Felicidade

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A felicidade a que se pode sonhar neste mundo.

Wellington Balbo – Salvador BA

Artigo originalmente publicado no jornal Momento Espírita, do Centro Espírita Amor e Caridade – Bauru SP.

A felicidade é tema que vem sendo debatido desde que o mundo é mundo. Aspiração de todos, conquista de poucos.
Enfim, é possível ser feliz sempre, ou a felicidade é momentânea aqui na Terra?
Para a pergunta acima encontra-se resposta no Espiritismo que explica ser, ao menos na Terra, impossível desfrutar de uma felicidade absoluta, haja vista que a vida foi dada ao homem como prova e expiação, contudo, depende dele abrandar seus males e, então, ser feliz tanto quanto é possível num mundo que pertence a hierarquia mencionada acima.
Informam os Espíritos ainda que é a falta de observância das leis de Deus o fator decisivo para afastá-lo da felicidade neste planeta.
Logo, ao cumprir as leis de Deus, o homem, certamente, encontrará a felicidade. Portanto, toda infelicidade, ou todo momento infeliz tem, em sua essência, o não cumprimento das leis do Eterno.
E quais são essas leis que o homem deve cumprir para ser feliz?
Basicamente encontram-se nas palavras de Jesus:
Amar ao próximo como a si mesmo!
Ao amar a si mesmo cumprirá com os mais elementares deveres com seu corpo físico, sua vida mental, seus afazeres. Ao amar o próximo abraçará, conforme pondera Emmanuel na mensagem “O auxílio virá”, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, o dever que a vida lhe assinala.
Segundo os Espíritos, então, será apenas cumprindo o dever que o homem encontrará a felicidade.
Há um filósofo de nome Epicuro que viveu aproximadamente 340 a. C e afirmava estar a felicidade nas coisas simples da vida.
Para Epicuro a felicidade encontrava-se na ataraxia, o que significa tranquilidade da alma, ausência de perturbação do espírito.
A felicidade, portanto, consistia em dosar os seus desejos e apetites, utilizando a natureza como parâmetro a fim de manter-se em equilíbrio.
Toda infelicidade e perturbação da alma advém de quando o homem ultrapassa seus limites. Se o homem segue a natureza estará junto a felicidade, dizia Epicuro.
Imagine, apenas para título de exemplo, que você está faminto. Ao ver perto de si um prato de arroz e feijão o devora e, então, sacia sua fome, logo, fica feliz. Naquele momento você combateu a sua dor – fome – com o prato de arroz e feijão. Saciou-se. Contudo, se persistir alimentando-se, indo além do que sua natureza permite, muito provável que passará mal, terá dores, desconforto, desprazer e experimentará, por instantes, uma boa dose de infelicidade.
Eis a razão pela qual o filósofo recomendou que o homem para ser feliz deve seguir a natureza, pois esta traçou os limites do que é necessário à sua satisfação.
O Espiritismo complementa e diz:
Ao se afastar das leis de Deus o homem afasta-se da felicidade.
Há, ainda, em O livro dos Espíritos preciosa sinalização sobre a felicidade. Dizem os Espíritos que encontrá-la, mesmo que relativamente aqui na Terra é possível, de forma comum, sob dois aspectos.
São eles o material e o moral.
Aspecto material
Sob o aspecto material é possível ser feliz com a posse do necessário. Como diz Epicuro, a felicidade está nas coisas simples da vida.
É claro que a civilização criou novas necessidades e o progresso trouxe melhorias, comodidades e confortos que hoje são necessidades. Um exemplo é o computador. Na década de 1980, século passado, as empresas funcionavam tranquilamente sem computador, hoje, contudo, é impossível. O progresso trouxe a melhoria e esta melhoria tornou-se uma necessidade, pois não se consegue, sequer, permanecer no mercado sem a utilização desta tecnologia.
Portanto, ficar feliz com o necessário não é voltar à Idade da Pedra, mas saber aproveitar as coisas para que as coisas não se aproveitem de nós.
Quando eu saio do campo da necessidade real e inicio o processo de afastamento do que é simples, corro o risco de comprometer minha felicidade porque gero “necessidades” irreais e, por isso, julgo que só serei feliz quando delas tomar posse.
Ledo engano, pois obter essas coisas apenas saciarão os desejos, mas logo surgirão novas “necessidades” que, obtidas, serão substituídas por outras e outras, num intenso processo de querer mais.
Dizem os Espíritos: aqueles que sabem limitar seus desejos e enxergam sem inveja os que estão acima de si poupam-se de muitos dissabores e decepções.
É justamente isso: felicidade com a posse do necessário, limitando os desejos. Em outras palavras, não deixar de buscar o progresso, mas alegrar-se com o que se tem, com o que já foi conquistado e, principalmente, com as coisas mais simples.
Voltando ao outro aspecto da felicidade a que se referem os Espíritos que é o moral, dizem eles:
Aspecto moral
Para a felicidade são necessários, consciência tranquila e a fé no futuro.
Impossível ser feliz sem a consciência tranquila. Sem, como vulgarmente se diz, deitar a cabeça no travesseiro de forma serena e dormir o sono de quem fez de seu dia um dia bom.
E consciência tranquila é, como diz Epicuro, a ataraxia, a serenidade da alma. Atualmente, porém, as pessoas perdem a tranquilidade da alma justamente porque se obrigam a serem felizes.
O indivíduo que se encontra triste logo é discriminado.
Tem de tudo mas está lá, infeliz, comentam todos.
Está triste? Tome logo esse remédio para ficar melhor, para ficar feliz. Logo, o sujeito que está triste, passando por uma fase difícil, sente-se um peixe fora d’agua, alguém totalmente deslocado porquanto a sociedade é feliz e manda ele ser feliz de qualquer jeito. Caso não seja: medique-se!
E esse indivíduo, então, obriga-se a ser feliz sem refletir nas razões pelas quais está triste, sem saber a essência de sua chateação.
Outro dia uma amiga comentou:
Apenas eu sou infeliz! Todos são felizes, postam fotos de felicidade nas redes sociais. E eu? Será que serei apenas eu a escolhida pela infelicidade?
Pois bem. Tenho visto muita gente assim, nessa obrigação, nessa neurose para ser feliz porque o mundo ficou “feliz”.
Mas ninguém é feliz obrigado, a consciência de ninguém estará tranquila por uma imposição.
Na Terra haverá os momentos de dor, de lágrimas e o fundamental é refletir nas razões pelas quais estamos passando por essas fases, de modo a elaborar o luto e, a partir do processo de reflexão buscar a melhoria do estado de ânimo, a cessação da dor e, consequentemente, o retorno dos momentos felizes.
Terapias, ajuda espiritual, passes e prece são ferramentas que, entretanto, não prescindem da reflexão em torno de si mesmo e na construção do autoconhecimento para que se encontre com a felicidade. Por isso é tão importante elaborar a tristeza não jogando-a para debaixo do tapete por imposição social de ser sempre feliz e forte.
Um outro ponto do aspecto moral é a fé no futuro. A fé no futuro representa a esperança em dias melhores. A fase pode não estar boa, mas a fé no futuro sussurra aos ouvidos:
Prossiga, continue, ore e sirva porque tudo vai mudar para melhor. Isso é apenas uma fase e passará.
Então, recapitulando um pouco os pontos que podem fazer o encontro com a felicidade, sem querer, naturalmente, transformar em uma receita de bolo.
Prazer nas coisas simples.
Posse do necessário.
Reflexão nas fases tristes e elaboração do luto.
Fé no futuro.
Acrescenta-se mais um:
Estar ao lado de quem amamos, das almas afins, pois, segundo os Espíritos, é junto aos amigos, perto das almas afins que sentimos o gosto da felicidade mais plena que já gozam Espíritos mais evoluídos.
Enfim, aqui na Terra, muito mais do que alcançar a felicidade é buscar momentos que nos fazem felizes, momentos que dizem valer a pena existir.
Ao escrever esta singela matéria eu encontrei um pouco da felicidade, um pouco da alegria. Encerrar o texto deu-me a sensação de dever cumprido, mas escrevê-lo foi o que me fez feliz. Eu fui, ao menos por algumas horas, feliz neste mundo.
Espero que você, leitor amigo, encontre também um pouco de felicidade na leitura e, além disso, torço para que encontre mais felicidade em seu caminho, pois é no caminho que encontramos as flores e os espinhos que compõem o jardim da felicidade.
Até a próxima.
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Wellington Balbo

