Folha de São Paulo
Fotos do Espaço
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Fotos do Espaço
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13mai2013
Após cinco meses, astronauta pop volta à Terra com coleção de fotos incríveis
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A Expedição 35 termina nesta segunda-feira (13) com o retorno do comandante Chris Hadfield, 53, e os engenheiros de voo Roman Romanenko e Tom Marshburn.
Nesses cinco meses (146 dias ao todo) Hadfield conquistou centenas de milhares de fãs que acompanharam as imagens e vídeos compartilhados por ele em sua conta no Twitter.
O astronauta mostrou formações curiosas de lugares pouco conhecidos da Terra e também contou com a ajuda dos internautas para descobrir o nome de lugares que ele não sabia.
Também compartilhou fotos de lugares que só podem ser vistos por inteiro do espaço.
Outro feito do canadense foi quando ele se tornou o primeiro astronauta a gravar um dueto musical simultâneo entre a Terra e o espaço.
Hadfield ficou na estação desde dezembro de 2012 e em março deste ano se tornou o chefe da missão.
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Vide fotos. Click aqui. Grato.
Eles chegaram. Click aqui. Grato.
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Fonte:
Folha de São Paulo
Tecnologia para crescer
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Tecnologia para crescer
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Qual outro evento (invento) promoverá o crescimento material da Humanidade?
Os três mostrados acima são filhos da Física.
Qual outra área do Conhecimento (click) humano será a responsável?
Amigo leitor, você pode opinar?
O que nos espera no futuro próximo?
Gostaria muito de ouvir a sua “Voz”.
Escreva-me: sinapseslinks@gmail.com
Muito obrigado.
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Em tempo: Haveria um gráfico semelhante a este para caracterizar a Evolução Moral da Humanidade?
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Desejo que o seu Novo Dia Concedido seja: Feliz!
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Fraternalmente,
Leal – aprendiz em todas as instâncias da Vida
Encarnado há 26592 dias. Obrigado Senhor!
Sedentarismo
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Sedentarismo mata
O número de obesos cresce no país, e o sedentarismo mata mais que o tabagismo. Planos de saúde poderão dar desconto a quem faz exercícios físicos
A atividade física sempre foi defendida para se manter saudável e retardar o aparecimento de doenças. Uma recente pesquisa americana, realizada em 122 países, foi muito além dessa verdade incontestável, trazendo um forte alerta: a inatividade física mata. Ela é mais letal do que o tabagismo.
De acordo com o estudo, o tabaco causou 5,1 milhões de vítimas fatais no mundo em 2008. Já o sedentarismo respondeu por 5,3 milhões de mortes. A inatividade seria responsável por 6% das doenças coronarianas, 7% das diabetes tipo 2 e 10% dos cânceres de mama e de pulmão. Os números levaram os cientistas a considerar o sedentarismo uma pandemia.
O Ministério da Saúde tem buscado investir não somente no tratamento de doenças, mas no cuidado de toda a saúde do brasileiro, da prevenção à cura.
O Programa Academia da Saúde, lançado em 2011, incentiva a prática da atividade física e prevê a implantação de 4 mil polos até 2014.
Há, em construção, 1.568 unidades. Todas terão infraestrutura, com equipamentos e profissionais para a orientação nutricional, de práticas corporais e de atividades físicas. Além disso, esses polos funcionam articulados com as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A iniciativa reforça nosso empenho em assegurar a melhoria da qualidade de vida da população, sobretudo a mais vulnerável, ao mesmo tempo em que evita mortes prematuras e reduz custos com medicamentos e internações. A disponibilidade de espaços públicos para exercícios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas.
Pessoas que passaram a se exercitar em projetos semelhantes apresentam melhoras na saúde, a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro.
Em três anos, nas academias cariocas, 83% dos frequentadores diminuíram a dosagem do medicamento, 41% a frequência ao dia e 7% não precisam mais ser medicados. Outros fatores que aumentam o risco cardíaco também sofreram drásticas quedas: 88% dos praticantes diminuíram o peso corporal, 62% o IMC e 84% a circunferência abdominal. Outra frente de atuação é com os planos de saúde. Resolução do Ministério da Saúde autoriza descontos para quem pratica atividade física.
O estudo americano também indicou que 80% dos adolescentes são sedentários. Para promover hábitos saudáveis em crianças e jovens, os ministérios da Saúde e da Educação trabalham em parceria para fortalecer o Programa Saúde na Escola, que leva médicos e profissionais das Unidades Básicas de Saúde à rede pública de ensino para aconselhamento nutricional e orientação de saúde. Já foram atendidos 12 milhões de estudantes em 56 mil escolas de 2.495 municípios.
