Seja Bem-Vindo!

20160108_Bem_Vindo_Seja
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* Pindamonhangaba-SP – Sexta-feira
* 08/jan/2016
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*** Seja Bem-Vindo!
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Amigo(a),
Sejamos Abençoados!
Saúde!
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Estamos de Casa Nova!
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Com novos recursos técnicos quero aprimorar a comunicação.
Sua participação é fundamental.
Eu aguardo seu contato:
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Eudison de Paula Leal
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Eu te agradeço.
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Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 27.564 dias.
Eu TE Agradeço Senhor!
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Ética

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ÉTICA

Lenita Maria Costa de Almeida

“A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta.” (Valls, Álvaro L. M.. O que é ética, ta. Edição Ed. Brasiliense, 1993, p.7)

De acordo com o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Por outro lado, ética e moral parecem ser a mesma coisa. No nosso entender, entretanto, esses dois vocábulos se completam. Se, por um lado, ética é princípio, moral compreende condutas específicas; ética é permanente, moral é temporal; ética é universal, moral é cultural; ética é regra, moral é conduta da regra; ética é teoria, moral é prática. Etmologicamente, ética e moral são a mesma coisa.

Afinal, o que é ética? ÉTICA É ALGO QUE TODOS PRECISAM TER. ALGUNS DIZEM QUE TEM. POUCOS LEVAM A SÉRIO. NINGUÉM CUMPRE Á RISCA.
(COPYRIGHT 2002 – Prof. Vanderlei de Barros Rosas)

Passando para um ponto de vista prático, seria de perguntar como nasce o espírito ético e também quais os princípios morais que orientam uma pessoa.

Certa vez, dando aulas para uma sétima série do Curso Fundamental, um aluno foi mal educado e agressivo com o colega, ao discutirem determinada questão. Imediatamente conversei com eles e perguntei se sabiam o que era ética. Na ocasião, expliquei como pude, mas disse-lhes que aquela conduta que todos presenciaram não era ética. Disse-lhes que ser ético implicava princípios de educação, respeito ao próximo e não agir – como eles haviam feito – daquela forma. Portanto, embora as palavras do Prof. Vanderlei de Barros Rosas sejam sábias, no dia a dia temos os mais variados exemplos de atitudes não éticas por parte dos componentes de uma sociedade. A ética esbarra, sim, nos princípios morais que, não contendo a universalidade da ética, têm regras mais específicas, desprezando, por vezes, a flexibilidade das normas, quando necessário.

Quando Poncio Pilatos, o tribuno romano julgou Jesus, lavando as mãos e condenando o Mestre à cruz, passou por cima da ética e da moral, ao eximir-se de um julgamento justo. Postou-se acima da Lei dos homens e da espiritualidade, a Lei Maior que pertence a Deus.

Em nossos dias, mesmo politicamente falando, temos um Conselho de Ética no governo, para proteger as instituições e ações políticas individuais ou em grupo, de sua credibilidade e honorabilidade. São regras de conduta e comportamento que não podem ser subestimadas ou ignoradas , sob pena de julgamento e repressão.

O baluarte moral erguido pelas instituições religiosas, ao tratar de aspectos morais contribui nobremente para o desenvolvimento da ética na pessoa. É muito difícil agir eticamente, se não tiver havido nas bases, uma postura ética, vivenciada no lar, na escola e expandindo-se para o convívio social.

Daí, penso eu, as conclusões não muito esperançosas, do Prof. Vanderlei já citado. Num mundo onde o dinheiro é o valor mais alto, realmente fica difícil para pessoas não éticas, mudarem a postura. Se formos mais fundo, veremos que, indivíduos norteados pelo capitalismo selvagem ou outros interesses que só o dinheiro pode comprar, importem-se com ética ou moral, uma vez que não possuem nem uma, nem outra.

Em latim, existe uma frase “Nemo dat quod non habet” (ninguém dá o que não tem) confirma a dificuldade em ser ético, uma vez que os valores e exemplos com que nos deparamos, principalmente divulgados pela mídia, lamentavelmente nos tem mostrado exatamente a falta de ética nas pessoas e organizações e, porque não, falta de moral também.

Fortalecer o nosso próprio interior para abrigar ética e moral, fará de nós, com certeza, um exemplo positivo para consolidar o significado dessas duas palavras, que serão refletidas e observadas pela nossa maneira de ser. Seria a nossa contribuição para um mundo melhor.
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Sinopse da autora:
http://bit.ly/yqipjB
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Publicado em SinapsesLinks:
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Consciência na Secretaria de Saúde

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Consciência na Secretaria de Saúde
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Leal,
Veja como falamos de consciência na Secretaria de Saúde no
anexo LACEN A – PPS II SEMANA MICROBIOLOGIA LACEN PPT.
Votos de Paz
Prof. Dr. Formiga, LCD
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Vide PPS. Click aqui. Grato.
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Brasil

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SERÁ QUE O BRASIL VAI PERDER ESTA OPORTUNIDADE?