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Ser feliz em família, você consegue?
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Wellington Balbo
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O Centro Espírita Precisa de Você?

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Wellington Balbo

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Wellington Balbo – Salvador BA

Venho há algum tempo refletindo nosso Movimento Espírita, nossos dirigentes, nossas tendências. Naturalmente que jamais levantarei nomes, que jamais irei expor a imagem de A, B ou C, entretanto, um ponto se faz necessário cuidarmos com interesse: nosso imenso pudor em aparecer, nosso extremo medo da vaidade, que, na minha forma de enxergar a questão está entravando o progresso da divulgação do Espiritismo.
Veja, isto é apenas a minha opinião, sem fechar questão, sem encerrar o assunto, peço a reflexão de todos.
Um amigo comentou comigo que ao entrevistar determinado dirigente espírita e pedir para o dirigente divulgar a entrevista, ouviu:
– Não divulgarei, prefiro que chegue aos outros de forma espontânea.
O amigo me disse: fiquei confuso, muito confuso. Realiza-se a entrevista para divulgar o trabalho, a instituição, para propagar o que é bom e no momento de fazer a ideia circular escuta-se algo deste tipo. Como assim?
Medo de receber elogios, seria isto?
Medo de ser arrebatado pela vaidade por ter o nome sob os holofotes, seria isto?
Chegamos ao ponto de proibir palmas ao orador, elogios ao escritor, cuidados ao falar das finanças do centro…
Temas simples, corriqueiros e que deveriam ser naturalmente tratados mas, não sei bem as razões, tornam-se tabus, como o sexo era para o homem dos séculos anteriores.
Proponho algumas indagações:
Onde pretendemos chegar?
Até onde queremos que vá a mensagem espírita?
Estarei sendo exagerado?
Ou estamos, realmente, com pudores em demasia?
A humildade não está em ocultar o nome, em não aperecer ou em declarar-se o mais ínfimo dos servidores. Não, isto não é humildade. A humildade constitui nobre virtude em entender que, independentemente da função realizada não se é mais ou menos do que o outro. A humildade está em fazer seu trabalho sabendo que se é apenas um servidor, porém, há servidores que pela atividade exercida terão de ter o nome exposto, e isto não significa que eles terão de ceder aos apelos da vaidade, do ego, do orgulho.
Depois que Chico declarou-se a pulga do leão todos querem ser o último dos servidores.
Não compreendemos, porém, que Chico Xavier era outro ponto, que ele dizia isto para que não se idolatrasse sua imagem, o que não é o nosso caso, afinal, somos meros servidores, Espíritos ainda bem aquém de Chico…
Ninguém, pois, nos idolatrará, não corremos este risco…
Portanto, caso tenhamos de aparecer, divulgar, levar adiante um livro, uma mensagem, enfim, nosso trabalho, não vejo qualquer problema, afinal, repito, somos apenas meros servidores de Jesus…
Pensemos nisto.
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Centro Espírita conectado
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Intrigante questão assolou-me a mente quando estive na cidade de Macatuba SP para realização de palestra:
Será que Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, utilizaria o facebook para divulgar a Doutrina?

Não posso afirmar com certeza, afinal, ele não vive nos dias de hoje. Pelo menos ainda não o vimos vestindo uma outra roupa de carne a declamar as poesias dos imortais. Porém, acredito que o Codificador utilizaria as mídias sociais para divulgar o Espiritismo.

E interessante foi a experiência que vivi por esses dias e compartilho com você. Compareci ao Centro Espírita Francisco Xavier de Macatuba e pude constatar com os próprios olhos o que os colaboradores me disseram assim que lá cheguei. A Casa Espírita com todos os seus lugares tomados e, interessante: gente nova, pessoas que não conheciam o Espiritismo e foram até lá por conta das constantes divulgações que o referido centro espírita faz no facebook. Por incrível que pareça havia pessoas que só souberam haver centro espírita na cidade pela mídia social.

No retorno à Bauru, fiquei a refletir na importância de utilizarmos todos os canais de comunicação para levarmos adiante a mensagem da espiritualidade.

Nada pode ser desprezado.

Alguns dirão que nessas redes sociais prolifera-se muita banalidade. Mas, sejamos sinceros: a culpa não é da rede social, mas, sim, de quem a tiliza. Facebook e tantas outras mídias são apenas ferramentas neutras que obedecem ao comando humano. Logo, se o indivíduo não tem lá grandes interesses em nobres causas de sua lavra só sairão abobrinhas. Contudo, se há desejo de produzir algo de bom eis que as mídias sociais podem cumprir um notável e importante papel.

Surge, então, o momento de repensarmos o nosso conceito de Comunicação, porquanto vivemos numa época totalmente diferente da que vivia Kardec. O Codificador, por conta das limitações de seu tempo, tinha o contato com o público limitado.

No entanto, nosso contato com o público é ilimitado.

Estamos literalmente plugados uns aos outros, trocando impressões, experiências e idéias a todos os instantes.
Penso ser essencial como homens do século XXI fazermos a utilização dos recursos da tecnologia para espalhar as luzes da imortalidade por onde nossos @s e bytes trafegarem.

A propósito, Allan Kardec no tocante à divulgação espírita deixou-nos relevante mensagem em Obras Póstumas. Diz ele:
“Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião”.

Compreendemos nas palavras de Kardec sua alma disposta a trabalhar junto com a publicidade e os meios de comunicação para dar ao Espiritismo cada vez mais espaço.

O Espiritismo deve ir onde o povo está. E se o povo está conectado, que se conecte também o centro espírita, esse fiel condutor das idéias doutrinárias.
Pensemos nisso!
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Wellington Balbo – Bauru – SP
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A cura do pastor Cícero

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A cura do pastor Cícero

Wellington Balbo – Bauru SP

Cícero era há muitos anos pastor de respeitável igreja evangélica.

Espírito de elevada hierarquia e conquistas no campo da moralidade, conduzia com sucesso o seu rebanho.

Fraterno, solidário, os fieis encontravam em seus ombros travesseiros confortáveis para o desabafo. Homem íntegro e correto jamais se furtava aos deveres cristãos de socorrer quem quer que fosse.

