Baú das Culpas

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Sentimento de culpa

“A verdade sai do erro. Por isso nunca tive medo de errar, nem dele me arrependi seriamente.”

Essa frase do psiquiatra suíço C. G. Jung (1875-1961) nos faz refletir sobre muitas coisas… Quase sempre chegamos na verdade ao errarmos. É isso mesmo! Mas, quantos erros cometemos até chegarmos na verdade? Isso não importa, o que deve importar mesmo é a experiência adquirida e o crescimento obtido. Mas nem sempre temos essa consciência e, na maior parte do tempo, os erros cometidos são transformados em culpas. Alguns passam a vida errando e se culpando; outros sendo vítimas dos erros dos outros, e culpando-os; outros não fazem nada ou em tudo que fazem, são culpados; e outros, ainda para justificarem seus próprios erros, nos culpam. Que loucura, não?

Culpa é o sentimento de ser indigno, mau, ruim, carrega remorso e censura. A culpa é o resultado de muita raiva guardada que se volta contra nós mesmos. Poderíamos resumir assim:

Raiva + mágoas reprimidas = culpa = autopunição

Esse sentimento que corrói nossa alma e que muitas vezes nos impede de sermos nós mesmos, tem muitas variáveis difíceis de se esgotar. Mas podemos refletir sobre alguns aspectos geradores de culpa.

Características de quem sente culpa

– Preocupação excessiva com a opinião dos outros;
– Sente-se mal quando recebe algo, pois na verdade não se considera digno de aceitar o que os outros dão;
– Fala repetidamente sobre o que motivou a sentir culpa;
– Raiva reprimida;
– Dificuldade em assumir responsabilidade pelos próprios atos;
– Sente-se rejeitado;
– Responsabiliza o outro pelo próprio sofrimento;
– Sente-se vítima em algumas ou muitas situações;
– Geralmente se pune ficando doente, ou sendo vítima freqüente de acidentes, ou seja, autopunições constantes;
– Dificuldade em expressar os reais sentimentos;
– Não consegue falar ‘não’;
– Necessidade em agradar;
– Sempre fazendo algo pelos outros e raramente para si mesmo;
– Dificuldade em fazer algo só para si;
– Não consegue administrar o tempo, pois está sempre sobrecarregado;
– Baixa auto-estima;
– Falta de amor-próprio.

Você pode se identificar com essas características ou ter outras, o importante é reconhecer que a culpa traz muitas conseqüências em nosso modo de ser e agir. Perceba como se sente, elevando assim seu autoconhecimento para mudar o que te faz sofrer.

A culpa pode ser gerada pela (o)

– Religião;
– Morte;
– Manipulação;
– Crítica;
– Regras;
– Acusações;
– Repressão;
– Rigidez;
– Inflexibilidade;
– Julgamento;
– Controle;
– Dependência;
– Superproteção;
– Raiva;
– Medo;
– Rejeição;
– Abandono;
– Abusos;
– Mentira;
– Prazer;
– Felicidade;
– Dinheiro;
– Sucesso;
– Expectativa;
– Comparações;
– Necessidade de agradar;
– Comodismo/ falta de atitude;
– Sentimentos de impotência;
– Preconceito;
– Segredos, principalmente entre os familiares.

Aqui estão algumas causas do sentimento de culpa. A origem de sua culpa pode ser outra, ou serem várias. Procure ter a consciência exata da origem do seu sentimento de culpa. Explore um pouco mais sobre o que gerou em você a culpa. Comece perguntando-se: O que me faz sentir culpa? De não ter sido amado? Ter sido rejeitado, abandonado? Ter acreditado que recebia amor, quando na verdade recebia apenas o que acreditava ser amor? Ter sido vítima de maus tratos e abuso sexual ainda criança? Terem me ocultado a verdade, o que me obrigou a acreditar e conviver com a mentira? De não ter sido amado?

Faça uma lista de todas as culpas que você sente, por maior que possa ser a lista, faça! Isso o ajudará a compreender melhor seus sentimentos e conflitos gerados pela culpa. Analise as situações em que aconteceram os fatos e se você efetivamente tinha condições de agir diferente de como agiu. Depois continue sua análise. Onde, quando e por que começou cada uma delas? Quais são as situações que me sinto culpado pelo que fiz ou deixei de fazer? Quais eram meus valores em relação ao assunto quando agi daquela forma? Se fosse hoje minha atitude seria diferente? Como? Quem fazia ou faz com que eu me culpe? Busque a relação da culpa atual com seu histórico de vida. O objetivo desse exercício não é buscar mais culpados, mas explorar os motivos pelos quais ainda se culpa, se responsabilizando pelos seus atos, e mudar o que pode ainda ser mudado, libertando-se desse sentimento que aprisiona e impede o crescimento.