Anualmente, o ministério monitora a saúde do brasileiro. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) revela que 48,5% da população está acima do peso. O percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
No entanto, o estudo também traz a boa notícia da redução da inatividade entre os homens, de 16% para 14,1%, uma redução de 0,7% ao ano.
Para sair da estatística de sedentarismo, não é necessário praticar esporte. Exemplos da vida cotidiana, como estacionar o carro um pouco distante do local a que se destina e finalizar o trajeto a pé, subir pequenos lances de escada ou mesmo brincar com os filhos ou passear com o cachorro ajudam a combater a inatividade. As Academias da Saúde são mais um incentivo para que todos abracem essa ideia.
ALEXANDRE PADILHA, 41, é médico e ministro da Saúde
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Fonte:
http://migre.me/a6Z8k
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Educação
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Educação
O FUTURO DOS LIVROS DIDÁTICOS
Na quinta-feira, realizou-se a última promessa de Steve Jobs. A Apple entrou no mercado americano de livros didáticos. Associada às maiores editoras americanas, ela produzirá livros a US$ 14,99, uma verdadeira pechincha. No mesmo lance, lançou o aplicativo iBooks Author (grátis), que transforma qualquer autor num editor.
O Author turbinará o mercado de livros feitos em casa e vendidos na rede. Ele já existe, com resultados surpreendentes. Amanda Hocking, uma jovem de 26 anos movida a Red Bull que escreveu 17 livros nas horas vagas, submeteu-os a 50 editoras de papel e foi recusada por todos. Botou nove deles na rede, vendeu 1 milhão de cópias e embolsou US$ 2 milhões. O mais barato é grátis, o mais caro custa US$ 8,99. (Com seu viés açambarcador, a Apple quer que a freguesia só use o Author em Macs e que só comercialize os livros na sua loja.)
Já os e-books didáticos prenunciam uma revolução, com vídeos, áudios e imagens que mudam ao toque do freguês. Mais a possibilidade de criação de comunidades de jovens que estudam naquele volume.
Tudo isso por menos da metade do preço de um livro de papel.
Quem quiser ver o que vem por aí, pode baixar a versão para iPad ou iPhone de “Our Choice” (“Nossa Escolha – Um Plano para Resolver a Crise Climática”), de Al Gore, por US$ 4,99.
Essa revolução está na rua. Em vez de o governo pensar num modelo Kodak, comprando 500 mil laptops ou tabuletas, derramando dinheiro da Viúva com ferragens numa rede onde faltam professores e cursos de qualificação, os ministérios da Educação e da Ciência poderiam planejar o futuro.
Em 2010, o MEC gastou R$ 855 milhões no bem-sucedido Programa Nacional do Livro Didático.
Desse ervanário, pelo menos R$ 700 milhões foram gastos com papel e impressão. Coisas como alfafa e cocheiros no tempo das carruagens. Os autores ficaram com algo mais de R$ 50 milhões.
Os dias das grandes editoras de livros didáticos penduradas em parques gráficos durarão o quanto duraram os estábulos no início do século passado.
Nos próximos anos, com a disseminação e o barateamento das tabuletas, as editoras, grandes ou pequenas, se diferenciarão pelo qualidade dos seus cérebros.
Se o governo for humilde na compra de ferragens, porém ambicioso no planejamento da capacitação de professores e de técnicos capazes de estimular e organizar autores, todo mundo ganha, sobretudo a Viúva.
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Fonte: http://bit.ly/yEDfax
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Vídeos de apresentação da Apple.
Vídeo 1: http://bit.ly/wS0gKl
Vídeo 2: http://bit.ly/yC4Cbj
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Colaboração:
Douglas Camargo Leal
Site: http://bit.ly/wepvG0
São Paulo-SP
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Maiores Museus do Mundo
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Google põe acervo dos maiores museus do mundo na web
Projeto digitaliza galerias de 17 instituições de arte e torna pinturas mais acessíveis
JULIANA VAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Está bem guardada na National Gallery de Londres a tela “Os Embaixadores” (1533), de Hans Holbein, o Jovem. Mas não é mais preciso tomar um avião à Inglaterra para vê-la em detalhes.
Desde a semana passada, um novo site (www.googleartproject.com) do Google disponibiliza imagens em altíssima resolução dessa e de outras obras dos principais museus do mundo.
O projeto, denominado Google Art Project, foi lançado com cerimônia na Tate, uma das 17 galerias participantes, e se assemelha ao Google Street View.