Certo dia, porém, após culto, Cícero sentiu forte pontada nas costas. No começo pensou ser apenas algo passageiro, mas como elas insistiam, ele resolveu procurar o médico.

Após uma série de exames, o doutor deu-lhe a notícia fatídica:
– Senhor Cícero, um grande tumor está alojado em seu pulmão e pelo aspecto não é coisa boa. Devemos operá-lo o quanto antes.
A comunidade inteira espantou-se. Por que aquilo fora acontecer justamente com pastor Cícero, homem bom e honrado.

Com sua fé inabalável em Deus, o pastor apenas respondia aos fiéis:
– Oremos, meus caros, oremos e nos resignemos à vontade do Pai. Se a enfermidade me visitou há algum propósito nisso tudo, pois o Senhor tem algum plano para minha vida.

E confiante pastor Cícero submeteu-se à cirurgia para a retirada do tumor.
No entanto, algo inexplicável aconteceu. O médico, ao abrir-lhe o peito constatou que no local do tumor havia uma grande cicatriz, nada além disto.

Assustado, o doutor disse:
– Não entendo, pastor, nada encontramos. O senhor está liberado de qualquer tratamento. Faremos alguns exames preliminares, mas, está aparentemente curado…Se não fosse comigo, juro que não acreditaria. Coloquemos, pois, na conta do inexplicável, disse o cientista cético.

O pastor apenas respondeu:
– Para Deus, doutor, nada é impossível e tudo é explicável. Afinal, ele tudo pode, tudo sabe e tudo vê.
O médico apenas sorriu, como se acreditasse nas palavras do pastor.

Troquei apenas os nomes para preservar a identidade do pastor. Mas o relato acima é fato.

Milagre? Seria um milagre?
Allan Kardec vem em nosso socorro e explica que os milagres são apenas as leis naturais da vida agindo, portanto, não existem.

Todas as maravilhas da natureza que ainda não foram devastadas pela ciência recebem o nome de milagre. Mas na verdade, os milagres inexistem. Compreende-se, pois, que diversos casos dados como irrecuperáveis pela ciência do Homem não o são para a perfeita ciência divina.

Dentro das leis naturais existe a mediunidade de cura que é a capacidade que algumas pessoas têm de curar pelo simples toque, gesto ou olhar, sem a necessidade de medicação. Nesses casos o fluido magnético desempenha relevante papel, é o que nos explica Allan Kardec em A Gênese cap 14 – Médiuns curadores.

Na literatura da codificação há vasto campo para ser explorado pelo estudioso espírita.

No Evangelho, por exemplo, dentre tantos episódios citamos o da mulher que há 12 anos sofria de hemorragia e vendo todas as possibilidades esgotadas busca socorro no Nazareno tocando-lhe as vestes. O simples toque soluciona seu problema. O mestre, então, diz a mulher: Tua fé te salvou.

Jesus, portanto, situa a fé como fator primordial para a cura do indivíduo.

Explica Kardec em A Gênese, capítulo XV, que duas criaturas portadoras da mesma enfermidade apresentadas ao médium curador podem obter resultados diferentes, pois a falta de fé atua como uma espécie de bloqueador, uma energia que rechaça os fluidos emanados do médium de cura.

Recordo-me que antes de ser espírita muitas vezes levei alguns de meus familiares para participar de trabalhos de cura. Jamais receberam qualquer benefício, pois adentravam o local cheio de dúvidas e incertezas quanto as graças que ali foram buscar. Tivessem, quem sabe, um pouco mais de fé e poderiam ser agraciados com as bênçãos dos Céus.

Faltou-lhes algo que sobrou ao pastor Cícero: fé e confiança nos planos maiores que dirigem a vida.

A questão da fé é igual a um time de futebol ou qualquer outro esporte. Se entrarmos em campo derrotados, considerando que o adversário vencerá a partida, tenhamos a certeza de que o jogo está perdido antes mesmo de começar.

Muita gente perde o jogo da vida por falta de fé. Não podemos perdê-la, jamais. Kardec ensina que a fé não se trata de algo sobrenatural, mas de uma das mais significativas forças que nos beneficiam na jornada terrena. O Espiritismo, pois, ensina a fé inteligente, com razão e lógica.

Tenhamos, pois, fé e confiança nos desígnios de Deus. É isto que nos ensina a Doutrina Espírita e sob as suas diretrizes é que devemos caminhar. Aliás, pastor Cícero nem era espírita, mas tinha fé.

Como constatamos, a fé está disponível a todos, independentemente de religião. A vantagem do Espiritismo é que elucida com clareza as razões pelas quais devemos ter esta fé inabalável.
Pensemos nisso.
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Kardec no Facebook

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Kardec no Facebook

Wellington Balbo – Bauru – SP

Com a curiosidade natural dos jovens, dia desses minha filha questionou:
– Pai, se Kardec vivesse nos tempos de hoje ele teria Facebook ou Orkut?
Surpreso com a indagação, respondi:

– Não posso afirmar, filha, afinal, ele não vive nos dias de hoje. Porém, acredito que o Codificador utilizaria as mídias sociais para divulgar o Espiritismo.

Confesso que naquele momento não pude limpar da tela mental a imagem de Kardec interagindo com milhares de internautas divulgando e respondendo questões da Doutrina Espírita àqueles que se mostrassem verdadeiramente interessados em aprender sobre as verdades da vida.

Entretanto, vale destacar que Kardec ficou conhecido como o BOM SENSO ENCARNADO, tamanha sua capacidade de separar coisas sérias de abobrinhas. Não se precipite, caro leitor, não quero dizer que as redes sociais são abobrinhas. Absolutamente.

Somos, sim, obrigados a reconhecer que a internet com suas redes sociais modificou a interação estabelecida entre as pessoas. Em minha época de garoto era tudo tão diferente. Eu nem sonhava com Facebook, Ortkut e etc.

O segredo das meninas e dos meninos estavam todos muito bem trancafiados nos famosos diários. O acesso a essas verdadeiras fofocas adolescentes ficavam apenas aos cuidados de uns poucos amigos. Sabíamos do segredo de alguém apenas quando algum indiscreto dava com a língua nos dentes.

Hoje, entretanto, com as redes sociais os diários foram praticamente abandonados, assim como os velhos segredos. Está tudo escancarado e facilmente mergulhamos na vida do outro sabendo seus pensamentos, objetivos, se é casado, solteiro, se busca relacionamento ou quer apenas amizade, se odeia segunda feira ou se tem saudade do passado. Se gosta de trabalho ou apenas de balada, se curte gato ou o negócio é charuto, enfim, atualmente é muito simples saber as idéias de alguém.

Basta olhar em seu perfil em uma dessas inúmeras redes sociais espalhadas pela internet para ter uma noção sobre o os gostos de pessoas que conhecemos apenas de Oi, até logo, olá…

E por falta de bom senso, coisa que Kardec tinha de sobra, algumas pessoas se expõem de maneira desnecessária para o mundo todo. Revelam endereço, nome do cachorro, local de trabalho, cor predileta e até restaurante que freqüentam com os amigos.

