquecendo Kardec

“Coube a Kardec, em pleno século XIX, enfrentando o materialismo e a crítica mordaz dos seus contemporâneos, a comprovação de tudo o que se falava antes sobre a vida além-túmulo.” (Almeida)

Arnold Toynbee (1889-1975) admite que a História é o estudo das experiências e das ações das personalidades humanas. Sem dúvida, os historiadores livres da atualidade, não fazem História para glorificar os homens, transformando-os em deuses e heróis, tal como o fizera o pai da História – Heródoto.

Entretanto, não há como excluir o homem instrumento e o objeto dos acontecimentos na Humanidade. Infelizmente entre os espíritas, existe os que se esquivam de falar, divulgar e vincular Kardec ao Espiritismo. Talvez estejam pouco informados a respeito do papel do Codificador na elaboração da doutrina consoladora. Ou quem sabe, serm influenciados pelos que desejam que o homem seja o seu construtor e ao mesmo tempo seu objeto.

Não é possível separar Allan Kardec do Espiritismo.

O seu nome de batismo foi Denizard Hyppolite Leon Rivail.Todavia, a ele não se deve dar o epíteto de Kardecismo para homenageá-lo. O Espiritismo é dos Espíritos e não de um homem, disse ele. Mas respeitando sua humildade, necessário render o tributo que ele merece. E também todos os que atuam ou atuaram em benefício da Comunidade.

Denizard Rivail dispensa qualquer elogio ou veneração, mas não podemos deixar de lhe reconhecer o valor de ínclito intermediário entre os dois mundos. A idolatria foi veemente combatida pelo professor Rivail. A criação do Espiritismo não lhe é devida.
Existia antes dele. Foram os Espíritos Superiores que lhe revelaram A Verdade do Mundo Maior, que Jesus nos prometera como Doutrina do Consolo.

Portanto, não se pode negar que Kardec foi somente um instrumento do Cristo, mas alijar o dedicado professor da estrutura do Espiritismo, é no mínimo ingratidão. E também anticientífico do ponto de vista da História.

Ele, simplesmente deixou de viver a vida de relação para mostrar ao mundo a vida futura que o Mestre nos quis ensinar. E mesmo assim o crucificam agora como já fizeram com o Meigo Rabi há quase 2000 anos. Parece que os bons carregam a cruz enquanto os maus, a glória da vivencia eterna.

Lembremos que toda a revelação divina foi lavrada nas obras básicas em parceria com os mentores espirituais. Sem a escrita, como a doutrina se tornaria? Fluídica, sem dúvida, pois sem referencia humana, entraria no rol dos mitos, do folclore popular sem que ninguém soubesse quem disse e porque disse.

E recordemos que Denizard Hyppolite Leon Rivail era professor em Iverdum, na França, escola criada pelo eminente pedagogo Pestalozzi.

Denizard deixou-nos várias obras de Pedagogia além de outras em várias ciências que também lecionava. Casado com Amelie Boudet, vivia do Magistério, quando aos cinquenta anos acabou reconhecendo uma inteligência maior, através dos raps (pancadas) das mesas girantes e das jovens que produziam os fenômenos.

Ele fora o escolhido pelos Espíritos como mentor dad escrita para a nova Revelação que Jesus iria dar-nos.
A coisa, portanto, não é tão simples assim! É de uma tremenda responsabilidade ser um servidor do Mestre.
Porquanto, os espíritas que tentam esquecer o mestre de Lyon, cuidado com a Lei!

Nivaldo Sernaglia
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Fonte:
http://www.jornaldemocrata.com.br/materias/read.asp?id=6031
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