O visitante pode navegar pelos corredores virtuais, “passear” pelas salas, aproximar as pinturas e saber mais sobre elas. A qualidade hiperreal das mais de mil reproduções impressiona, deixa identificar minúcias nas pinceladas, marcas da ação do tempo sobre a matéria.
Mas nem todas as salas estão lá, e muito menos, todas as obras. A parceria com as megainstituições se deu de tal modo que cada museu escolheu exatamente o que de seu acervo mostrar.
Entre as galerias participantes estão, até agora, quatro americanas (MoMA, Metropolitan, Frick Collection e Freer Gallery of Art), duas britânicas (National Gallery e Tate), uma tcheca (Kampa), as berlinenses Alte Nationalgalerie e Gemäldegalerie, as espanholas Reina Sofía e Thyssen-Bornemisza, a italiana Uffizi, o Palácio de Versalhes, duas holandesas (Rijksmuseum e Van Gogh) e duas russas (Museu Hermitage e Tretyakov).
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Visite o Google: Click aqui
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0702201112.htm
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Conquistando o Instinto Assassino
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Conquistando o instinto assassino
Usar a psicologia humana para poder especular sobre o comportamento ET pode ser uma atitude míope e perigosa
SERÁ QUE CRIATURAS inteligentes podem escapar do instinto assassino? Quando se fala de invasões de extraterrestres, em geral, o foco é apocalíptico: “eles” vêm para nos destruir e roubar os bens do nosso planeta sem qualquer remorso.
Essa visão dos ETs não passa de um espelho de nós mesmos. Basta olhar para o dano que os colonizadores causaram na África, nas Américas e no Pacífico. Segundo os especialistas do projeto Seti, que há 50 anos busca por sinais transmitidos por supostas civilizações extraterrestres, temos grandes chances de detectar algo nas próximas décadas. Em 20 anos, teremos “visitado” dez milhões de estrelas, uma amostra razoável.
O problema, porém, não é a identificação de uma transmissão inteligente, mas a sua interpretação. Os ETs provavelmente não serão tão bonzinhos quanto os do romance “Contato”, de Carl Sagan, que montaram uma mensagem que podemos compreender. Usar a psicologia humana para especular sobre o comportamento de inteligências extraterrestres pode ser não só uma atitude míope, mas perigosa.
Claro, temos de começar de algum lugar. O que é suposto (como em filmes e livros de ficção científica que partem de “A Guerra dos Mundos”) é que as leis da evolução e a sobrevivência do mais forte dita o comportamento de todos os seres inteligentes do Universo.
Em outras palavras, mesmo criaturas inteligentes não podem escapar dos seus instintos animais: onde há vida, o instinto assassino reina.
Gostaria de apresentar uma visão menos pessimista. A prova de uma inteligência altamente sofisticada é justamente seu controle sobre o instinto assassino. Em humanos e outros primatas, o instinto assassino é tribal: encontramos proteção na tribo e a protegemos com unhas e dentes. Criamos divisões como Estado, nação e clã, e nos alojamos dentro delas.
ETs capazes de sobreviver a si próprios por um tempo suficientemente longo para criarem tecnologias de comunicação e de viagens interestelares devem ter evoluído além do comportamento primitivo.
O oposto é bem deprimente: quanto mais evoluída a espécie, mais efetivas as suas formas de matar, enquanto que sua moralidade permanece ancorada no animalesco. Se for esse o caso, estamos perdidos, como eles. Prefiro acreditar que não seja assim.
O fato de estarmos ponderando essas questões mostra que estamos progredindo. Sobrevivemos a 60 anos de bombas nucleares (claro, a ameaça ainda é concreta, mas hoje temos consciência de que uma guerra nuclear não tem vencedores). Existe, também, uma maior conscientização da fragilidade do nosso planeta. Sabemos que o mundo precisa mudar e que talvez a mudança tenha de ser global.
Pode ser que estejam os vivenciando o começo de nossa própria transformação numa espécie mais evoluída, menos tribal. É óbvio que o mundo permanece polarizado, dividido pela intolerância religiosa e também pela ganância. É hora de virarmos essa página e avançarmos coletivamente a um novo nível de sofisticação social. Ao menos por ora, a mensagem que vem dos céus nos diz muito mais sobre quem somos do que sobre quem, afinal, são “eles””.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro “Criação Imperfeita”
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0901201103.htm
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Inevitabilidade Humana
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Inevitabilidade Humana
Será que nós somos uma consequência inevitável das leis da natureza? Ou não passamos de acidente?
SEMPRE ACHEI que final de ano é época de reflexão, e não só de presente e festa. Portanto, vamos lá.
Olhe para as suas mãos.