No MSN, por exemplo, é comum verificarmos mensagens do tipo – TOMANDO BANHO – NA CASA DA PRIMA – e coisas do gênero. Sinceramente, considero que não há necessidade para tanta exposição. Mas isso não é o pior: não raro no perfil do cidadão estão fotos em churrascos, festas e outras coisas mais, expondo, aliás, familiares e amigos.

No entanto, essas pessoas que participam das redes sociais, são pessoas como todas as outras, querem vencer na vida, querem casar, têm sonhos e, nesses sonhos certamente almejam um bom emprego.

Poucas, entretanto, desconfiam que o mundo corporativo há muito tempo está de olho nas redes sociais para saber as preferências de seus candidatos ou funcionários.

Por isso é preciso bom senso, (relembrando Kardec de novo), sempre, em redes sociais ou não, tenhamos bom senso.

A propósito, recordo-me de um professor de Teoria Geral da Administração que dizia: Olha, meus filhos, muito cuidado com o que vocês fazem nesses churrascos de final de ano. Pense bem antes de beber todas e baixar o nível, porque embora estejam todos em momentos de descontração os chefes estarão lá. E geralmente eles têm boa memória e não se esquecem do que vocês fizeram.

Em realidade, meu professor aconselhava o bom senso. Tenham bom senso para não se arrependerem mais tarde. Já fiquei sabendo de carreiras promissoras em grandes organizações que foram decepadas pelos porres cometidos nessas festas de final de ano.

O mesmo princípio de meu velho professor aplica-se às redes sociais que se bem utilizadas só agregam valor sob o ponto de vista profissional e pessoal. Eu mesmo as utilizo e retiro delas gratas satisfações e alegrias.

Será que Kardec as utilizaria?

Acredito que com bom senso provavelmente o Codificador trocaria impressões com outros internautas.

No entanto, é preciso saber utilizá-las com inteligência, transformando-as em aliadas ao nosso processo de aprimoramento como ser humano e não como bombas que explodem por conta de nosso despreparo em lidar com essas mídias.

A propósito, há até quem cometa o disparate de clonar um perfil. Isto mesmo. Clonaram o perfil do notável orador espírita Raul Teixeira no Facebook. No entanto, o orador já tratou de acertar a situação e avisar a todos que não se utiliza da ferramenta.

Perceba, caro leitor, como a falta de bom senso faz com que as pessoas extrapolem os limites e causem enorme dor de cabeça aos outros. Um absurdo!

Por isso, nos churrascos de final de ano ou em nossos perfis nas redes sociais o bom senso é que deve nortear a nossa conduta. Nada de extravagâncias, segredos contados e opções que só dizem respeito a nós partilhadas com o resto do mundo. Nada, também, de clonar perfil, de se fazer passar por outro. Tenhamos a coragem de assumir nossos pontos de vista e nossa identidade. Pois isso pega mal; pega mal e prejudica em processos de seleção, na expansão dos círculos de amizade, possibilitando, inclusive acerto de contas com a justiça.

Tomemos, pois, cuidado com o que andamos espalhando ao mundo sobre nós mesmos e os outros. Pois todos estão com os olhos bem abertos sobre o que pensamos, fazemos, sonhamos, enfim, sobre o que somos ou o que queremos ser, principalmente as empresas e aqueles que foram de uma forma ou outra prejudicados, como no caso de Raul Teixeira.
Pensemos nisso
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Fracasso e Sucesso

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Reflexões sobre o fracasso e o sucesso

Wellington Balbo – Bauru SP

Dia desses assistia ao programa de entrevistas de Oprah Winfrey, a famosa negra norte americana que se notabilizou por ser uma das pessoas mais influentes do mundo.

Sentada em sua frente estava a autora de Harry Potter, J.K. Howling.

Fiquei impressionado com a imaginação e a forma de ver o mundo da primeira escritora bilionária da história.

Em dado momento ela comentou com Oprah que o fracasso é uma das experiências mais enriquecedoras da existência humana.

O fracasso enriquece? Será possível, dirão alguns.

Afirma a escritora, entretanto, que o fracasso deve ser refletido, analisado, estudado meticulosamente para se transformar em uma poderosa ferramenta de modificação de nossas disposições íntimas.

É preciso ter humildade e admitir o fracasso, aprender com ele e corrigir os equívocos.

Quantos, entretanto, escamoteiam seu fracasso e assim queimam uma importante etapa do sucesso.

Entenda-se aqui fracasso como as tentativas que não renderam o esperado e requerem melhor elaboração. Esconder o fracasso por orgulho, portanto, só atrasa o processo de aprimoramento do Ser.

Provavelmente os dizeres da escritora chocaram uma boa parte da platéia porque vem de encontro ao senso comum de que é preciso ter sucesso no mundo contemporâneo.

Sucesso acima de tudo e de todos, mesmo que para isso se enriqueça à custa do povo ou se apóie em alianças espúrias e imorais. Uma visão limitada do sucesso, é verdade, que poderíamos, aliás, situar como um autêntico insucesso a render em futuro próximo ou distante noites e noites de insônia e perseguição do mais cruel árbitro: a consciência.

Mas a autora explicou que é pelo fracasso que se chega ao ponto culminante almejado por todos: o sucesso.

E acrescentou que uma voz lhe dizia no íntimo: Será difícil publicar alguns de seus livros, mas se atingir a meta da publicação todos serão um sucesso.

E não foi fácil mesmo, segundo a autora.

Ela teve de ralar muito para ver suas obras publicadas, lidas por milhões de pessoas e transformadas em filmes de grande aceitação.

Aliás, usou o pseudônimo JK Howling porque a editora não queria que soubessem ser uma mulher a autora das obras. Santa ignorância!

Mas, pense bem, caro leitor, por mais paradoxal que possa ser, o fracasso de uma empreitada é, a depender do ponto de vista, o primeiro degrau do sucesso.

Poucos são aqueles que acertam de primeira, na mosca.

O mais importante disso tudo é a mensagem de que devemos trabalhar, dar tempo ao tempo, plantar para depois colher.

Se fracassos vierem, aprendamos com eles, transformando-os em nossos diletos professores que nos corrigem os desvios de rota e aprimoram nossa técnica.

Um dos mais notáveis exercícios de perseverança da história humana está na grande figura de Thomas Edison.

Indagado se os constantes fracassos sobre as tentativas de inventar a lâmpada elétrica o desanimavam, ele respondeu: “Aqueles foram passos do caminho. Em cada tentativa, eu encontrava um modo de não criar a lâmpada elétrica. Eu estava sempre disposto a aprender, mesmo através dos meus erros”.
Assim foi com Tomas Edison e J.K. Howling.

Podemos portanto, fazer como eles e aprender com os fracassos, tornado-os nossos maiores aliados para um futuro promissor e de sucesso real e duradouro.
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Livro dos Médiuns

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150 anos de “O livro dos Médiuns”

Wellington Balbo – Bauru – SP

Quando se fala em espiritismo ao leigo ele muitas vezes associa a doutrina codificada por Kardec somente ao intercâmbio com os “mortos”. Os espíritas são aqueles que conversam com os mortos, dizem os leigos em matéria de espiritismo.

A mediunidade é um dos pontos importantes do espiritismo, sem dúvida, mas o espírita sabe que a doutrina não se restringe ao tema mediunidade. Percebe-se, então, que a mediunidade além de tema relevante para os espíritas é, também, uma ponte de identificação do espírita.