Aflige-nos perceber que o Brasil pode estar perdendo a oportunidade de iniciar um processo de transformações na mentalidade vigente, permeada que se encontra pela desonestidade, injustiça, falta de ética, falta de respeito em todas as suas dimensões; com a agressividade à flor da pele e outros valores negativos que impedem a nação de tornar-se um país que promova verdadeiramente justiça e bem-estar para seus filhos.

Somos um grupo informal de pedagogos, todos voluntários, responsáveis pelo Projeto Sócio-Educativo “Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola”, disponibilizado na Internet de forma inteiramente gratuita desde o final de 2008 no site, www.cincominutos.org, constando nos registros, até hoje, mais de 32.000 downloads do material didático para escolas nas mais diversas partes do país. Esse Projeto recebe apoio de várias secretarias de educação e também do MEC: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=19

Sabedores de que o Conselho Nacional de Educação – CNE está promovendo um louvável debate, em nível nacional, visando inserir a disciplina Direitos Humanos nos currículos escolares do ensino básico e superior, estamos solicitando a todos que estejam, ou não, vinculados a esse debate, para que façam uma reflexão sobre o seguinte:

Por mais louvável que seja, esse esforço do CNE não terá o efeito desejado, porque não alcança a essência das necessidades educativas do ser humano. Informa, mas não forma o caráter.

O mais coerente seria incluir Valores Humanos nesse debate, pelas seguintes razões:

O aprendizado de Valores Humanos gera transformações interiores, criando alicerces mais sólidos a se refletirem nas atitudes. É recurso único para formar cidadãos que poderão vir a realizar uma sociedade mais pacífica, mais ética, mais justa e mais feliz.

Um dos aprendizados mais importantes em Valores Humanos refere-se ao respeito, em todas as suas dimensões. Quem aprende a respeitar o outro, apesar de quaisquer diferenças, já está vivenciando os Direitos Humanos que lhe cabe considerar.

As crianças e jovens que recebem diuturnamente ensinamentos sobre honestidade, não violência, ética, justiça, verdade, solidariedade, afetividade, respeito, etc., vão internalizando esses valores, aprendendo a vivenciá-los em seu cotidiano. Também aprendem a olhar o outro com um olhar de acolhimento, de paz, que são os fundamentos da não violência. Seu preparo, portanto, será bem mais amplo, porque promove a formação do caráter, incluindo o respeito pelos próprios Direitos Humanos.

Observe-se que o ensino de Valores Humanos nas escolas do país será o início de mudanças lentas, mas estruturais, sistemáticas e progressivas porque começa pela reformulação da mentalidade das novas gerações. Também não dará mais despesas à nação, e é de fácil implantação pelas escolas, posto que já existem excelentes conteúdos, inteiramente gratuitos (via Internet) para o ensino desses valores em sala de aula.

Diante do exposto, insistimos na rogativa para que colabore, na forma que for possível, para que o Conselho Nacional de Educação (CNE) concorde em incluir o ensino de Valores Humanos nos currículos escolares, nem que seja associado a outra disciplina.

Pensemos nas mudanças que ocorrerão na sociedade nos próximos 10 ou 15 anos, se o ensino de Valores Humanos for ministrado em todas as escolas do país, de forma que as novas gerações possam internalizá-las, gerando as transformações comportamentais imprescindíveis para que a sociedade, como um todo, possa tornar-se mais pacífica, mais justa, mais honesta e mais feliz.

Estamos, assim, solicitando seu apoio para este movimento, a fim de o Brasil não venha a perder esta oportunidade, tão preciosa, de iniciar um processo de transformações na mentalidade vigente, condição única para podermos sonhar com um futuro melhor para nós e para nossos descendentes.
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Autora:
Saara Nousiainen
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Cinco minutos de valores humanos

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Saara Nousiainen
5 de agosto de 2011 08:42

Amigos, este grupo não tem cor religiosa, embora tenha de religiosidade.
Sua finalidade principal é a troca de idéias e demais ações relacionadas aos valores humanos, tais como: honestidade, ética, respeito, responsabilidade, educação (não me refiro à instrução), não violência, afetividade, amor universal, solidariedade, justiça, verdade, etc..