Nela, você encontra átomos que pertenceram a estrelas desaparecidas há mais de 5 bilhões de anos. Essas estrelas, no final de sua existência, forjaram os elementos químicos que compõem o seu corpo, as montanhas, os rios e os oceanos.
Quando explodiram, elas espalharam suas entranhas pelo espaço sideral, os ingredientes da vida, em ondas de choque que se propagavam a milhares de quilômetros por segundo. Em um canto da galáxia, essas ondas se chocaram com uma enorme nuvem de hidrogênio, provocando instabilidades que levaram ao seu colapso. E dele nasceu o Sistema Solar, com sua corte de planetas e luas e, em um deles, seres capazes de questionar suas origens.
Somos, concretamente, restos de estrelas animados de consciência.
O incrível disso é que tudo começou com praticamente apenas hidrogênio e gravidade. Ao comprimir essas nuvens de hidrogênio em estrelas, a gravidade se tornou o grande alquimista cósmico, criando os elementos químicos a partir do mais simples. Na visão moderna do Universo, somos o que acontece quando damos alguns bilhões de anos de tempo ao hidrogênio e à gravidade.
Temos muitas lacunas a preencher nessa grande narrativa cósmica, e é isso que faz os cientistas acordarem todos os dias com pressa de chegar ao trabalho. Dentre as várias questões, uma das mais controversas é sobre nossa inevitabilidade. Será que somos consequência inevitável das leis da natureza? Ou um mero acidente, e o Universo poderia igualmente existir sem nós?
A posição mais conservadora diria que tudo o que podemos fazer é medir. Não existe qualquer plano ou objetivo, apenas o que ocorre. A história que reconstruímos à partir dessas medidas começa com (pelo menos) quarks, elétrons e radiação e, bilhões de anos depois, inclui vida e seres humanos. Não há dúvida de que a matéria ficou mais complexa com o passar das eras. Por quê?
Antes de tentar dizer algo, vale a pena contemplar o que já conseguimos até aqui. A ciência comprova nossa profunda relação com o Cosmos. Não apenas porque vivemos nele, mas porque somos feitos dele: nós e todos os agregados de matéria, vivos e não-vivos. Estamos no Cosmos e o Cosmos está em nós.
Quem duvida que a ciência é uma busca espiritual deveria refletir sobre o que escrevi acima. A pesquisa do cientista, os dados e sua análise quantitativa, são atividades que dão concretude à busca. Alguns ficam só nisso e estão bem assim. Mas uma visão menos focada revela o óbvio: a ciência responde a anseios espirituais que estão conosco desde tempos ancestrais.
Retornando à nossa questão, alguns acreditam que deve existir um princípio que justifique a tendência à complexidade. Mas não temos evidência disso. O Cosmos poderia ter se desenvolvido sem nós. Mas o fato é que estamos aqui! Se abrirmos mão desse princípio, temos que aceitar que somos um acidente.
Talvez seja essa a origem da nossa importância. Se podemos refletir sobre a vida, temos algo de especial. Isso deveria nos levar a uma reavaliação do nosso papel: guardiões da vida e do planeta. Talvez seja essa a nossa missão inevitável.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro “Criação Imperfeita”
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1912201003.htm
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Software ensina PC a pensar
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Software ensina PC a pensar
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Tá Feliz?
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PSICOLOGIA HEDONISTA
A felicidade custa R$ 11 mil
Não ser pobre faz diferença no grau de bem-estar, mas dinheiro perde efeito após certo limiar, diz novo estudo
RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO
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Para saber até que ponto dinheiro compra felicidade, estatísticos analisaram um banco de dados gigantesco nos EUA. Descobriram um valor a partir do qual mais riqueza não significa mais bem-estar: R$ 11 mil por mês.
“Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão”, diz Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002 e coautor da nova pesquisa publicada na revista científica “PNAS”.
Para ser feliz, então, o importante não é ser rico, mas sim não ser pobre, revelam entrevistas feitas com mais de 450 mil americanos.
A pesquisa funciona assim: entrevistadores pedem que as pessoas relatem a frequência com que se sentiram felizes ou sorridentes recentemente. Perguntam o mesmo com relação ao estresse.
Pedem também que, em uma escala de zero a dez, digam o quanto estão satisfeitas com as suas vidas -a “nota” média dada pelas pessoas foi de 6,76.
Cruzam, então, as respostas obtidas com dados sobre a vida dos entrevistados.
SOLIDÃO AMIGA DO PEITO
Assim, eles descobriram, por exemplo, que gente solitária se sente muito infeliz até em comparação com quem sofre de um problema crônico de saúde.