Que o diga nosso Chico Xavier e as inúmeras cartas que ele recebeu acalmando o coração de muitas mães e pais não espíritas, mas que vinham pedir seu socorro e compareciam ao centro espírita por que sabiam ser lá o local mais propício para a comunicação de seus entes queridos que os precederam na grande viagem que separa vida e morte.

Entretanto, por falar em vida e morte o espírita sabe ser verdade que ele não conversa com os mortos, mas sim com os vivos, pela simples razão de que todos, sem exceção, somos imortais, ou seja, não morremos, apenas nos despojamos do corpo físico. Natural, portanto, que ao continuar vivendo queiramos dar notícias aos amigos e familiares que ficaram. É a prova incontestável da bondade divina: a vida vai muito além dos sete palmos abaixo da terra. Sim, continuamos vivos e podemos nos comunicar.

Porém, consultar os “mortos” para algumas religiões até mesmo cristãs trata-se de gritante equívoco. Os mais exagerados depositam os créditos da mensagem no “Coisa ruim”. Entretanto o “Coisa ruim” não é tão medonho como pintam, porquanto costumeiramente é portador de boas novas aos familiares ao afirmarem por via mediúnica que estão mais vivos do que nós. O que alguns religiosos chamam de “Coisa ruim” são apenas os homens que aqui viveram e já estão livres do corpo material. São espíritos, mas nem por isso estão desprovidos de sentimentos tampouco esperando um épico julgamento final. Os religiosos contrários a essas comunicações citam a proibição de Moisés para justificarem seu ponto de vista. No entanto não se dão ao trabalho de analisar que se o profeta proibiu o intercâmbio com os chamados “mortos” é por que este existia. Claro: ninguém proíbe o que não existe.

E no ano de 1861 no mês de janeiro foi publicado O livro dos Médiuns, o segundo livro da codificação espírita, mostrando de forma clara e objetiva – marcas de Kardec – que o intercâmbio com o lado de lá da vida é possível e pode ser exercitado de forma continua contribuindo para instruir e consolar.

Instruir porque ensina que a vida prossegue; instruir porque demonstra na prática a maneira mais eficaz de conduzir a sessão mediúnica; instruir porque ensina que a caridade pode ser feita para os que já partiram.

Consolar porque alimenta de esperança os corações despedaçados pela separação temporária do ente amado; consolar porque estende os laços de amor para além da vida material.

O Livro dos Médiuns completa 150 anos neste janeiro de 2011 e obviamente a data não poderia passar despercebida, porquanto é o mais valioso compêndio já escrito sob o palpitante e importante tema mediunidade. Estudá-lo é fundamental para compreender os mecanismos que regem todo o esquema de comunicação entre os planos da vida. Dia chegará em que esta obra será objeto de estudo de pesquisadores e cientistas ocupando lugar de destaque nas universidades. Alguém duvida? Quem viver verá.
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Divórcio

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Divórcio

O bom senso de Kardec em relação ao divórcio

Wellington Balbo – Bauru – SP

Acredito que a separação conjugal é um dos processos mais dolorosos a que estamos sujeitos na Terra. Quando o casal tem filhos então, a dor toma proporções gigantescas.

Sentimento de fracasso, vazio e culpa são algumas das sensações que transitam pelo coração daqueles que se propõem a separar as “escovas de dentes”.

Sofrem todos: filhos e cônjuges, familiares e amigos.

A família é, pois, reestruturada completamente a partir da ausência de um dos cônjuges. Dúvidas que surgem, temores, receios…
Como educar os filhos de agora em diante? Mudará nossa relação? E os amigos em comum, será que ainda teremos contato?

Enfim, é uma nova vida, um recomeço…

Diria que um recomeço mais complicado também sob o aspecto financeiro, porquanto as despesas multiplicam-se em velocidade vertiginosa.

No entanto, prosseguir é preciso.

Por isso mesmo o ideal é o entendimento de marido e esposa, a compreensão, o apoio mútuo.

A união de homem e mulher visa, naturalmente, a evolução daqueles espíritos ligados pelos laços do matrimônio.

Portanto, sou a favor da reconciliação sempre que possível, sou partidário de que a separação deve se dar apenas em casos extremos.

Todavia, pela falta de entendimento dos objetivos da existência humana e, principalmente, a dureza de nossos corações, conforme acentua Jesus, os casos de casamentos que chegam ao nível do insustentável, gerando agressões físicas e verbais ainda existem. Nessas circunstâncias a separação do casal é inevitável.

Melhor a separação do que cultivar as feridas abertas constantemente pela imaturidade humana que transforma o lar em ringue.

Fui casado por 10 anos e dessa união tive dois filhos. Separamo-nos e posso afirmar a dificuldade que enfrentei. Todavia, depois dos obstáculos hoje me sinto melhor e em paz.

Reitero que sou a favor do entendimento. Separação só mesmo em casos extremos.

Muita gente, ao saber de minha separação, fez o seguinte alerta:

Você está desertando de seu compromisso!

Apenas lamentei:

Uma pena, mas na atual conjuntura a separação foi inevitável. Em realidade já estávamos separados há tempos. Próximos geograficamente, distantes emocionalmente.

Como fez com diversos temas que inquietam as pessoas, Allan Kardec também analisou o divórcio. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, diz o codificador:

O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina.

O bom senso de Kardec é notável. Óbvio: o divórcio apenas legaliza a distância imposta pela falta de entendimento.

Embora não seja o ideal, o divórcio pode, não raro, salvar vidas. Quando o respeito perde seu espaço para as agressões a relação torna-se insustentável, até por uma questão de segurança à integridade física dos cônjuges a separação configura-se como medida prudente.

Amigo leitor, melhor adiar um compromisso do que se comprometer ainda mais perante as leis divinas.

Muita gente afirma que suportará seu companheiro pelo resto da vida para ver-se livre dele em posterior existência. Ledo engano, porquanto suportar o outro não é o que Jesus espera de nós.

O mestre quer que nos amemos uns aos outros, pois apenas o amor liberta. Quem aspira liberdade cultiva o amor.

Se alguma experiência trago em face da separação conjugal é a de que devemos utilizar o tempo de namoro como abençoada oportunidade de conhecer as pessoas que pretendemos nos unir em matrimônio. Quais suas aspirações e objetivos? Temos afinidades além da paixão carnal? Gostamos de conversar, bater papo? Temos sonhos em comum? O ciúme ultrapassa os limites do razoável?

Na época do namoro são diversos questionamentos interiores que podemos fazer para que as chances de sucesso conjugal aumentem, possibilitando-nos, assim, construir uma família alicerçada na harmonia.

Eis a importância de planejar os passos capitais da existência. O casamento é um deles, por isso deve ser planejado com zelo e carinho, calma e prudência. Assim o passar dos anos e o arrefecimento da paixão não serão passaportes para o triste “suportar o cônjuge”, pois amá-lo verdadeiramente é o objetivo principal, na certeza de que conquistamos um amigo para a eternidade.

Contei o fato relacionado à minha vida porque considero importante compartilhar as experiências para que mais pessoas tomem nota e, se possível, beneficiem-se do que já vivemos.