Gostaria que tomassem conhecimento do documento:
Inserção de Valores Humanos nos Currículos escolares.
Abraço a todos.
Documento: Click aqui. Grato.
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Barack Hussein Obama

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Barack Hussein Obama
Presidente dos Estados Unidos

Sr. Presidente, faça do Brasil o seu principal parceiro, agindo com ética e visando o Bem da Humanidade.

A força gerada com a união de Brasil e Estados Unidos, levaria ao mundo exemplo de: Ética, Sabedoria e Bondade.

Seja bem-vindo ao Brasil!
Sejam Abençoadas Todas as Pessoas do Planeta Terra – Incondicionalmente!
Respeitosa e Fraternalmente,
Maria Christina Camargo Leal -62-
christinacamargoleal@gmail.com
Pindamonhangaba-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Enviado para:
http://www.obamabr.org/
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Ética, Justiça e Espiritismo

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Ética, Justiça e Espiritismo

Inscrições abertas para o I CONJURESP

Após dois anos de fundação, a Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo realizará o I CONJURESP (Congresso Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo). O evento reunirá operadores do direito e interessados em geral, com o fim de discutir Ética, Justiça e Espiritismo. Expositores de todo o país já estão com presenças confirmadas. Ribeirão Preto-SP será a sede do I CONJURESP, que ocorrerá nos dias 22 e 23 de outubro, nas Faculdades COC. Inscrições abertas.

Mais informações no site: www.ajesaopaulo.com.br
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Ciência, ética e escolhas

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Ciência, ética e escolhas

Na nossa profissão, devemos seguir uma regra básica: “Nunca minta”

Na semana passada, tive o prazer de ciceronear a escritora e filósofa Rebecca Newberger Goldstein, que veio à Dartmouth dar uma palestra sobre seu último livro, o romance “36 Argumentos para a Existência de Deus, Uma Obra de Ficção”.

Goldstein é famosa pela sua habilidade de tratar de assuntos cabeludos de filosofia e ciência dentro da narrativa ficcional de um romance.

O livro é excepcional em vários níveis. Seu estilo é brilhante e extremamente engraçado, uma descrição contagiante e sincera do mundo acadêmico, da busca pela glória, da inevitável inveja profissional, da competição entre as escolas e da vaidade intelectual que tanto colore as discussões em tópicos que vão desde a mitologia grega à existência do Multiverso (ou seja, de infinitos universos).

Como o título informa, o livro trata também da questão da existência de Deus. Mas, para nós aqui nesta coluna, ao menos no contexto do tema de hoje, que é a ética, o livro é principalmente sobre escolhas.

Somos produto das escolhas que fazemos ao longo da vida. É bem verdade que, às vezes, as escolhas são feitas à nossa revelia. Por exemplo, quando falha a saúde, ou devido a pressões econômicas.

Por falta de emprego, um pacifista com um doutorado em física pode se ver forçado a trabalhar na indústria armamentista. Por outro lado, pode fazê-lo por opção, por ser um patriota.

Como Goldstein sugeriu, temos um cerne pessoal (estou criando esse termo) que funciona de forma bem específica.

Podemos até deduzir as posições que um conservador ou um liberal tomarão numa variedade de questões, desde a liberação da maconha até a regulação das práticas do mercado de capitais. A correlação das escolhas é bem forte, produto desse cerne pessoal, que “guia” nossas decisões.

Será que a ética é parte desse cerne pessoal? Especulo que sim. Algumas pessoas têm padrões éticos mais elevados do que outras. Não há dúvida de que esses padrões podem ser influenciados por eventos na vida, pela educação, por relações etc. Mas alguns casos são mais flexíveis do que outros.

E os cientistas? São menos dados a cometer fraudes do que outros profissionais? Na nossa profissão, devemos obedecer a uma regra ética básica: “Nunca minta”.
De fato, mentir em ciência é uma péssima ideia. Mais cedo ou mais tarde, a comunidade exporá a sua fraude e sua carreira estará arruinada. É bem simples, na verdade: a natureza não tolera trapaças.

Quem lembra, por exemplo, da história da fusão a frio? (Veja pt.wikipedia.org/wiki/Fusao-a-frio) Inocentemente, gostaria de acreditar que essa regra do não mentir deveria valer para todas as profissões.

No entanto, é o contexto que determina a aplicação de princípios éticos. Mesmo que você se considere um indivíduo extremamente ético, pode sofrer terríveis pressões para contrariar suas próprias regras.

É fácil pensar em exemplos, desde os mais dramáticos (os alemães que “tinham” de se juntar aos nazistas) aos mais amenos (o estudante que cola na prova do vestibular). A moralidade de um pessoa pode ser medida pela resistência que oferece a essas pressões, permanecendo fiel aos seus princípios éticos. Trapacear é construir a sua própria prisão.