Ter filhos, por outro lado, traz felicidade. Mas, curiosamente, em média o efeito é menor do que o de ter um plano de saúde- ao menos em países em que o sistema público de hospitais é ruim, como os EUA e talvez o Brasil.
Surpreende também a correlação entre envelhecer e se sentir mais feliz.
Aparentemente, os anos fazem com que as pessoas aprendam a lidar com as dificuldades.
O fator campeão de bem-estar, porém, é ser uma pessoa religiosa. Angus Deaton, também de Princeton, esboçou uma explicação para a Folha sobre isso.
“Quem vai à igreja faz amigos por lá, e isso tem um impacto muito bom. A religião também ajuda os fiéis a entender algumas questões mais difíceis da vida, e isso pode servir de apoio em tempos difíceis. Além disso, muitas igrejas oferecem cuidado médico ou apoio social.”
A fé é o único fator que consegue até ganhar do dinheiro na busca pela felicidade.
O valor de R$ 11 mil reais, claro, serve como indicador, mas é bom ter em mente que, como ele se refere aos Estados Unidos, uma margem de erro precisa ser levada em consideração ao adaptá-lo ao Brasil -onde, ao menos em algumas cidades, o custo de vida pode ser bem diferente.
“Nós sabemos, por exemplo, que os latino-americanos costumam se sair bem em medições de felicidade”, recorda Angus Deaton.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0709201001.htm
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Uma Ecologia Espiritual
Uma Ecologia Espiritual
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O respeito à vida como verdade universal leva a um estado em que agimos como os guardiões dela
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ESTÁ NA HORA de irmos em frente e deixar para trás o desgastado embate entre a ciência e a religião, que já não rende nada.
É preciso encontrarmos um novo rumo, ir além da polarização linear que vem caracterizando as discussões do papel da fé e da razão na vida das pessoas por mais de cem anos. A ciência não se propõe a roubar Deus das pessoas, e nem toda prática religiosa é anticientífica.
Existe uma outra dimensão a ser explorada, ortogonal a esse eixo em torno do qual giram os argumentos mais comuns.
Um caminho possível é explorar valores morais de caráter universal que desafiem a linearidade do cabo de guerra entre a ciência e a religião.
Bem sei que, para muita gente, a proposta de encontrar valores morais universais representa já um beco sem saída. Relativistas culturais, por exemplo, argumentarão que esses valores universais não existem, que o que é certo para um pode ser errado para outro. Por exemplo, culturas nas quais a poligamia é aceita.
Para encontrar valores morais universais, precisamos ir mais fundo. Não podem ser valores que variem de cultura para cultura ou em épocas diferentes, como a ideia do casamento. Sugiro que o valor mais efetivo que podemos explorar vem da única certeza universal que temos: a morte.
A morte não é recebida com prazer em nenhuma cultura. Claro, alguns veem a morte como uma transição para uma nova vida, ou um mero aspecto de uma existência sem fim. Outros podem até vê-la como um ato heroico de martírio. Mas, tirando fundamentalistas radicais, ninguém em boa saúde física e mental escolhe morrer. Portanto, de todos os valores morais que podemos imaginar, proponho que o mais universal seja a preservação da vida.
Não me refiro apenas à vida humana. Quando percebemos o quanto nossas vidas dependem do planeta que habitamos, damos-nos conta de que precisamos agir para preservar todas as formas de vida. É óbvio que temos que garantir nossa existência, e que isso requer que consumamos alimentos. Mas esse consumo não precisa ser predatório. Pode ser planejado para que mantenha um equilíbrio saudável entre o que é produzido e o que é consumido.
Quanto mais saudável o planeta, mais saudável a economia. Isso pode não ser óbvio a curto prazo, mas em intervalos de décadas é.
Este é o século em que finalmente iremos entender que precisamos estabelecer uma relação simbiótica com a Terra. Talvez essa seja a lição mais importante que a ciência moderna tem a ensinar.
O respeito à vida como moral universal leva a uma ecologia espiritual na qual nós, como espécie dominante do planeta, agimos como guardiões da vida. Com isso, a dimensão espiritual que nos é tão importante ganha expressão na devoção ao planeta e às suas formas de vida.
Esse senso de conexão espiritual com a natureza é celebrado tanto na ciência quanto na religião. De Einstein a Santa Teresa de Ávila (grato a Frei Betto, por me chamar atenção para esta obra), o mundo é festejado como sacro. As palavras variam, mesmo a motivação pode variar; mas, em sua essência, a mensagem é a mesma. Acho difícil encontrar uma moral universal mais básica do que o respeito à vida e ao planeta que a abriga de forma tão generosa. Ao menos, é um começo.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro “Criação Imperfeita”
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1508201005.htm
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