Separar é muito complicado, por isso, amigo leitor, pense bem, analise e reflita com muito cuidado antes de dar o importante passo do casamento em sua vida.
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Colaboração:
Wellington Balbo
Bauru-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Administrar a Casa Espírita

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O dirigente espírita, os voluntários e os pedintes.

O administrador de empresas de sucesso é aquele que conhece com propriedade a realidade e o mercado em que sua empresa está inserida. Ele – o administrador – necessita estar atento ás mudanças de todas as esferas, para que permaneça atualizado e possa então dar sua parcela de contribuição para o crescimento da organização que está sob sua responsabilidade.

A realidade do administrador pode ser aplicada à realidade do dirigente espírita, que é, pelo menos em tese, o administrador da Casa Espírita. Por isso é de suma importância que o dirigente espírita adquira alguns conhecimentos básicos na ciência da administração. Mas por que adquirir esses conhecimentos?

Porque lidará com pessoas, com a administração propriamente dita, e, também, com valores tangíveis, tais como, o dinheiro e o patrimônio da Casa e valores intangíveis, como habilidade e aptidões dos trabalhadores que com ele estão freqüentando, e ou, administrando a Casa.

Nas visitas em palestras que realizamos nos Centros Espíritas procuramos conversar com os dirigentes sobre os trabalhadores da Casa. Como estão? Há motivação no desempenho da tarefa que se propuseram a realizar no centro espírita? Estão comprometidos?

E a resposta vem nem sempre animadora: “São poucos trabalhadores”. “Temos dificuldades com voluntários”.
Se a Casa que está sob sua direção, caro dirigente, não apresenta dificuldades com trabalhadores e há abundância de material humano, este artigo de nada servirá. Todavia, se enfrentas problemas com voluntários e há escassez de material humano, prossiga na leitura, porque diante do panorama que se apresenta cabe ao dirigente espírita fazer os seguintes questionamentos:

Por que são poucos os trabalhadores? Por que a mensagem espírita, que pede constante participação, não vem tocando o coração das pessoas? Será que falta divulgação? Maior clareza na comunicação? Será que eu, como dirigente espírita, conheço de fato o mercado, ou seja, a realidade em que estão mergulhados os freqüentadores da Casa que está sob minha coordenação?
Estes questionamentos requerem humildade, porquanto para confrontar a si mesmo e sua forma de administração o dirigente espírita terá de se desposar do orgulho. Um exercício que redundará, inclusive, em sua melhora moral.

A grande questão é que o centro espírita, em muitas ocasiões, funciona como hospital a oferecer o lenitivo ao doente. Entretanto, esta deveria ser, em realidade, apenas a primeira etapa. No segundo momento o centro espírita deveria funcionar como abençoada escola, universidade da alma que educa os espíritos na busca do seu equilíbrio íntimo. Entretanto, está enraizada no ser humano a tendência de criar seres dependentes; ou seja, pessoas dependentes “eternamente” do passe, da cesta básica, do conselho…

Salientamos que toda ajuda à alma humana em dificuldade é importante e necessária, no entanto, o centro espírita em suas atividades deve primar pela educação que constrói criaturas amadurecidas, que podem caminhar com suas próprias pernas. Ao proporcionar meios para que as pessoas possam se auto governar o centro espírita formará um trabalhador, que deixará a condição de pedinte contumaz para tornar-se colaborador consciente e eficaz. Reforçando: o auxílio de todos os matizes prestado pela Casa Espírita é relevante, o que nada agrega é o falso auxílio que alimenta eternos pedintes, tornando o centro espírita apenas um hospital. Cabe, pois, ao dirigente espírita empreender esforços para que o centro espírita pule o degrau de hospital transformando-se em escola, habilitando o “recuperando” a servir de modo competente. Questionar sua administração e buscar sempre resultados positivos na questão que envolve a motivação dos trabalhadores é um quesito que não pode ser perdido de vista. A responsabilidade do dirigente espírita é grande, porquanto ele traz consigo o ideal espírita, que visa, fundamentalmente, a regeneração da humanidade.
Pensemos nisso.
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Autor:
Wellington Balbo – Bauru – SP.
wellington_balbo@hotmail.com
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Ilustração:
Eudison de Paula Leal
Pindamonhangaba-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Música

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Quando a música salvou uma vida…

O restaurante, geralmente apinhado de gente em busca de distração, naquele dia estava vazio. Talvez porque fosse final do mês, época de pouca circulação de dinheiro, ou então porque o tempo permanecia nublado avisando que a chuva não tardaria. Enfim, a realidade é que se encontravam no local apenas o músico, contratado para distrair os fregueses e, naturalmente, os garçons e cozinheiras. Portanto, nada de clientes.
O músico, mesmo sem a platéia para aplaudir começou seu show, a fim de alegrar seus colegas: garçons e cozinheiras.
Eis que atraído pela melodia do violão do artista surge um senhor e senta-se à mesa, passando a acompanhar o repertório de músicas.
No começo, tímido, apenas ouve. No entanto, após alguns minutos, contagiado pelos embalos agradáveis do violão o solitário freguês inicia sua cantoria. Batuca com o palito de dentes, repete refrões e, empolgado, ensaia alguns passos.
As horas transcorrem neste compasso, com o solitário freguês entregue à sublime arte da música.
Eis que o músico executa a derradeira melodia e o solitário cliente debulha-se em lágrimas. Emocionado, dirige-se ao encontro do artista e lhe dá efusivo abraço, agradecendo:
— Meu amigo, hoje você salvou minha vida. Eu estava desanimado e pensava em uma forma de colocar fim à existência, todavia, ao escutar sua música resolvi entrar, e sua arte contagiou-me de tal forma que me sinto mais leve, sem o peso da angustia a me dilacerar o coração. Obrigado por me ajudar a sair do clima mental perturbado que eu estava. Agora as idéias estão mais claras e percebi que os problemas devem ser encarados de frente e o suicídio não é a melhor maneira de resolvê-los.
O artista, olhos marejados pelo relato agradeceu ao solitário freguês por ter compartilhado sua história e partiu feliz, na certeza de ter cumprido o objetivo maior da música: encher de esperança o carente coração humano.

A arte é a mais bela forma de manifestação da criatura humana. A música é uma arte, logo, está inserida no contexto das maravilhas de nossas capacidades.
Portanto, não é de se estranhar que a suave melodia do artista tenha restituído à esperança a um coração combalido pelas agruras da existência.
Eis, pois, um ótimo remédio para quando estivermos desanimados: música. Música de qualidade, suave, bela, terna a representar as maravilhas da vida e a sublime ligação com a espiritualidade. Música que salva vidas e desperta o ser humano para brilhar nos palcos do mundo.
A música de qualidade é o antídoto contra a violência. Imagine, caro leitor, se todas as vezes em que houver discussão no lar você convidar seu cônjuge para ouvir a incomparável ORAÇÃO DA FAMÍLIA, de padre Zezinho. Ao invés do revide, da palavra áspera, traiçoeira e impulsiva, vem a música serena e tranqüila cantando as glórias da convivência fraterna. Não tenho dúvidas, será uma revolução social!
A arte por intermédio da música pode, além de salvar vidas, estabelecer a paz. Se você está desanimado a pensar que a vida não vale a pena, recorra à música. Se está irritado, recorra à música. Somos sensíveis à música, essa arte milenar que por bondade divina alegra e entusiasma a existência humana é uma das mais importantes ferramentas para levantar nosso astral.
Pensemos nisso.