Conseqüências da culpa

– Autopunição;
– Medo;
– Sofrimento;
– Remorso;
– Estagnação;
– Doença – segundo alguns estudos, a culpa está presente em praticamente a maioria das pessoas portadoras de câncer;
– Tristeza/depressão;
– Submissão;
– Prisão emocional;
– Solidão;
– Dificuldade em impor limites, dizer não;
– Fuga através do álcool, drogas;
– Compulsão alimentar;
– Conflitos internos e nas relações ;
– Dificuldade em sentir prazer;
– Destruição da auto-estima e amor-próprio.

As conseqüências da culpa são muitas, isso ocorre porque com a culpa está sempre presente a necessidade, ainda que inconsciente, de autopunição. É certo que a culpa pode ser um sinal de alerta sobre falta de limite e respeito pelo outro; ou a indicação que é preciso mudar algum padrão de comportamento. Caso contrário, poderá continuar machucando aqueles que lhes são mais caros.

O mais indicado sempre é responsabilizar-se e não se culpar, pois a culpa faz com que permaneçamos no papel de vítima e esse traz apenas estagnação e repetição de padrão, não proporciona crescimento. A responsabilidade faz com que acreditemos na capacidade de mudar. E todos nós temos essa capacidade!
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Sentimento de culpa leva à autopunição

“A verdade sai do erro. Por isso nunca tive medo de errar, nem dele me arrependi seriamente”

Rosemeire Zago
r.zago@uol.com.br
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Pesquisa do Leal
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Fonte:
http://www.portalangels.com/comportamento39.htm
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Ego

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Ego

Estive pesquisando sobre o ego e vai aqui algumas considerações.

Freud

Na teoria do Dr. Freud, o ego é a instância psíquica mediadora nas relações do nosso mundo interno (subjetivo) com o mundo externo (objetivo). Por isto, diz-se que o ego traduz o princípio de realidade, diferentemente do princípio do prazer, próprio do “id”.

Um ego desestruturado é aquele que não consegue equilibrar o princípio do prazer + o princípio do dever (id + superego) a ponto de conseguir construir habilidades necessárias para a vida social, no princípio de realidade.

Jung

O rompimento de Jung com Freud, entretanto, acaba por trazer ao mundo um grande benefício. Jung teve que alçar vôo sozinho em busca de respostas para si mesmo e, de certa forma, para provar que suas idéias eram válidas e as de Freud tinham valores parciais, mergulhou no mais profundo de sua alma, conectou-se com seu inconsciente e buscou lá inspiração e coragem parar mudar a face da psicologia.

Para Jung, o Ego é um complexo; o “complexo do ego”. Diz ele, sobre o Ego:

“É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória.
Todos temos uma certa idéia de já termos existido, quer dizer, de nossa vida em épocas passadas; todos acumulamos uma longa série de recordações. Esses dois fatores são os principais componentes do ego, que nos possibilitam considerá-lo como um complexo de fatos psíquicos.”

O complexo do ego, entretanto, é diferente dos outros complexos, porque se impõe como centro da consciência e atrai para si os demais conteúdos conscientes, visa também, mais do que outro complexo, a totalidade.

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Depois de ter lido as duas opiniões conclui que o ego faz parte do nosso Espírito.

Portanto, as reminiscências de vidas passadas que ficam em nossas mentes (espírito) é que nos traz o orgulho e a vaidade do que já vivemos e inconscientemente isso fica impregnado na vida atual não permitindo que nos conformemos em ter que viver a atual existência esquecidos de vidas anteriores.

Pois se a elevação consiste justamente no esquecimento anterior para valorizar as conquistas da vida atual, é preciso parar e pensar.

As experiências das vidas anteriores estão lá guardadas. Temos que aceitar que faltam alguns setores ainda para crescermos para depois haver a união de tudo e sermos considerados evoluídos.

Por enquanto precisamos nos esforçar nas partes que ainda não amadurecemos e ter consciência que não adianta evoluir intelectualmente e não evoluir em Amor ao Próximo.

Aprendi muito com este estudo.

Espero que eu possa ter te ajudado de alguma maneira.

Que Jesus nos abençõe.

Beijos da Amiga de sempre

Ana
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Autora:
Ana Joaquina Andrade
São Paulo-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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