A Família do século XXI

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A Família do Século XXI

Se a sua Família não é mais aquela composta de Pai, Mãe e Filhos, não se entristeça.

O mundo mudou , por isso as coisas também mudaram.

Deus não está com você porque você tem uma Família tradicional, mas sim porque todos são seus filhos independente das suas experiências terrenas.

A Família é um laço muito importante para se exercitar a paciência, o amor, a indulgência e a caridade.

Se você se divorciou, tem dois filhos e se casou com uma pessoa com 1 filho e juntos ainda tiveram outro filho, essa é a sua Família. O importante é fazer com que essa Família seja feliz como ela é.

Se nessa encarnação não foi possível continuar vivendo com o seu primeiro marido ou esposa, Deus em sua infinita bondade irá lhe permitir de uma outra forma se harmonizar com esse espírito em uma outra oportunidade, talvez como Pai e filho por exemplo. Veja como é possível postergar essa tarefa, mesmo sabendo que ela é muito importante para seu progresso espiritual.

Agora que essa nova Família está formada lute para o bem estar de todos. Marido e mulher tem um papel fundamental para que tudo dê certo. É importante que se unam conversem e cheguem a conclusões favoráveis para resolver os problemas.
Não é só amar, é preciso participar, lutar, progredir e fazer progredir os que estão a sua volta. Isso é Família.

Jamais deixe de atender seu ex marido ou ex mulher quando lhe procurar para ver os filhos ou levá-los para o fim de semana. Aquela esposa que diz: Ele se separou porque quis, agora não vou deixar que veja os filhos, não está colaborando para a felicidade até dessa nova Família que construiu.

Seu atual marido por sua vez, vai trazer o filho do primeiro casamento e você deverá tratá-lo muito bem sem aquele pensamento : Hoje é dia do João vir aqui em casa não sei se vou aguentar.

Nada disso, você deverá cuidar com o mesmo amor que cuida dos seus. Nunca comentar alguma coisa da mãe dele perto do Pai e nem dos seus filhos.

O bem estar familiar é possível quando há a união de seus compontes para fazer com que eles se sintam felizes juntos.

Se você estiver com seus filhos, mais o filho do seu marido e aquele que voces tiveram juntos em casa, faça um programa para que todos se sintam amados e percebam que a alegria faz parte das pessoas e não da situação em que se colocam.

Eles nem perceberão que são uma Família diferente da tradicional ou melhor vamos chamá-la de Família moderna. Se sentirão tão bem que, estar com a mãe na sua própria casa ou com o Pai na casa dele e sua nova Família será sempre divertido e feliz, pois o convívio familiar é harmonioso.

Não importa como seja composta a sua Família. Faça dela um motivo de alegria e felicidade.

Muita Paz para você e todos os seus.
Que O Pai nos abençoe.

Beijos
Ana Joaquina Andrade
São Paulo-SP
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Divórcio

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Divórcio

O bom senso de Kardec em relação ao divórcio

Wellington Balbo – Bauru – SP

Acredito que a separação conjugal é um dos processos mais dolorosos a que estamos sujeitos na Terra. Quando o casal tem filhos então, a dor toma proporções gigantescas.

Sentimento de fracasso, vazio e culpa são algumas das sensações que transitam pelo coração daqueles que se propõem a separar as “escovas de dentes”.

Sofrem todos: filhos e cônjuges, familiares e amigos.

A família é, pois, reestruturada completamente a partir da ausência de um dos cônjuges. Dúvidas que surgem, temores, receios…
Como educar os filhos de agora em diante? Mudará nossa relação? E os amigos em comum, será que ainda teremos contato?

Enfim, é uma nova vida, um recomeço…

Diria que um recomeço mais complicado também sob o aspecto financeiro, porquanto as despesas multiplicam-se em velocidade vertiginosa.

No entanto, prosseguir é preciso.

Por isso mesmo o ideal é o entendimento de marido e esposa, a compreensão, o apoio mútuo.

A união de homem e mulher visa, naturalmente, a evolução daqueles espíritos ligados pelos laços do matrimônio.

Portanto, sou a favor da reconciliação sempre que possível, sou partidário de que a separação deve se dar apenas em casos extremos.

Todavia, pela falta de entendimento dos objetivos da existência humana e, principalmente, a dureza de nossos corações, conforme acentua Jesus, os casos de casamentos que chegam ao nível do insustentável, gerando agressões físicas e verbais ainda existem. Nessas circunstâncias a separação do casal é inevitável.

Melhor a separação do que cultivar as feridas abertas constantemente pela imaturidade humana que transforma o lar em ringue.

Fui casado por 10 anos e dessa união tive dois filhos. Separamo-nos e posso afirmar a dificuldade que enfrentei. Todavia, depois dos obstáculos hoje me sinto melhor e em paz.

Reitero que sou a favor do entendimento. Separação só mesmo em casos extremos.

Muita gente, ao saber de minha separação, fez o seguinte alerta:

Você está desertando de seu compromisso!

Apenas lamentei:

Uma pena, mas na atual conjuntura a separação foi inevitável. Em realidade já estávamos separados há tempos. Próximos geograficamente, distantes emocionalmente.

Como fez com diversos temas que inquietam as pessoas, Allan Kardec também analisou o divórcio. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, diz o codificador:

O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina.

O bom senso de Kardec é notável. Óbvio: o divórcio apenas legaliza a distância imposta pela falta de entendimento.