Wellington Balbo
Blog: http://wellingtonbalbo.blogspot.com/
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Allan Kardec

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Allan Kardec não deve ser lembrado no centro espírita…

O título acima pode ser estranho, no entanto, exprime indizível realidade.

Se alguém é lembrado, presume-se que em algum momento foi esquecido, e bem o sabemos que Allan Kardec não pode ser esquecido quando o assunto é Doutrina Espírita.

Sua presença deve ser constante nas instituições que estampam o nome de Centro Espírita.

Ele, além de ser o codificador, foi também o grande divulgador da Doutrina dos Espíritos.

Entrevistou as inteligências do invisível, escreveu, anotou, publicou obras, pesquisou com rigor e viajou em trabalho de divulgação.

Foram diversos livros dedicados a desvendar ao homem novos horizontes:
O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, Gênese…

Livros criteriosos, inteligentes, interessantes, didáticos…
A literatura de Kardec é simples e profunda, seus comentários são autênticas lições de sabedoria e percebe-se nele uma alma elevada, sempre preocupada com a finalidade da existência humana.

Em O Livro dos Espíritos, seu comentário tão bem feito em A Lei do Trabalho retrata de forma magistral a finalidade educativa da Doutrina Espírita. Eis parcialmente o que escreveu o notável cidadão francês na ocasião:

(…) Há um elemento que não se costuma considerar, sem o qual a ciência econômica torna-se apenas uma teoria: é a educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral; não ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar o caráter, que dá os hábitos: porque educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Quando se pensa na massa de indivíduos lançados a cada dia na torrente da população, sem princípios nem freios e entregues aos próprios instintos, devem causar espanto as conseqüências desastrosas que resultam disso? Quando essa arte for conhecida e praticada, o homem trará hábitos de ordem e de previdência para si e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos angustiado os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que uma educação bem conduzida pode curar; aí está o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, a garantia da segurança de todos.

Compreende-se, então, a constante preocupação social de Allan Kardec.
O codificador intentava despertar a criatura humana para a necessidade da educação de seus próprios hábitos.

A paz começa na educação dos hábitos.

Pais que cultivam o saudável hábito do diálogo conquistam a amizade dos filhos, criando um ambiente de bem estar e segurança.

Cônjuges que vivenciam o bom hábito da empatia experimentam mais momentos de felicidade do que de decepção no relacionamento conjugal.

Lideranças espíritas que fazem do estudo das obras básicas um hábito transmitem com mais fidelidade os princípios doutrinários.

Fácil de concluir que a evolução de nosso mundo dependerá de nossa disposição em semear hábitos saudáveis, como bem acentua Allan Kardec.

Hábitos saudáveis, vida saudável, existência plena e feliz.

Por isso imperioso não apenas lembrar de Allan Kardec, mas, sim, estudar e pesquisar a obra construída por intermédio de sua abnegada mão, pois assim todos aqueles que chegarem ao centro espírita terão uma melhor compreensão dos temas que o codificador tanto prezou.
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Wellington Balbo
http://wellingtonbalbo.blogspot.com/
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Espíritas Trabalhando

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Espíritas Trabalhando

Em minhas visitas aos centros espíritas do interior de São Paulo estou vendo muito trabalho, muita produtividade por parte dos espíritas.

Seja nas lides da divulgação doutrinária ou na área de promoção humana, venho observando a intensa movimentação daqueles que se propuseram a reviver as mensagens de Jesus tão bem explicadas por Allan Kardec.

São muitas instituições e cansaria o leitor citando uma a uma e suas atividades. Porém, faço o convite para que você, leitor amigo, informe-se quanto as atividades realizadas pelos espíritas para que veja também o belo trabalho realizado. Procure informar-se em cidades como Bauru, Araraquara, Matão, Jales, Jaú, Fernandópolis, Torrinha, Jales e tantas outras, e verá, então, que o bem vem sendo, sim, espalhado.

São núcleos de assistência, casas da sopa, albergue para aqueles que estão de passagem pela cidade, enfim, tudo o que pode conceber a generosidade humana.
Não se trata de elogio, é apenas constatação.

Óbvio que pode haver melhoras, todos podemos melhorar nas áreas em que atuamos, contudo, é inegável que o trabalho de divulgação espírita e promoção humana vem sendo realizado, mostrando que a máxima cunhada por Allan Kardec “ Fora da caridade não há salvação”, vem sendo observada.

Prova disso é o respeito adquirido pela Doutrina Espírita no seio da sociedade, que abraça cada vez mais as iniciativas dos espíritas com participações em eventos, jantares e realizações para angariar receitas às instituições, além, naturalmente, de as instituições espíritas contarem em suas fileiras com muitos voluntários profitentes de outras religiões.

Outro exemplo está nos clubes do livro espírita: tenho visto muita gente de outras religiões associando-se aos chamados CLES.

Fato interessante nesse mister está relacionado às lideranças espíritas: quanto mais dinâmicos e realizadores os líderes, mais ativo e participante o movimento espírita da região onde atuam.

Percebe-se com isso que somos nós mesmos os construtores do movimento espírita.
Se empenhados em trabalhar para reviver as máximas do Cristo, nosso movimento terá vida, será pujante.

No entanto, o inverso é verdadeiro: se apáticos, sem iniciativa e entusiasmo, nosso movimento será sem vida, sem brilho.

Todavia, tenho visto em muitos lugares uma liderança ativa, disposta a colaborar de fato para que os postulados codificados por Kardec alcem vôos mais altos, alcançando corações e libertando consciências de bloqueadores psicológicos que impedem o crescimento do ser humano.

Se em nosso caminhar pelo mundo ainda encontramos sombras, é inegável, também, que há luzes sendo acesas por muitos idealistas que arregaçam as mangas e servem com extrema boa vontade.

É preciso, portanto, reconhecer o valor dos trabalhos bem feitos, realizados com suor e amor. É preciso reconhecer que, em meio as dificuldades advindas da imaturidade espiritual da criatura humana, há muita esperança sendo espalhada e coisas boas acontecendo.

Logo, divulgar, estimular e reconhecer o trabalho realizado pelos dirigentes e trabalhadores espíritas torna-se tarefa importante, porquanto motiva mais e mais lideranças a assumirem o verdadeiro papel de um líder: criar campo para que todos possam progredir.

Os bons exemplos estimulam, são convidativos, divulgá-los é, portanto, urgente.
Ou seja, o reconhecimento do trabalho dos sementeiros da Boa Nova é muito mais um estímulo ao prosseguir, ao realizar, ao construir do que mera e ociosa bajulação.

Torna-se, também, um convite para que outros se integrem ao movimento espírita dando, assim, sua parcela de contribuição.

Não se trata, pois, de um reconhecimento pueril e piegas ao trabalho desenvolvido pelos espíritas, mas, sim, de uma lembrança justa e merecida de que, embora ainda frágeis e falíveis, todos nós, a depender de nosso esforço por vivenciar Kardec, podemos construir um movimento espírita forte, fraterno a concorrer para o progresso de nosso mundo.

