Radiação em Fukushima

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Contaminação
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Fukushima: nível de radiação no solo se compara ao de Chernobyl

Usina japonesa também já liberou mais radiação do que acidente de Three Mile Island, nos Estados Unidos

Classificado como nível 6 na Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos, que mede a gravidade de incidentes envolvendo material atômico, o acidente no complexo de Fukushima, no Japão, já liberou mais radiação do que a usina de Three Mile Island, que teve seu núcleo danificado em 1979, nos Estados Unidos. Os cálculos são da Comissão de Segurança Nuclear do Japão e foram divulgados neste sábado pelo jornal japonês Asahi Shinbum.

Em paralelo, especialistas ouvidos pelo mesmo jornal afirmaram que a contaminação do solo em localidades próximas à usina já é comparável àquela causada pelo acidente de Chernobyl, em 1986. Isso significa que a terra se tornou inviável para a agricultura por décadas.

Segundo Tetsuji Imanaka, da Universidade de Kyoto, análises realizadas no vilarejo de Iitate, 40 quilômetros ao norte da usina de Fukushima, detectaram os níveis mais altos de radiação. “A situação em Iitate demanda que a população seja evacuada”, disse Imanaka ao jornal. “Nessas áreas, a contaminação já pode ser comparada à de Chernobyl. E a radiação continua sendo liberada pelos reatores de Fukushima.”

Mar em perigo – Mais cedo, neste sábado, a Agência de Segurança Nuclear do Japão afirmou que amostras de água do mar obtidas em Fukushima revelaram uma concentração de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao limite considerado seguro.

De acordo com o porta-voz da agência, espera-se que a contaminação diminua conforme a água se espalhe com as correntes marinhas. Ele procurou deixar claro que essa radioatividade não significa uma ameaça imediata para os moradores mais próximos da usina.

Balanço oficial – Neste sábado, a polícia japonesa divulgou o último balanço oficial das vítimas da tragédia natural que atingiu o Japão. O número de mortos aumentou para 10.151, enquanto 17.053 pessoas continuam desaparecidas.
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Fonte: Revista Veja.
http://migre.me/47MkP
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