Embora não seja o ideal, o divórcio pode, não raro, salvar vidas. Quando o respeito perde seu espaço para as agressões a relação torna-se insustentável, até por uma questão de segurança à integridade física dos cônjuges a separação configura-se como medida prudente.

Amigo leitor, melhor adiar um compromisso do que se comprometer ainda mais perante as leis divinas.

Muita gente afirma que suportará seu companheiro pelo resto da vida para ver-se livre dele em posterior existência. Ledo engano, porquanto suportar o outro não é o que Jesus espera de nós.

O mestre quer que nos amemos uns aos outros, pois apenas o amor liberta. Quem aspira liberdade cultiva o amor.

Se alguma experiência trago em face da separação conjugal é a de que devemos utilizar o tempo de namoro como abençoada oportunidade de conhecer as pessoas que pretendemos nos unir em matrimônio. Quais suas aspirações e objetivos? Temos afinidades além da paixão carnal? Gostamos de conversar, bater papo? Temos sonhos em comum? O ciúme ultrapassa os limites do razoável?

Na época do namoro são diversos questionamentos interiores que podemos fazer para que as chances de sucesso conjugal aumentem, possibilitando-nos, assim, construir uma família alicerçada na harmonia.

Eis a importância de planejar os passos capitais da existência. O casamento é um deles, por isso deve ser planejado com zelo e carinho, calma e prudência. Assim o passar dos anos e o arrefecimento da paixão não serão passaportes para o triste “suportar o cônjuge”, pois amá-lo verdadeiramente é o objetivo principal, na certeza de que conquistamos um amigo para a eternidade.

Contei o fato relacionado à minha vida porque considero importante compartilhar as experiências para que mais pessoas tomem nota e, se possível, beneficiem-se do que já vivemos.

Separar é muito complicado, por isso, amigo leitor, pense bem, analise e reflita com muito cuidado antes de dar o importante passo do casamento em sua vida.
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Colaboração:
Wellington Balbo
Bauru-SP
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Divórcio

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Do divórcio ante a evolução do Espírito
05/04/2009

Em artigos publicados no mês transato, verificamos que o Cap. XXII do livro que Allan Kardec publicou em 1864, O Evangelho Segundo o Espiritismo, se resumia apenas em dois temas. O primeiro deles, aqui já estudado, dividido em quatro itens; cabe-nos hoje concluir o assunto “Não separeis o que Deus juntou”, com a transcrição, na íntegra, do item 5, intitulado “O Divórcio”:

“O divórcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato; não é contrária à lei de Deus, uma vez que não reforma senão o que os homens fizeram, e não é aplicável senão nos casos em que não se levou em conta a lei divina; se fosse contrária a esta lei, a própria Igreja seria forçada a considerar prevaricadores aqueles dos seus chefes que, pela sua própria autoridade, e em nome da religião, em mais de uma circunstância, impuseram o divórcio; dupla prevaricação então, uma vez que seria só em vista de interesses temporais, e não para satisfazer a lei do amor.

Mas Jesus, ele mesmo, não consagrou a indissolubilidade absoluta do matrimônio. Não disse: ‘É por causa da dureza de vosso coração que Moisés vos permitiu devolver vossas mulheres? O que significa que, desde o tempo de Moisés, a afeição mútua não sendo o objetivo único do casamento, a separação podia tornar-se necessária.’ Mas acrescenta: ‘Isso não foi desde o princípio’; quer dizer que na origem da Humanidade, quando os homens não estavam ainda pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho, e viviam segundo as leis de Deus, as uniões fundadas sobre a simpatia, e não sobre a vaidade ou a ambição, não davam lugar ao repúdio.

Vai mais longe e especifica o caso em que o repúdio pode ter lugar: o de adultério; ora, o adultério não existe onde reina uma afeição recíproca sincera. Proíbe, é verdade, a todo homem de esposar a mulher repudiada, mas é preciso ter em conta os costumes e o caráter dos homens do seu tempo. A lei mosaica, nesse caso, prescrevia a lapidação; querendo abolir um uso bárbaro, seria preciso, entretanto, uma penalidade, e a achou na ignomínia que devia imprimir a interdição de um segundo matrimônio. Era de alguma sorte uma lei civil substituindo outra lei civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, devia sofrer a prova do tempo.”

Com relação à evolução do Espírito, ouçamos Allan Kardec, no Cap. XI — “Encarnação dos Espíritos” — em A Gênese – Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo:

“À medida que progride moralmente, o Espírito se desmaterializa, isto é, depura-se, com o subtrair-se à influência da matéria; sua vida se espiritualiza, suas faculdades e percepções se ampliam; sua felicidade se torna proporcional ao progresso realizado. Entretanto, como atua em virtude de seu livre arbítrio, pode ele, por negligência ou má vontade, retardar o seu avanço; prolonga, conseguintemente, a duração de suas encarnações materiais, que, então, se lhe tornam uma punição, pois que, por falta sua, ele permanece nas categorias inferiores, obrigado a recomeçar a mesma tarefa. Depende, pois, do Espírito abreviar, pelo trabalho de depuração executado sobre si mesmo, a extensão do período das encarnações.”

Elias Barbosa
Clínico geral e psiquiatra
eliasbarbosa34@terra.com.br
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Fonte:
http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,22,ARTICULISTAS,7180
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