Pensemos nisso.
Autor:
Wellington Balbo
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O Livro Espírita

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O Livro espírita: consolo e instrução

O dia 18 de abril é dedicado ao livro espírita, e o generoso amigo, incansavelmente desde a codificação da Doutrina Espírita vem presenteando-nos com suas iluminadas páginas.

Impossível registrar todos os benefícios concedidos à humanidade pela literatura espírita que, indubitavelmente, atua em duas frentes: consolo e instrução.

Consolo porque o livro espírita é repositório inestimável de bênçãos a cantar gloriosamente a continuação da vida. Milhares de pessoas, nos mais diferentes rincões do planeta receberam e recebem as luzes da esperança em seu coração por intermédio do livro espírita. E quando se fala em literatura e livro espírita imprescindível registrar a inesquecível figura de Chico Xavier. Foram mais de 400 obras dos mais diversos gêneros literários, que vão desde a ciência passando pela filosofia, religião, literatura infantil até romances históricos. Um autêntico banquete de luzes!

A propósito, caro leitor, se você aprecia “romances” não pode perder os ditados pelo espírito Emmanuel ao médium mineiro. Impossível não ficar sensibilizado ao ler obras valiosas como “Há dois mil anos”, “50 anos depois” e, notadamente, “Paulo e Estevão”. São livros que tocam as mais íntimas fibras da alma, convidando-nos ao exercício do amor tão bem explicado por Allan Kardec em sua inspirada frase: “Fora da caridade não há salvação”. No quesito consolo, importante também destacar livros ditados a Chico por aqueles que ultrapassaram as fronteiras deste plano, e retornaram para dizer aos seus afetos que estão vivos, pois prosseguem do lado de lá da vida a marcha rumo à ascensão espiritual. Como sugestão de leitura indico ao leitor a obra “Estamos Vivos”, que narra a experiência de jovens colhidos pela morte do corpo físico em pleno vigor da existência. Naturalmente as famílias dos jovens ficam abaladas, mas com as mensagens de consolo do citado livro sentem a saudade abrandar e experimentam a deliciosa certeza de que reencontrarão seus afetos cedo ou tarde. São as maravilhas proporcionadas pelo livro espírita. Como não divulgá-lo?
No entanto, a literatura espírita também instrui, aliás, os livros da codificação são altamente educativos, suas páginas estão repletas de informações importantes relacionadas à educação moral, que ensina o indivíduo a necessidade de sua melhoria íntima para a conquista do equilíbrio.

Destaque para o primogênito da Codificação Espírita, “O Livro dos Espíritos” que nasceu em 18 de abril de 1857. Obra monumental de perguntas e respostas contendo as mais graves indagações acerca da existência humana. Sua leitura desvenda-nos o continente espiritual, mas, sobretudo, instrui com relação ao comportamento correto a ser adotado pelo autêntico cristão enquanto encarnado neste planeta de provas e expiações. Mais do que apresentar aos homens as relações mediadoras dos planos da vida, as páginas de “O Livro dos Espíritos” convocam à ação, participação e construção de um homem novo com valores bem sedimentados no terreno do Bem. Além de lê-lo é necessário estudá-lo com afinco e atenção para melhor compreender as leis da vida. Há infindável número de pessoas que patinam nas relações sociais porque deixam de observar princípios básicos de respeito ao próximo; princípios estes contidos nas páginas da primeira obra da codificação, mais precisamente no capítulo concernente à Lei de Sociedade. Basta ler, estudar, meditar e, principalmente praticar.

O livro espírita é, portanto, o amigo inestimável; o consolador das lágrimas nos momentos de tristeza e o genuíno professor que ensina o caminho seguro a ser trilhado.

Ao livro espírita nossa homenagem, aos escritores espíritas nossos votos de sucesso e inspiração e aos leitores nosso desejo de paz ao tomarem contato com o magnífico universo da literatura espírita.

Wellington Balbo – Bauru – SP.
http://wellingtonbalbo.blogspot.com/
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Intolerância

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Intolerância

03/04/2009
Pais intolerantes, filhos…
A intolerância é uma chaga social. Os sonhos de harmonia entre os homens batem de frente nos muros da intolerância erguidos pela inflexibilidade das pessoas. As guerras, por exemplo, são as filhas mais diletas da intolerância. Leia-se guerra também os embates domésticos, que freqüentemente ocorrem, avassalando lares. Há tempos é assim. Na Idade Média, época obscura em que a Europa ficou imersa na ignorância, a intolerância era ainda mais abundante. Aqueles que não compartilhassem dos mesmos pontos de vista dos poderosos eram perseguidos e mortos ou forçados a modificar suas opiniões e crenças religiosas. Já na Idade Moderna é ilustrativo o caso de Galileu Galilei. O cientista, ao confirmar que a Terra não era o centro do universo, foi convidado em tribunal a desmentir. Galileu, a contragosto, teve de renegar as suas idéias para que continuasse vivo. Outro exemplo de intolerância ocorreu com a doutrina espírita, que nascia na Europa do século XIX. O auto de fé de Barcelona, em que foram queimados, em praça pública, 300 livros espíritas enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurício Lachâtre, espelhou, também, de forma triste, a intolerância de algumas pessoas.

Poucos se atentam, no entanto, de que as raízes da intolerância têm morada nos lares, na educação das crianças. Os pais não raro exemplificam a intolerância aos seus filhos, transmitindo-a em suas atitudes. Pais intolerantes com os filhos, filhos intolerantes para com a vida e o semelhante. Digo isso por que presenciei triste cena em que os pais diziam ao filho não admitir, de forma alguma, seu namoro com jovem de outra religião. O jovem, obviamente, não compreendeu a atitude dos pais. No entanto, em virtude da rígida educação foi forçado a acatar. Terminou o namoro por causa da religião, isso em pleno século XXI. Lamentável. Fico a pensar: Será que este jovem será atingido pela intolerância dos pais? Será que irá copiá-la?

Pode ser que sim, pode ser que não. Porém, a família é nosso primeiro filtro de valores. É na família que aprendemos as primeiras noções de como viver em sociedade. Se os pais atuam na educação do filho transmitindo valores distorcidos, alimentando o preconceito e a intolerância, pode ser que esses jovens, espíritos em processo de educação, configurem em seu íntimo essas irrealidades como verdades absolutas.

O resultado não é difícil de prever: crescerão adultos preconceituosos e intolerantes, mimados e desacostumados a conviver com as diferenças. E, educados dessa forma, os diferentes serão encarados como inimigos ferrenhos. Ou seja, se não pensa conforme meus conceitos é meu oponente. Daí a busca pela eliminação de quem não lê na mesma cartilha. Alguns no emprego puxam o tapete, outros nas instituições boicotam as boas idéias, e assim caminha a humanidade…

Cabe, portanto, aos pais abrir a tela mental e despir-se de preconceitos e modelos mentais obsoletos, porquanto, se a intolerância outrora era justificada pela ignorância, hoje essa desculpa não faz mais sentido. A principal herança que deixamos aos filhos não é a monetária, mas, sim, a herança moral. Pensemos nisso.

O autor, Wellington Balbo, é colaborador de Opinião – http://wellingtonbalbo.blogspot.com
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Fonte:
http://www.jcnet.com.br/detalhe_opiniao.php?codigo=153494
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