Se ser livre é poder escolher ao que se prender, gostaria de acreditar que, quanto mais seguimos princípios morais elevados, mais livres somos.

MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro “Criação Imperfeita”
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0205201003.htm
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Beco sem saída

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Beco sem saída

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Na política, chegamos a níveis de imoralidade assumida incompatível com princípios éticos
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DRAUZIO VARELLA

NOS QUASE dez anos desta coluna, leitor, nunca escrevi sobre política. Adotei essa conduta por reconhecer que há profissionais mais preparados para fazê-lo e por considerar que médicos envolvidos em educação na área de saúde pública devem ficar distantes das paixões partidárias.

No entanto, os últimos acontecimentos de Brasília foram tão desconcertantes e chocaram a nação de tal forma, que ignorá-los seria omissão. No trato da administração pública, chegamos a níveis de desfaçatez e de imoralidade assumida incompatíveis com os princípios éticos mais elementares.

Para os que ganham a vida com o suor do próprio rosto, é revoltante tomar consciência de que parte dos impostos recolhidos ao comprar um quilo de feijão é esbanjada, malversada ou simplesmente desapropriada pela corja de aproveitadores instalada há décadas na cúpula da hierarquia do poder.

Mais chocante, ainda, é a certeza de que os crimes cometidos por eles e seus asseclas ficarão impunes, por mais graves que sejam. Do brasileiro iletrado ao mais culto, todos nós temos consciência de que o rigor de nossas leis pune apenas os mais fracos. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico parar na cadeia, diz o povo, com toda razão.

Uma noite, na antiga Casa de Detenção de São Paulo, ao fazer a distribuição de um gibi educativo sobre Aids, perguntei, à porta de um xadrez trancado, quantos estavam ali. Um rapaz de gorrinho de lã, curvado junto à pequena abertura da porta, respondeu que eram 17. Diante de minha surpresa por caberem tantos em espaço tão exíguo, começou a reclamar das condições em que viviam. Às tantas, apontou para a TV casualmente ligada no horário político, no fundo da cela, no qual discursava um candidato:

-Olha aí, senhor, dizem que esse homem levou 450 milhões de dólares. Se somar o que todos nós roubamos a vida inteira, os 7.000 presos da cadeia, não chega a 10% disso.

Essa realidade, que privilegia a impostura e perdoa antecipadamente os deslizes cometidos pelos que deveriam dar exemplo de patriotismo e de respeito às instituições, serve de pretexto para comportamentos predatórios (se eles se locupletam, por que não eu?), gera descrédito na democracia e, muito mais grave, a impressão distorcida de que todo político é mentiroso e ladrão.

Considerar que a classe inteira é formada por pessoas desonestas tem duas consequências trágicas: votar nos que “roubam, mas fazem” e afastar da política cidadãos que poderiam contribuir para o bem-estar da sociedade.

De que adianta documentar os crimes se os criminosos ficarão impunes e retornarão nas próximas eleições ungidos pela soberania do voto popular?

Como renovar a classe política num país em que quase dois terços da população não têm acesso à informação escrita, em que empresários financiam campanhas de indivíduos inescrupulosos, comprometidos apenas com os interesses de quem lhes deu dinheiro, e no qual as mulheres e os homens de bem se negam a disputar cargos eletivos, porque não querem ser confundidos com gente que não presta?

É evidente que os políticos brasileiros não são os únicos responsáveis pelo estado a que as coisas chegaram. Antes de tudo, porque muitos são honestos e bem-intencionados; depois, porque o clientelismo que os cerca é uma praga que nos aflige desde os tempos coloniais. Os que se aproximam dos políticos para pedir empregos públicos, nomeações para cargos estratégicos, favores em negócios com o governo ou para oferecer-lhes suborno, por acaso são mais dignos?

Esse é o beco sem saída em que nos encontramos: os partidos aceitam a candidatura de indivíduos desclassificados, os empresários financiam-lhes a campanha (muitas vezes com os assim chamados recursos não declaráveis), o eleitor vota neles porque “não faz diferença, já que todos são ladrões” ou porque podem conceder-lhe alguma vantagem pessoal, a Justiça não consegue nem sequer afastar do serviço público os que são flagrados com as mãos no cofre e, para completar a equação, as pessoas de bem querem distância da política.

A esperança está na prática da democracia. Se a Justiça não pune os que se apropriam dos bens públicos, a liberdade de imprensa é a arma que nos resta, a única que ainda os assusta.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1508200926.htm
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